VOCÊ NÃO IRIA GOSTAR DO “MILÊNIO”!

 

 

 

 

 

VOCÊ NÃO IRIA GOSTAR DO “MILÊNIO”!

 

 

 

O livro do Apocalipse nos diz que “Cristo Reinará por mil anos” sobre a Terra. E diz que isto acontecerá depois da falência de todos os presentes sistemas de poder deste mundo e de “seu príncipe”.

 

Às vezes eu fico pensando que se tal promessa acontecer como ela parece nos induzir e crer, ou seja: com gente como eu e você, aqui, neste planeta — então, o que se depreende é que tal reino é o reino da simplicidade do amor e da libertação total da culpa e da fobia da morte.

 

Além do quê, é também o reino do amor que se formou pelo trauma da consciência que assistirá ao que o estado de desamor [que permeia o presente modelo de civilização humana] gerará como catástrofe suicida! — em razão do tipo de “mundo” que nós temos criado!

 

Assim, tendo a simplicidade do amor, a abolição da culpa, a libertação da fobia da morte, e a vestimenta da justiça como adornos, a nova humanidade do “milênio” teria que ser uma comunidade de humanos nus; ou apenas com poucos panos como vestimenta; e que não precisassem de petróleo ou energia elétrica que demande cabos e estrutura urbana e internacional; e que se alimentassem do que plantassem; não havendo governo algum; todos vivendo em comunidades de consciência e adoração produtiva e alegre; em um planeta de todos; e em cujo tempo o temor e o tremor devidos ao Cordeiro tivessem entrado no coração do homem como a espada da verdade inquestionável; e, assim, ninguém mais precisasse de nada, exceto de um só pouco; e onde o planeta fosse visto como de fato de Deus, e não do homem; e, por tal entendimento, todos os sobreviventes da Catástrofe anterior [a nossa], se dispusessem a viver conforme a Vida é.

 

O milênio possível na Terra é uma Ecomunidade Espiritual!

 

Bin Laden diz que o mundo só sobreviverá se voltar ao modelo da vida no século VII, nos dias do surgimento do Islamismo. Ele é muito pouco radical.

 

Eu, porém, creio que só seria possível a continuidade na vida na Terra conforme nós nos incluímos nela, se houvesse uma conversão de todos nós a um estilo de vida que hoje, com nossos caprichos e doenças de poder e propriedade, quase nenhum de nós suporta. Então, se assim é, a catástrofe será inevitável.

 

Afinal, só seria Milênio natural mesmo, se todos os que nele vivessem fossem como Adão, só que com a mente tomada de consciência acerca do que a Árvore do Bem e do Mal fez a nós como espécie, e, assim, escolhesse viver visceralmente simples, precisando de nada e comendo fruta e pão, e bebendo água, e plantando, e amando, e tendo filhos criados sob tal espírito, o qual, não seria apenas fruto de educação na justiça, mas sim de amor à verdade e de gratidão ao Deus de toda Graça; e ao Cordeiro, cuja Luz fosse o arbitro da consciência de cada homem.

 

De fato, o que o Apocalipse diz é que somente um trauma de autodestruição quase total é o que, sob o poder do Espírito de Cristo de instalação da verdade no intimo, fará os humanos poderem encontrar ainda uma Era de Paz na Terra, um Milênio; o qual, todavia, só virá depois que todos os nossos sistemas de poder caírem por terra, e todos os nossos meios de ilusão se esboroarem ante a calamidade total.    

 

Ou seja: o milênio do Apocalipse parece um cenário de uma Amazônia indigna na qual cada índio fosse um ser com a consciência cósmica que temos hoje, mas com a disposição à simplicidade de vida que possuíam [digo “possuíam”, pois até o caminho dos índios está de todo corrompido] os índios de séculos atrás; enquanto tudo isto se fundisse em Cristo, e no temor e tremor pelo Cordeiro.

 

Assim, o “milênio possível” na Terra é realizado mediante um estilo de vida que não agradaria jamais aos “milenistas”, os quais sonham com um Milênio que seja uma América feita só de crentes.

 

Aliás, quando o “milênio” acabar, diz o Apocalipse que vem o diabo e diz: “Gente! Estou de volta! Lets Game My People!” E, assim, com saudade de todos os games da presente geração, a civilização humana se levantará contra o Cordeiro outra vez.

 

Só que dessa vez, já não haverá mais vez!

 

 

Caio

 

10/02/08

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