666: O NÚMERO DE NOSSA VAIDADE!
Ler Romanos 8 Paulo disse que “a criação está sujeita à vaidade”; e que isso não decorria dela mesma, mas sim em razão dela ter sido sujeitada pela vaidade de um outro. Esse “outro”; somos nós: os humanos! A criação não conhece vaidade, nem quando passarinhos dançam, abrem penas coloridas ou cantam com graça, a fim de encantar geneticamente uma fêmea a qual desejam emprenhar. Na criação nada é vaidade; exceto para o homem! Alguém já viu um crocodilo matando um hipopótamo a fim de se vestir com a pele dele, jogando a carne fora? Alguém já viu alguma espécie manter outras espécies em cativeiro? Alguém já viu qualquer forma de desperdício sendo feita na criação? Ninguém pega mais do que precisa. Ninguém come mais do que o suficiente. Quase ninguém morre de morte natural, posto que na natureza, morrer é parte da vida; daí tão poucos animais morrerem de cansaço; visto que a maioria ou morre subitamente, num ataque; ou em razão de acidentes; ou por ter sido vitima de uma emboscada natural; ou por ter ficado velho e ter sido caçado por um ou mais predadores, para servir de alimento… De qualquer forma, não são os vermes que comem a tal carne, mas sim a natureza maior, ficando para os vermes apenas o que somente vermes podem e devem comer. A natureza jamais acabaria o planeta Terra! A natureza não sabe morrer; pois, ela é vida; vida em processo; vida em sistema; vida em ciclo; vida em si. Entretanto, nela, apareceu um mundo-em-si: o dos humanos! Esses são os alienígenas. Esses vêm e quebram o ciclo. Partem a Mesa da Comunhão Natural. Invadem o Santuário e profanam o altar. Sim, são esses que pegam mais do que precisam; que estocam, mesmo que ninguém coma; que só se sentem seguros sempre tendo mais e mais; que vêem todas as demais criaturas como sem outro sentido senão servi-los; que buscam alcançar níveis de poder e capacidade tão grandes, que, nem toda a natureza é suficiente para abastece-los. Os humanos precisariam que a Terra fosse umas cem vezes maior, para que todos os habitantes humanos que nela residem pudessem ter o nível de ambição média de poder de consumo e de tecnologia cobiçados pela maioria; isso a fim de poder sustentar nosso estilo de vida; ou melhor: a realização do nosso sonho ATUAL de consumo. Mas a pobre Terra não dá conta! Ela é pequena demais para a nossa volúpia. Ela é mínima perto de nossa fome de tudo. Ela já deu quase tudo; e não tem mais o que oferecer para que “nosso mundo” possa acontecer no planeta Terra. Hoje eu estava vendo um documentário mostrando a relação de um homem com os tubarões brancos. Coisa linda! Que intimidade! Que graça! Que leveza! Que reverencia! Que estupefação! Todavia, tubarões, baleias, e todas as demais espécies marinhas, são essenciais à existência do Oceano. Ou seja: sem o Oceano elas não vivem, mas o Oceano também não vive sem elas. Ele vai morrendo quando cada espécie é extinta. Sim, porque milhares de outras cadeias e ciclos se quebram com o desaparecimento de uma única espécie. Por exemplo, mais de 700 mil tubarões ainda são mortos todos os anos para que se retire deles apenas as barbatanas, as quais, servirão para adereços da vaidade humana; ou, na melhor das hipóteses, para alimentar as “magias afrodisíacas” de nossas neuroses sexuais. No entanto, tubarões são quase tão importantes para o Oceano quanto o Oceano é para o tubarão. Assim, pentes, escovas, afrodisíacos, e outras bugigangas de nossas vaidades, vão matando o Oceano, enquanto a gente sacode evoluidamente o rabo e o cabelo penteado em nossos embalos de sábado a noite. Do ponto de vista do Significado Amplo da Vida em nosso planeta, a presença dos humanos na Terra se tornou a mais patética de todas formas de presenças. Sim, porque nos tornamos os alienígenas que aqui chegaram, e transformaram o Jardim em Lixeira e Sucata. Se alguém tem dificuldade para entender o significado do pecado na existência humana, então, por favor, veja-o retratado, pelo menos, na forma da devastação que nossa presença causou à natureza na Terra. Somente vândalos alucinados fariam os saques e tratariam os despojos como nós humanos tratamos a Terra. Nós somos uma raça de estupradores, por natureza diferente da natureza! Nós somos uma raça de víboras sem coração de cobra. Sim, porque até as cobras (nosso medo natural arquetípico maior) são boas e ordeiras em todos esse processo da vida natural. Assim, as serpentes da Terra julgarão os próprios homens, pois são mais ‘humanas’ com a natureza do que os homens. O anjo que voa pelo meio do céu no Apocalipse, e que tem “um evangelho eterno para anunciar”, diz: “Temei a Deus e dai-lhe glória! A Ele que criou os céus, a terra, o mar, e as fontes das águas”. A Ira do Cordeiro se faz manifestar mediante uma sucessão de eventos naturais, conforme as Escrituras; e, especificamente, também de acordo com os sermões escatológicos de Jesus e o Apocalipse de João. Quem tem a benção de voar com o anjo e olhar a Terra de “cima”, esse entende o clamor e o ouve; e mais: faz ecoar esse grito de anjo por toda a Terra. Do contrário, a raça humana será erradicada da Terra. Pode haver vaidade maior do que a dos humanos? Alguém ainda duvida acerca de que todos pecaram, e, por isso, todos igualmente carecem da gloria de Deus? Quem enxerga o pecado em sua própria existência, deve agora discernir as conseqüências globais dele. E quem discerne as conseqüências globais, agora, por favor, discirna também que toda essa sujeira apenas procede do coração humano; que é uma imensa usina nuclear de toda sorte de radiações mortais. Mas os cegos não vêm o que está diante de seus próprios olhos; os quais, não vêem apenas porque ver implica em se converter; em mudar a consciência e o significado da vida. Isso sim, parece uma vaidade feita de “bondade e imortalidade” para a maioria dos humanos. Afinal, a gente tá aqui pro quê? É claro que é pra botar literalmente pra quebrar! Quem desejar, grite: Viva a Besta Humana! Quem é a Besta? Ora, está dito: o número é 666; número de Homem! Quem não quebra esse ciclo da morte da vaidade do pecado mediante a consciência da Queda, e, conseqüentemente, se entregando à Graça de nosso Deus — dando testemunho de sua conversão também mediante uma consciência acerca do significado da presença humana na Terra —; não tem porque procurar discernir o número da Besta fora de si mesmo; posto que fazer parte mórbida e escravizada desse sistema de nossas vaidades, é, como diz o Apocalipse, carregar o selo da Besta na fronte; sendo, portanto, parte dela. Nele, Caio 05/07/2005