Politicamente corretamente incorreto!

Perdão, mas eu estava muito mais a fim de escrever, do que de corrigir. Deve haver muitos erros. Se você os encontrar, corrija-os à gosto. Caio *************************************************** O Politicamente Correto e o Evangelho Sempre fiquei impressionado como a gente se deixa submeter às tiranias das cadeias invisíveis. Desde cedo. Desde adolescente. Desde moço. Desde adulto. Desde Hoje que sinto assim! A conversão ao Evangelho da Graça de Cristo, aos dezoito anos e meio, apenas agravou ainda mais essa percepção. Antes era a contestação ao inexplicável. Agora era contestação porque estava explicado—e o explicado ia contra o estabelecido, na maioria das vezes. Sempre cri de modo incomunicável. Não dava para dizer tudo o que eu cria e via. Desse modo, eu dizia tudo, mais não podia ir além de certos limites…a consciência evangélica e meu temor de ser mal julgado em alguns casos. Mas, nem por isso, deixava de tomar posições. Desde o início do caminho consciente de fé, até ao dia de hoje, que, à exceção de umas poucas coisas, eu creio nas mesmas coisas, sempre as expus, mas, somente para os íntimos o fazia mais diretamente. Ou seja: o cara que Deus usou durante aqueles 28 anos, era eu. Não um outro “eu”, não um outro Caio, com outras convicções e com outras formas distintas de sentir. Garanto a todos que não! Evoco o testemunho dos irmãos lá de Manaus, onde comecei—especialmente os muitos que foram objeto de meu carinho pastoral quando pecaram pecados objetivos e foram percebidos como tais aos olhos dos demais. Evoco o testemunho da Igreja Presbiteriana Betânia, onde pastoreei por quatro anos, se entre eles não agi com a mesma misericórdia e graça, e, se ainda lembram do modo como foram todos cuidados, com amor e misericórdia. Evoco o testemunho de centenas de pastores que me procuraram, no curso dos anos, contando-me suas fraquezas; e pergunto-lhes se não lembram de como foram tratados e com que graça sempre os acolhi…!? Evoco o testemunho dos milhares de irmãos e irmãs na fé, e que comigo tiveram alguma forma de encontro e relação, e, peço que digam se não encontraram em mim sempre espírito de mansidão e longanimidade ante todas as formas de fraquezas que me confessavam…?! Evoco o testemunho dos milhares que trabalharam comigo e para mim, e, peço que digam se em mim não encontraram sempre solidariedade e socorro para com todas as suas possíveis necessidades, e, também, peço que tentem se recordar se isso não foi sempre assim, desde o principio…?! Bem, o que é que as cadeias invisíveis das tiranias e meu espírito de inconformismo têm a ver com o que acabo de dizer sobre o modo como me comportei para com o meu próximo? Ora, é que a Graça é o mais revolucionário e contestatório de todos os poderes no Universo. A Graça me permite ser politicamente incorreto no conteúdo “evocativo” de meu passado, pela simples razão de que é verdade, e, além disso, é uma verdade realizada pela Graça de Deus. Assim, posso ser politicamente incorreto, sempre que for verdade. Bem como, posso ser politicamente correto sempre que for verdade. Este é o principio para a gente ser-não-ser-politicamente-correto-incorreto-livre! Não somos machistas, nem feministas, nem sexistas, nem intelectuais, nem cavalheiros, nem grotescos, nem simpáticos, nem antipáticos, nem finos e nem rudes—somos apenas o melhor de tudo o que possa haver, se formos apenas e tão somente gente da verdade da graça de Deus, vivida, crida, expressa, confessa, sentida, doída, alegre e ativa, em qualquer contexto da vida. Isso é remar contra a maré, é não se cansar do bem, é se arriscar tudo outra vez, é meter a cara ou tirar a cara, conforme a consciência e a fé. A referencia “validadora” não está fora de você, mas inscrita na sua consciência; e, o arbitro dessa validade, é a paz de Cristo. É, enfim, a certeza de que nossa mente não tem outra chance de crescer, se não parar jamais de aceitar que a inscrição da verdade de Deus, atinja sempre novas áreas de nossa própria consciência. Aqui acabam todas as modas, todos os ismos e todas as estações que desejem roubar o direito de qualquer outra, seja da primavera, seja do inverno; seja do verão, seja do outono. A gente só cresce, crescendo. E a gente só está crescendo quando não está num processo de “sistematização existêncial”. Não vos conformeis com este século–lembra? Em Cristo não há…pois nós somos todos um, em nosso Senhor! Caio