O QUE ERGUE VOCÊ: VAIDADE OU GLÓRIA?

 

 

 

 

 

O QUE ERGUE VOCÊ: VAIDADE OU GLÓRIA?

 

 

 

 

 

… “e conhecer qual seja a esperança da glória de seu chamamento”… — Paulo.

 

 

Dia 14 de setembro fará um ano que papai partiu.

 

Ele foi a única pessoa que conheci que jamais se descuidou de viver exclusivamente da esperança da Glória de seu chamamento em Cristo.

 

Nunca o vi com dúvida.

 

Nunca o vi abalado.

 

Nunca o vi perdendo a cabeça.

 

Nunca o vi ter que pedir perdão muitas vezes.

 

Sempre o vi desculpando-se do que não fizera.

 

Sempre o vi olhando para além do imediato.

 

Sempre o assisti vivendo em paz.

 

Sempre suas agonias eram provadas em paz de consciência.

 

Sempre o vi se confortando e se alegrando na Glória por vir a ser revelada nele.

 

Nunca o vi lastimar-se.

 

Nunca vi vitimar-se.

 

Nunca o vi transferir responsabilidades.

 

A paz daquele homem era como os volumes das águas do Rio Amazonas. E ele sabia que seu destino era sempre melhor: o Oceano.

 

Hoje, mais do que nunca, eu sei que neste mundo de dores e tristezas, cheio de enganos e ilusões, a única realidade a preservar o nosso ser é a esperança da Glória.

 

Quem tenta viver sem a transcendência da esperança da Glória, como diz Paulo, torna-se entre os homens o mais infeliz.

 

Os cultuadores da Apologia e da Lógica buscam amparo em certezas históricas e ou em filosofias.

 

Os adoradores da Psicologia buscam estabilidade pela via do total desencanamento.

 

Os que servem ao dinheiro crêem que tendo tudo está bem.

 

Os que se alimentam de inseguranças pensam que se forem desejados e buscados tudo estará bem.

 

Os que servem aos deuses do sucesso acreditam que se seguirem formulas todas as coisas ficarão sob controle.

  

E há, entre outros, os que crêem que se sofrerem com poesia as dores da Terra, então, pela solidariedade angustiada, estarão realizando o máximo de transcendência possível.

 

Jesus não viveu assim. Nem Paulo. Nem os apóstolos. Nem todo aquele que conheceu a Jesus mesmo.

 

Ora, foi também sem estribar-se em nada que não fosse o chamamento para a Glória que vi meu pai viver.

 

Tudo mais, para ele, tinha importância ilustrativa, porém, nada mais além disso.

 

Quando via alguém se desviar da alegria na esperança da Glória, apenas dizia: “Esse marotinho ainda não entendeu de onde vem a nossa alegria!”

 

Assim, digo a você:

 

Pegue o Novo Testamento e leia tudo outra vez; e, ao ler, concentre-se no significado do chamado do Evangelho à transcendência na esperança da Glória.

 

Faça isto, e, ao final, responda-me se você continuou tomado pelas mesmas angustias e falta de significado.

 

 

 

Nele, que nos ama,

 

 

Caio

12 de setembro de 2008

Lago Norte

Brasília

DF