A ÁRVORE DA MORTE
A Árvore era do bem que só da pra conhecer do mal e do mal que só dá pra conhecer do bem.
Por isso, era a Árvore da Morte.
Pois, todo bem que só pode ser conhecido do mal e todo mal que só pode ser conhecido do bem, é estado de mortalidade.
Portanto, quando Deus diz: “Se dela comeres morrerás”, Ele pronuncia não uma maldição, mas a verdade sobre o fruto de qualquer árvore que produzisse essa única possibilidade — de que o mal só fosse conhecido a partir do bem e que o bem só fosse conhecido como tal na experiência do mal.
Sim! Essa-esta-toda-qualquer-outra-árvore criaria a consciência mortal imediatamente!
Conhecimento mortal e consciência de mortalidade acompanhada de culpa inata; ou seja: de pecado.
Pois essa Árvore só existiu no tempo e no espaço como projeção do Jardim Interior de Adão; visto que o único lugar onde tal Árvore pode existir, é de onde procedem todas as coisas de boas e más — do coração humano.
Assim, o Homem expulso do Jardim é o Homem expulso de si mesmo; e de seu eu primordial que era Um em Deus com o todo; em razão da culpa que o dividiu entre o saber o bem e não conseguir sempre vivê-lo, e aborrecer o mal, enquanto frequentemente o prova como tentação, desejo e cobiça.
A gente morre disso; pois, quem disso já não morre, mesmo quando morre, não morre; visto que aquele que crê em Jesus [Árvore da Vida] desiste de ser-saber pela Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.
Ora, tal Árvore morreu na Cruz de Jesus!
E quem não entende isso, não anda na direção da Árvore da Vida, pois, para esse homem, o Querubim existe dentro dele como adversário do acesso à Árvore da Vida; visto que a pior diabolice que ao Homem se poderia conceder seria dar a ele acesso a vida pela morte como escolha contra a Vida; em razão de que em tal caso, aí sim, o que se teria seria a Morte de Deus no homem para sempre. Seria existência sem mortalidade e sem redenção — seria o diabo.
Nele, que nos quer conhecendo todo bem enquanto se ganha limpeza do mal na mente,
Caio
02/09/07
Manaus
AM