Os gemidos da criação. Não dá pra você ouvir?
O Fado da Criação
Rm 8
Paulo disse que a natureza geme.
Ninguém duvide disso.
Árvores em cujos caules são postos eletrodos vibram ante a aproximação humana. Quando aquele que se aproxima vem com o intento de ferir—com um machado ou uma serra na mão—, elas vibram com vibração “aflita”.
O American Army tem uma pesquisa na qual o sangue humano, mesmo que afastado de seu “dono” por algumas milhas de distância, ainda emite sinais idênticos ao do “doador” caso este esteja sendo exposto à cenas de televisão. As reações do “sangue”são conforme as imagens vistas pelo doador—sejam imagens de alegria, dor, euforia, etc…Os sinais registrados como “reação” do doador às imagens que vê, são idênticas às vibrações de seu sangue, ainda que o este esteja totalmente distante do doador, sendo tais oscilações são medidas por polígrafo desconectados entre si. O sangue clama. Todo sangue. Começando pelo do justo Abel.
Golfinhos da Mauritânia são capazes de responder às batidas que os pescadores dão com tábuas na superfície da água; e ajudam a empurrar imensos cardumes de peixes para dentro das redes dos humanos. Os golfinhos comem a sobra, que é abundante. Um trabalho de troca e equipe. O que prova uma maravilhosa capacidade de “troca”, para o bem e o mal.
Pintalhões das Ilhas Galápagas comem usando pedacinhos de pau dos quais se utilizam para puxar seus alimentos de dentro de sua pequeninas tocas-escodereijo. O que revela capacidade de auto-instrumentação. Quem é capaz de tal “vislumbre” está mais presente na criação que os humanos podem imaginar, para o bem e para o mal.
Chipanzés fazem um “palito” para arrancar formigas de seus formigueiros. Comem-nas como um humano, lentamente, tirando-as educadamente com os pauzinhos. Eles sentam à mesa. Não nos percebem? Não gemem? O que gemem?
Golfinhos são capazes de entender que se colocarem seis objetos num recipiente, por debaixo dele sempre está “programado” para cair um peixe. São até aptos de ser objetivos o suficiente no raciocínio, ao ponto de levarem todos os objetos de uma vez só, a fim de apressarem a recompensa, ao invés de os levar um a um. O que será que esses bichos clamam diante de Criador?
Corvos discernem que uma comida pendurada na ponta de uma corda que se balança a cinco metros abaixo do galho, tem que ser “puxada” palmo a palmo, enquanto ele vai encurtando a corda, sempre pisando sobre a porção que puxou, até que a comida lhe chegue à altura do bico. Eles estão vendo e entendendo muita coisa ao modo deles.
Lontras adoram ostras, mas para comê-las precisam de uma ferramenta a fim de abri-las. Por isto usam pedras do fundo do mar, que trazem juntamente com a ostra, até a superfície, onde bóiam de costas, põe a pedra deitada sobre a barriga, e quebram as ostras como humanos fariam, apenas para soberear o interior. Elas sabem o que significa intervir na criação sem maltratá-la.
E assim vai…bichos que aprendem…que pensam…que falam…que repetem…que solucionam problemas…que desenvolvem cultura…e que se utilizam de ferramentas…sem falar nos elementos e árvores que gritam com vibrações. Esses bichos morrem porque os matamos; e ficam piores na medida em que os tratamos mal. Por isso eles estão sujeitos à nossa vaidade; e caíram e continuam a cair com a nossa queda.
Há mais gemido dolorido na criação que a gente imagina!
E o ser humano é o irradiador daquilo que provoca esse gemido!
Há também a psico-esfera, a etnico-esfera, a bio-esfera, e a atmo-esfera. Todas elas são camadas de informações que permanecem em estado cumulativo.
Têm o poder de cair como um Dilúvio!
De tempos em tempos derramam-se como “chuva” sobre a terra.
E pra falar a verdade, há muitas outras comunicações e contatos neuro-inconscientes que ninguém ainda nem imagina que existam. Orgão do corpo carregam para sempre certas memórias de seus possuidores imediatos, obviamnete que me refiro a orgãos transplantados de uma pessoa para outra. Por exemplo, um orgão como o coração.
Há até uma ético-esfera!
Um dia eu falo mais o que penso sobre isto. Não aqui, ta? Mas num livro!
Só quero ter vida para poder escrever tudo o que sinto, sei e vejo.
Ou seja: há muito mais entre os céus e a terra que supõe a vã teologia, a vã filosofia, a vã biologia, e até mesmo a vã ecologia.
Os profetas da Bíblia sabiam disso.
Fazem toda a criação cantar e gemer.
Falam das rebeliões da natureza.
Especialmente acerca de seu gemido, aguardando o dia da redenção.
Nesse dia a natureza será livre do cativeiro da corrupção; cativeiro esse que se instalou especialmente pela intervenção do homem, que não entendeu que a única coisa que deixou de ser natural na natureza foi o seu próprio olhar, que vê morte, onde antes havia apenas ciclo; vê violência, onde antes só havia continuidade; vê bestialidade, onde antes havia apenas encontro de animais.
Eu nunca vi um golfinho órfão em crise de identidade. Nem um chipanzé magoado com os pais, que se separaram ou que os expulsaram circunstancialmente do bando.
Ou seja: nós é que atribuímos a eles essas penazinhas. Mas isto não faz parte para eles. Eles não acham que o mundo é mal, apesar de toda luta pela sobrevivência.
O que dá pena neles é que a classificação original feita por Adão, antes da queda, era natural; mas depois da queda essa “classificação” sujeitou os bichinhos às vaidades da gente—que vão desde vaidades estéticas à designação deles como feios, nojentos, asquerosos, e até mesmo satânicos.
Os bichos olham tristes e dizem:
A feiúra está no olhar de vocês.
A gente não está se comendo.
A gente só está se alimentando.
Vocês é que são os predadores da Terra.
Com a gente a terra, o mar e as fontes das águas são muito mais felizes.
Isso tudo só pode ser fruto da vaidade de você!
Um planta respondeu por todos.
Era uma Árvore cheia de conhecimentos de bem e de mal.
Falou em nome de toda a criação e disse ao homem:
Nunca me acuse, eu faço foto síntese: eu só como luz. O mal é apenas um fruto do teu próprio olhar!
Oséias, o patrono dos animais no Velho Testamento, diz no capítulo 4 e 6 de sua profecia, que o homem é aquele que cria toda a desordem no eco-sistema. Por uma única razão: nós somos parte dele. De modo que ao fazermos mal ao todo no qual existimos, fazemos mal a nós mesmos e uns aos outros, pois estamos acabando com aquilo dentro do que também existimos. Pois nós habiatamos na Terra dento o poder de intervir nas leis da criação original, cada vez mais profundamente.
Aliás, nós somos a única parte maldosa e vaidosa da criação!
Enquanto e gente nem sabe os rouxinóis gurjeiam: Maranata. Vem Senhor de Todos nós!
Não é à tôa que o Apocalipse seja também um grande grito “ecológico”, pois denuncia o que o pecado humano acarreta sobre o céu, a terra, o ar e o mar.
Caio
Isso é o que dá depois de ter sonhado com um documentário da Dyscovery, escrever às 5:30 da matina.
Vou dormir agora. Eu não faço foto-síntese.