O ANIMAL HUMANO ODEIA O EVANGELHO

 

 

 

 

O ANIMAL HUMANO ODEIA O EVANGELHO

 

 

 

O homem é um animal religioso. E em sua Santa Tarefa de amaciar o caminho de seu próximo na direção da Felicidade no Céu, acabou por transformar o Globo num cemitério.

 

Mark Twain

 

 

O Evangelho anda na contramão de tudo o que seja ou tenha se tornado animal e instintual na natureza humana; tanto na propensão de sua carne (complexo orgânico e pulsões derivadas das produções de sobrevivência do animal humano); como em sua constituição mais imaterial, tanto na dimensão psicológica animalizada, quanto também nas inclinações de seu espírito desespiritificado (dês-espiritualizado é menos do que quero dizer).

 

Quando o homem nada sabe da revelação de Deus (pelo menos não demonstrando saber), diz-se dele que é pagão.

 

Pagão, no entanto, é um termo a ser redefinido, pois, segundo Jesus, pagão é todo ser humano sem revelação.

 

Daí os sábios, escribas, filósofos e entendidos terem sido por Ele tidos como pagãos, em contraposição aos pequeninos que receberam a revelação do Pai.

 

Assim, qualquer homem sem Deus como revelação [nem tanto se poderia dizer que fosse por desconhecer a revelação como informação acerca de Deus] é pagão em si mesmo.

 

Ora, a natureza do paganismo é a guerra, a disputa, a busca de dominância, a posse, a escolha do que é mais forte, mais rico, mais farto, mais fácil e mais sob controle.

 

Por isso o paganismo busca dominar até Deus. Daí a religião ser o supremo paganismo; pois, ela se arroga a fazer o animal humano ter a ilusão que por meio de ritos, trocas, barganhas, sacrifícios, e outras moedas de troca, se pode ter Deus ao nosso lado — claro, pois, se Deus não fosse pelo menos um “deus”, far-se-ia guerra contra ele; e não trocas.

 

Assim, o paganismo é a busca de transcendência do animal. E a religião é a animalidade buscando transcendência.

 

O paganismo também criou a máquina almática.

 

Sim, porque quem quer que aprenda a manipular a pulsão pagã dos humanos, esse obtém todo o poder que desejar.

 

No Brasil há um homem formado em matemática e estatística que é sem dúvida o maior especialista em criação de máquinas almáticas em escala industrial.

 

Maquiavel diria a ele mais cedo ou mais tarde: Você fez a coisa certa! Pode não ser certo; mas era a coisa certa a fazer.

 

Isto porque quem quer que ofereça um “deus” que seja meio-bom e meio-mal, que seja justo só para aquele que compra, que seja forte só pra quem dá a “ele” todo o seu recurso, que seja inimigo de todos os que ao devoto odeiem [não importando se o vilão é o devoto], que não queira saber do interior de ninguém, que tenha como critério de benção apenas as exterioridades, que proponha como paradigma de prosperidade aquilo que no corpo se possa pendurar ou usar, que deixe o indivíduo em tamanha dependência que se não cumprir o prometido tema pelas piores maldições, que veja todo mal como advindo apenas do diabo e nunca do coração humano, que entenda que qualquer infelicidade é culpa do demônio, que creia que “deus” pode entregar alguém ao diabo apenas porque a pessoa faltou muito aos encontros, que tenha no medo a devoção do coração; e que use o nome de Jesus para validar toda essa obra do inferno — esse é o cara; diz o diabo e confirma Maquiavel.

 

Mas este é apenas um exemplo brasileiro. O mundo inteiro e a história toda nos dão testemunho de que o “Deus dos Homens” tem sido o pior diabo da humanidade, e a mais letal de todas as pragas contra o valor da vida.

 

Não foi à toa que para gente de tal paganismo e devoção ao espírito da morte, Jesus tenha dito: “O diabo é o vosso pai” — João, cap. 8.

 

 

 

Caio

 

22/08/07

Manaus

AM