APENAS NO AMOR ABSOLUTO A VERDADE É ABSOLUTA
Na boca de um homem mal intencionado e corrompido pela sua própria culpa — em insistindo ele em supostamente andar na Graça que não crê para a sua própria vida, portanto, não provando para si mesmo a Boa Nova — até a verdade se torna mentira; pois, mente pela sua própria existência contra a verdade na qual crê apenas para os outros, mas não para ele mesmo.
Assim, mais uma vez, sem amor nada nos aproveitará. Posto que somente o amor faz a verdade ser Verdade na vida de alguém; pois, sem amor, mesmo tudo que seja Realidade, não é Verdade para Deus no homem; portanto, sendo apenas algo existente, mas não Vivente; visto que somente o amor faz do existente um Vivente.
A Realidade é para o Existente. Já a Verdade é para o Vivente. Porém, a Verdade só se ambienta para a Vida como Amor. Assim, nem todo Existente é Vivente, pois só há Vida para um ente-existente na prática e no conhecimento da Verdade em Amor; pois Deus é amor. Deus, Amor, Verdade e Vida. Deus é amor. Portanto, nada se faz autêntico sem amor. Nem tampouco sem ele pode haver verdade ou vida. Mas apenas realidade e existência…
Foi por isto que eu disse que o homem que anda sob a culpa, porém, ambiguamente caminhando sobre a pressuposição de que a Verdade pode ser praticada e usufruída em meio ao ódio, à indiferença ou ao desamor — ainda assim imagina que alguma mágica religiosa, ou moral-exterior, ou feita de arrogância e superioridade ética, ou mesmo como farisaica e religiosa justiça-própria, o haverá de salvar da cova que cava com a boca e com os atos de intriga e ofensa.
É acerca desses que Deus diz que até as suas orações se tornam uma abominação, mesmo que concluídas “em nome de Jesus”.
É quando a oração vira macumba.
Sem amor toda crença é magia. Pois até a fé que crê sem amor crê magicamente mais em si mesma do que
Jesus não ressuscitou dos mortos porque o Pai o amava, mas porque Ele andou de modo absoluto no amor do Pai. A ressurreição não foi magia, foi Fruto do Amor, que é Vida.
Assim,…
Todas as vezes que enxergo que vi, pensei, agi, respondi, falei, doei; ou qualquer outra coisa; porém sem amor, mas por hábito, ou por orgulho, ou por ressentimento, ou por juízo, ou por verdade, todavia, sem amor [posto que o amor é impossível entre essas coisas] — choro por ter jogado fora uma outra chance de ser, de crescer, de significar em Deus; embora eu creia no Dia que se chama Hoje; e nas muitas chances que este novo instante [de texto-tempo-eterno] me dá quanto a me confessar em verdade como homem diante de Deus, de mim mesmo, e de vocês também… Então sei… Mas sei que quando me deixo levar por qualquer coisa que não seja amor simples, perco as coisas excelentes, e escolho sabedorias inferiores, as quais, não são inocentes, posto que nos moldem o espírito.
O ramo que dá fruto Ele limpa para que produza mais fruto ainda. Mas o que pensa que pode viver desconectado Dele [fora do amor em verdade e da verdade em amor], esse é como o ramo que se confessa na Videira, mas que de fato existe fora dela; e, por isso, por mais ativo que esteja, não dá o fruto do amor, e, assim, faz muitas coisas em nome de Deus e de Jesus, porém sem amor; mas apenas por vaidade, insegurança, narcisismo, poder, sensualidade, teatralidade, carnalidade básica e animal, pagã e fetichista — sendo esta a razão para que ele, que já se pôs fora da Videira, seja deixado onde se colocou, a fim de que conheça o inferno, e seja queimado pelo fogo da existência, até que se converta, e seja enxertado na Videira em total permanência na Palavra do Amor na Verdade, e na fé que se expressa em amor ao próximo e aos irmãos, pondo-nos na posição de servos uns dos outros e imersos em absoluta confiança na Graça da Cruz, que é o poder que nos faz orar com confiança, descansar em paz, e crer sem temor; recebendo tudo com alegria, enquanto se vive na certeza de que o Amor de Deus pavimenta o nosso caminho no Caminho.
A Árvore da Vida só tem um fruto simples e eterno: Amor. O conteúdo do Amor é verdade, alegria, justiça, paz, bondade, longanimidade, paciência, esperança, perseverança, mansidão e domínio próprio.
“Eu vos designei para que vades, e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” — disse Jesus.
Assim dizendo, Ele não nos enviava para uma competição de frutos e obras, mas para a simplicidade da experiência do amor na plenitude de seus conteúdos.
Só que isto nada tem de intimista ou de verborrágico, afinal, não é de palavras, mas sim de fato e de verdade que somos chamados a amar. Trata-se de uma designação para ser. E de um ser-sendo; posto que Ele diga: “… vos designei para que vades…” O ser se torna fruto. O fruto é alimento na existência e na Vida.
Há muitos “ramos” que se excluíram da Videira pela incredulidade e pela falta de consciência da Graça e da Justiça da Fé; e que, por isso, arrogaram-se a existir para e por Deus por conta própria. Esses, mesmo quando excluem outros ramos, o fazem aumentando os infernos no qual já vivem; tornando-se cada vez piores em razão de que sua culpa já se transformou em raiva contra a Verdade; por isto é que estão no fogo do inferno existencial, até que se convertam; e, pela Graça sejam enxertados na Videira.
Esta é uma linguagem humana para expressar um sentir humano, e não um teorema sobre o Tempo, a Eternidade, a Soberania de Deus e a Liberdade do homem.
Já passei dessas bobagens faz tempo.
Falo apenas de como um ente humano se sente quando existe de Deus, mas vive sem Ele. E todo aquele que estiver em tal estado entenderá o que estou dizendo. Também me compreenderão os que já estiveram em tal estado e não esqueceram da Bondade que os alcançou. Os demais, mesmo assim, perderão tempo discutindo “a minha teologia”. Rsrsrs.
Nele,
Caio
21/11/07
Lago Norte
Brasília
DF