ADORO DE TODA A MINHA IGNORÂNCIA!

 

 

 

 

ADORO DE TODA A MINHA IGNORÂNCIA!

 

 

 

 

Quanto mais o tempo passa, mais sou esmagado pela minha ignorância.

 

Sim! Quanto mais vou sabendo, mais esmagado vou ficando pela constatação do que não sei; pois, quanto mais se sabe, sabe-se apenas mais ainda a fim de aprofundar a natureza e a sofisticação da ignorância.

 

Não sei quase nada sobre o Universo e seus multiversos; sobre seus anti-versos; sobre seus ambientes paralelos; sobre a sua natureza essencial; sobre suas criaturas e existências; sobre os infinitos mundos que existam dentro e fora do Universo; sobre a Terra, e tudo o que nela há; sim, sou cada dia mais ignorante; ignorante do que sei, e cada dia mais sábio sobre o que não sei…

 

Cada dia vejo como sou ignorante de mim mesmo e de tudo o que seja mistério no mundo.

 

Ignorância é minha condição!

 

Ao mesmo tempo, quanto mais me disponho a amar, mais vejo que o que existe não é feito de conhecimento, mas sim de sabedoria desinformada e caminhante na direção do que seja o amor como vida.

 

Assim, quanto mais meu saber aumenta, mais cresce minha ignorância; pois, todo saber apenas esclarece o tamanho do que nos falta como conhecimento.

 

Do mesmo modo, quanto mais reconheço minha ignorância, mais cresço em confiança; pois, meu maior esmagador de ilusões sobre o Sentido da Vida não é a Ciência, mas a Palavra.

 

A Ciência me dá ilusões de saber. A Palavra é que desmonta tudo, sempre me projetando para naturezas de existências e de possibilidades que estão muito para além da mais fascinante viagem cientifica ou ficcional.

 

Então, pela fé, fico sabendo o que basta; e isto não me desestimula na busca do saber.

 

Pela fé fico mais aberto do que qualquer cientista, cuja profissão preconiza uma mente aberta.

 

Sim! Fico mais aberto do que um cientista, pois, a ciência trabalha com as variáveis do “possível acordado cientificamente”.

 

Mas a fé decorre da confissão que diz:

 

Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus”.

 

 

 

Nele, em Quem sou esmagado de alegria de apenas confiar no Amor que não mente,

 

 

 

 

Caio

26 de novembro de 2008

Lago Norte

Brasília

DF