O CAMINHO DA TIRANIA GLOBAL



Quem tem alguma dúvida acerca da realidade do pecado não tem que ir muito longe para discerni-lo; afinal, basta dar uma leve olhada no próprio coração. No entanto, para aqueles que parecem só se deixar convencer por evidencias de maior porte, recomendo que se dê uma olhada no que estamos fazendo ao Planeta Terra. Nós, humanos, infelizmente, somos como um câncer na Terra… e em pleno estado de metástase. A Terra está aqui desde sempre… Nós, todavia, chegamos há 8 segundos…, isso se considerarmos todo o tempo da idade da vida no planeta algo equivalente a 1 hora de duração. Suponha que a vida na Terra aconteceu há cerca de 1 hora atrás. Nessa medida de proporção os humanos teriam chagado no chão da Terra há não mais do que 8 segundos atrás. Sim, acabamos de chegar… e já estamos quase no ponto de termos destruído o planeta inteiro. Olha-se à volta com olhar idiotado, e se diz: “Que nada! Ainda há muito a se tirar da Terra”. O que não se sabe, muitas vezes, é que tudo o que existe à nossa volta faz parte de uma maquina sistêmica, a qual está conectada a si mesma de todas as formas e maneiras, visto que sua própria existência depende dela ser um sistema, um ente interconectado, ao qual chamamos natureza. Com certeza, para a vista cega, ainda há muita coisa a se explorar na Terra, posto que quem assim ‘vê’, considera o planeta como um loteamento imobiliário; e, portanto, para tal percepção, ainda há muito chão e recursos para serem explorados. No entanto, como tudo está conectado em-si-mesmo, então, à semelhança do World Trade Center…, a qualquer momento a estrutura inteira cairá justamente porque é um todo. Cai sobre si mesma. No dizer de Jesus: “Os poderes dos céus serão abalados”. Se os gregos antigos estivessem certos, e a Terra repousasse sobre 4 pilares, certamente eu diria que estamos nos agüentando com 1 e meio… e olhe lá. Nossa sobrevivência já é um milagre. Todavia, tal milagre tem seu próprio limite; e, assim, a qualquer momento, num abrir e fechar de olhos, poderemos estar experimentando sustos de magnitudes impensáveis e irreparáveis. O pior é que nossa intervenção na Terra já se tornou a certeza de nossa morte. Afinal, a fim de se fazer alguma coisa a respeito, ter-se-ia que parar o mundo, literalmente falando; e, depois de uma pausa, recomeçar tudo sobre outras bases relacionais, com outro estilo de vida, e movidos por outras formas de energias, não poluentes e auto-renováveis. Mas quem aceitaria parar o mundo? Eu me incomodo quando o elevador não está funcionando. Eu me preocupo com a camada de ozônio, mas não paro de consumir petróleo, e não deixo de usar carros e aviões; e nem tampouco paro de me desodorizar com spray, nem deixo de usar a minha geladeira. Isto apenas para ilustrar com banalidades. A Terra está gemendo. Os terremotos, maremotos e as alterações climáticas gritam a nós que o fim se aproxima. Mas nós seguimos apenas tentando curar leucemia com esparadrapo. Não é possível viver nesta geração com um mínimo de sensibilidade e não ver que estes são dias ‘de fim’… a menos que um milagre aconteça. O milagre, todavia, está em nossas mãos. Mas quem aceita parar o mundo? Ora, numa geração que se sufoca todos os dias, e destrói a vida no planeta como o faz um câncer em metástase…, mas que, ironicamente, discute se uma mulher morta pode morrer…; como pode haver esperança de um milagre que salve a Terra? De fato, diante do que nos aguarda e nos cerca como estado global, todas as demais discussões (aborto, eutanásia, divorcio, casamento de gays, religião, políticas, etc…) parecem ter deixado de ter qualquer real relevância para mim. Na realidade, enquanto a gente discute moral e ética de natureza tópica e minimalista, a Terra é assassinada…; e com ela toda a vida no planeta. É um exemplo clássico e que bem ilustra o discurso de Jesus contra a hipocrisia dos fariseus, e que em nada é diferente da hipocrisia dos governantes e dos governados neste planeta. Sim, para nossa auto-destruição estamos coando os mosquitos das discussões morais e religiosas, enquanto engolimos passivamente o camelo da destruição global. Sinceramente eu creio que se houver um anti-cristo que se faça simbolizar por uma pessoa, a fenda pela qual tal líder e ideologia haverão de por algum um tempo governar a Terra, será através dessa ‘entrada’ que está sendo aberta por séculos de auto-destruição. Chegará a hora do diabo! Sim, nós nos mataremos até não termos mais esperança, e assim nos entregaremos ao controle soberano do “Príncipe deste mundo”. A Humanidade prepara o caminho de uma tirania global, posto que chegará a hora em que nenhum consenso poderá mais ser aguardado, e qualquer “salvação” será aceita, mesmo que seja a tirania do anti-cristo. E como não haverá ‘consenso’, então, haverá total ‘controle’. Como a consciência não se faz impor diante da auto-destruição, então, ninguém duvide, a Tirania Global será instituída na última hora. A cada dia que passa mais certo fico de que a Palavra de Jesus falada no Monte das Oliveiras acerca do Fim dos Tempos é muito mais simples e direta para fins interpretativos dos que teólogos parecem querer enxergar. A leitura do Apocalipse também deixa claro que o ‘fim dos tempos’ não anda separado do tempo da destruição da natureza pelos humanos. As águas e as ervas verdes têm grande importância na mensagem do Apocalipse. Estamos assistindo apenas às ‘primeiras contrações’ da Terra. Mas quando as contrações chegam, já não há mais muito tempo, posto que as dores precedem o parto. E o que a humanidade está para fazer nascer é morte, e a alternativa à auto-extinção acabará por ser a Tirania Global, que na Escritura é o governo do ‘homem da iniqüidade’. Quem tiver coragem, faça algo agora. Quem não tiver, fuja para os montes. Eu, porém, digo: Maranata! Vem Jesus! Caio 07/04/05