MEU PAI

MEU PAI

 

Já deu para perceber que nasci meio apaixonado pelo pai que meu Pai me deu.

Recentemente ele — depois de 3 dias de tentativa emocionada de contar o ocorrido — relatou-me que havia sido “levado” no espírito a lugares celestiais.

Conheço-o! E sua integridade humana, cristã e psicológica jamais o permitiriam me contar o que me contou se tivesse sido apenas — mesmo que maravilhoso — um sonho!

Ele foi “arrebatado” e me disse: “Meu filho, nosso irmão Paulo não chegou a ser preciso. Disse que não era ‘lícito aos homens referir’. Mas não é isso!”

Assustei-me. “Como?”— indaguei.

“Não. O problema não é se é licito ou não. O problema é que é irreferível”.

E chorou de gozo!

Sinto-o cada vez mais na eternidade. Calmo. Pacificado. Cheio de amor e Graça. E cada vez mais manso e misericordioso.

Passa a sensação de já estar vendo a vida com o olhar da eternidade!

Quando eu crescer, quero ser como ele. E mais: ele está a cada dia mais parecido com o meu Pai!


Caio


Escrito em 2003