EXPULSANDO ESPÍRITOS IMUNDOS!
“Ele meramente com a palavra expelia os demônios”.
Nos dias de Jesus havia muitos exorcistas. Mais adiante no livro de Atos nós ficamos sabendo de judeus exorcistas. Jesus, portanto, não estava inventando o exorcismo, mas sim o praticando como genuína libertação humana dos poderes do diabo e dos diabos.
Em todas as culturas do mundo sempre houve gente tomada por espíritos imundos e também aqueles que se propunham a fazer exorcismos sobre eles — desde ritos “cristãos” até aos modos mais estranhos e considerados “pagãos” pelos “cristãos”.
E sempre foi assim!…
Jesus, no entanto, se diferencia de tudo e todos pelo simples fato de que Nele não há nada especial em relação aos demônios ou aos espíritos imundos.
Ele não tem um rito; não conversa com os espíritos [exceto no caso do Gadareno, quando Jesus indaga: “Qual é o teu nome?”; e depois trava um curto diálogo com a “Legião”]; não tem mandinga e nem salamaleques.
E mais: Ele até mesmo proibia os demônios de falarem!…
Era esta simplicidade chocante o que deixava a audiência dos exorcismos completamente perplexa, pois, não só os demônios obedeciam [sem aqueles ritos longos e repetidos], como também obedeciam apenas a palavra de Jesus que os mandava sair das pessoas. E eles saiam!…
Sempre foi e será assim sempre que for genuíno!
O exorcismo católico é uma obra de ritos pagãos. Um hibrido cristão-judaico-romano, com direito ao “nome de Jesus e ao Pai Nosso”, a oração aos anjos, ao uso de elementos mágicos, como água ou a cruz, etc.
O exorcismo evangélico-pentecostal clássico era muito místico, mas ainda era sério. Hoje está em extinção.
O ritual dos exorcistas antropológicos, psicológicos e ancestralistas, é uma obra de academicismo misticista, e que busca discernir e entender os espíritos a fim de expulsa-los, fazendo como Jesus não fez, e como o Apocalipse adverte ser perigoso, quando exorta os que buscam saber “as coisas profundas de Satanás”. Acaba na bruxaria…
O exorcismo neo-pentecostal é uma obra de ritual pagão, marketeiro, indutor, falsificador das próprias possessões, e no qual o pior diabo acaba sendo o exorcista que induz a mente dos pobres coitados, pela sugestão, a se endiabrarem.
O exorcismo pagão clássico é um infindo processo de retro-alimentação da mecânica da “possessão”, seja a possessão verdadeira ou falsa.
Nem tudo o que parece é diabo é o diabo.
Muitas vezes as “possessões” são feitas a partir de expressões dos porões mais demoníacos do inconsciente humano. Outras vezes, porém, as possessões são realizadas por espíritos imundos.
Jesus não perdeu tempo dizendo quem eram os espíritos imundos. Eram imundos, e, portanto, ali não era o lugar deles.
Sabe-se pelo evangelho de Marcos que o temor desses espíritos era o de serem mandados para o “abismo”. Jesus, todavia, nada diz sobre nada além de expulsá-los.
Não tenho também o menor interesse em saber quem são esses espíritos imundos. Apenas faço como Jesus ensinou e praticou. Além disso, creio eu, o rito passa a ser parte do sistema do diabo e o exorcista o próprio diabo do possesso, sempre que se abandona o modo e o espírito de Jesus fazer as coisas.
Como Ele fez assim faço, e recomendo todos a fazerem. Afinal, este é um dos sinais que seguem os que crêem, com o texto entre colchetes ou não!… [rsrsrs]
Nele, em Quem sou e com Quem desejo me assemelhar,
Caio
12/12/07
Lago Norte
Brasília
DF