MORTE DA FÉ
“Quando o Filho do Homem voltar, porventura encontrará fé na terra?”
Nada é mais triste de ver a morte da fé nesta geração!
Há crença, há misticismos, há correntes e barganhas, mas não há fé!
A fé é a certeza de coisas que se esperam e a firme convicção de fatos que se não vêem.
Portanto, a fé não trabalha com o visível, mas com o invisível; e não se estriba no que é perceptível aos sentidos, mas sim no que a eles não está disponível.
A fé faz as “coisas que se esperam” se tornarem “certezas” e faz “os fatos que se não vêem” tornarem-se “convicções”.
Assim, a fé antecipa e goza o que ainda não se materializou, como quem vê concreção no invisível ou no ainda não “acontecido” ante os sentidos.
Ora, sem fé, esperança e amor ninguém cresce em temor e reverencia para com Deus e a vida!
Posto que o que se crê e espera ainda não se manifestou aos sentidos, mas a fé santifica aquele que crê durante a “espera”.
Esta é a razão de vermos tanta maldade falada e feita em nome da “fé”, pois, “tal fé” não é nada além do ódio religioso que anima dos doentes contra os antagônicos.
A religião [e seus fanatismos] produz apenas o ódio como fé. Sim! É fé na existência do inimigo, não na realidade de Deus.
Pela mesma razão é que campeia entre nós a alegria pela catástrofe do adversário humano!
A “fé” que entre “nós” se propaga é certeza de que o mal alcançará aqueles que desejamos ver esmagados. É “fé” na vingança…
Olho para esse “meio religioso” e fico aturdido com a possessão de desamor que tomou conta de quase todos. Enquanto isto a iniqüidade cresce…
Cresce… E os agentes dela ficam cada vez mais insensíveis.
Leio coisas que “crentes” escrevem aqui na Internet e me encho de angustia.
Acabou o amor. Morreu a reverencia. Institui-se a banalidade das palavras. Extinguiu-se a verdade. Amparou-se a mentira. Deu-se asas ao engano. Tudo em nome de Jesus.
E o diabo se ri dos “crentes”!…
Quando do Dia Mal chegar [e ninguém se engane, pois ele vem, e não tardará], então se verá essa multidão gritando por misericórdia, enquanto rangerão os dentes em dores de raiva…
Então dirão:
“Senhor! Comias e bebias em nossas ruas!…”
“Senhor! Em teu nome tiramos demônios, profetizamos e fizemos milagres!…”
“Senhor! Por que não abres a porta?…”
Mas o Senhor lhes dirá:
“Nunca estive com vocês! Não os conheço. Vocês usarem meu nome, mas nunca me conheceram. Meu nome só é verdadeiro na boca de quem me conhece!”
Enquanto isto… — os meninos vão brincando de Deus e com Deus…
Mas a porta vai fechar!
Veja o que aconteceu a você!
Pergunte-se: O que me anima é fé, ou é apenas o ânimo da guerra da religião excitada pelo inferno?
Nele, que busca nos acordar enquanto é tempo e dia chamado Hoje,
Caio
06/10/07
Lago Norte
Brasília