SALMO 151: VOCÊ JÁ AGRADECEU PELO XIXI DE HOJE?
Papai sempre fez todas as necessidades fisiológicas com prazer desde antes de se converter. Ele também comia e bebia com muita alegria. A natureza, então, ele sempre a comeu como mel. Mas depois de crer em Jesus conforme o Evangelho, ele passou de prazer e alegria à gratidão devocional em tudo.
Foi fazendo xixi ao lado dele [amazonense ama um xixi no chão e no mato] que aprendi a ouvi-lo dizer: “Ó meu Senhor! Obrigado por esse xixizinho!”
Então… — xixi, caquinha, suor, topada, coçada, queda, cafuné, água, banho, sabonete, perfume, terra, chuva, sexo, beijo, abraço, visão, audição, impressão, sonho, sono, trovoada, energia, braços, pernas, dedos, ereção, prazer, oração, colchão, cama, coração, canção, voz, dor, saúde, fraqueza, cansaço, ânimo, tristeza, choro, exultação; e tudo o que só se faz com respiração, em mim passaram a ser objeto de culto e gratidão antes, durante, depois, e sempre que me lembro ou experimento tudo isso e muito mais…
“Todo ser que respira louve ao Senhor!”—Sim! E o louve por tudo o que só se pode provar enquanto e quando se respira gratidão.
Cada ato de inspirar e expirar deveria [e deve] ser um ato de gratidão!
Quem dera pelo menos aprendêssemos com os indianos o significado benfazejo da respiração física [já nos faria muito bem]; e, a tal aprendizado, aliássemos a certeza de que a respiração é culto a Deus quando se respira em Deus em total gratidão.
Ora, tem gente que diz: “Que é isso? Xixi como culto?”
Jesus disse que não é o que entra pela boca e sai por onde deve sair o que contamina o homem, mas sim o que lhe procede do coração-mente.
Portanto, caso você não pratique tais devoções e gratidões por achá-las impuras, então sugiro diferente.
Sim sugiro que você agradeça pelos seus correspondentes interiores, e que existem em seu coração.
Sim! Agradeça e diga:
Obrigado pela minha inveja de hoje, pelo ódio que me pervadiu, pelos ciúmes que me surtaram, pelas ambições que me cegaram, pelos adultérios que me visitaram a mente; e pela indiferença que me habita; pelo medo de amar que me possui, pela ingratidão que eu pratico, pela murmuração que eu adoro, pelo espírito de comparação e competição que me nutre; e pela minha falta de amor e respeito próprios, pela minha insegurança, pela minha imensa carência, pela amável vaidade que eu alimento; e também, pela prostituição emocional que eu pratico, pelos enganos que eu realizo contra o próximo, pela minha língua venenosa, pelos meus ardis nunca descobertos; e também pela vontade de só viver pro que eu gosto, pela insatisfação de pão simples, pela normalidade banal da respiração; e pelo meu corpo bonito e que agora é malhado; pois, assim, todo mundo fica vendo apenas o que não sou.
Assim, eu pergunto: você já agradeceu pelo xixizinho de hoje?
Prive-se dele e você entenderá como perde a chance de agradecer sempre… Ora, isto sem falar nas outras coisas…
Caio
06/09/07
Manaus
AM