A MACCUMBA VENCEU A MACUMBA!
Nunca pensei que um dia, estando eu vivo na Terra, associaria a “macumba” não mais aos ritos de esquina e de terreiros apenas, mas, sobretudo, à feitiçaria ensinada em nome de Jesus.
É claro que eu sabia que o cristianismo foi, historicamente, uma Religião de Mágica e de Feitiços. E isto porque a fé do cristianismo na macumba era tão grande e tão certa de sua importância, que, matou de modo macumbeiro aos bruxos e feiticeiros, a maioria dos quais mais cristãos do que os seus algozes ortodoxos de tanto ódio do diabo animando-lhes o coração e as ações.
Jesus viu a grande macumba em Seus dias não nos cultos pagãos, acerca dos quais Ele nada diz em lugar algum nos evangelhos, mas sim, no Templo e entre seus donos; assim como nos discípulos dos Dogmas que matam — visto que foi acerca desses que, em João 8, se diz que Ele fez dura referencia, chamando-os de “filhos do diabo”; e mais: afirmando que o diabo era o pai deles, e não Abraão, de quem eles, na cegueira da macumba de ódio que lhes cegava a mente, afirmavam ser filhos.
Hoje os macumbeiros andam retraídos, vencidos, rendidos, pobres, não mais apavorantes — pois, o cetro do medo por eles usado por séculos lhes foi tirado; e, agora foi posto não em terreiros, mas em tronos de “poder cristão”; exercido pelos que dizem aos homens, em nome de Jesus, que se eles não ficarem sob sua “cobertura espiritual”, todos os males lhes acometerão.
Entre os sofisticados, os ortodoxos históricos, a cobertura não é feita pelo “líder” [quase não há carismas entre eles], mas sim pela base doutrinaria correta. Mas é macumba do mesmo jeito, posto que seja controle pelo medo e não uma caminhada livre movida por uma consciência adulta em fé.
Entretanto, como a Nova Macumba do Cristianismo é carismática e neo-pentecostal em seus contornos mais explícitos [embora, como já disse, esteja presente em todos os aplicativos da subserviência ao medo] — a grande influencia original veio dos Pentecostais dos Estados Unidos [o pai do fenômeno no Brasil foi um “MacMissionário”…, no inicio dos anos 60, com as suas mágicas suaves, como o “ponto de contato”, enquanto a mão dele ficava estendida na tela da televisão — fonte de onde vieram MacCedo, MacSoares, MacÂngelo entre outros, e, depois desses, todos os milhares que aprenderam na escola que eles criaram] — e os contornos atuais já foram o resultado de misticismo manipulador do pentecostalismo americano + as magias populares das crendices do povo brasileiro.
As macumbas que são feitas aos milhares nos cultos do medo e das manipulações são infinitamente maiores e mais danosas do que as que ainda são feitas nos terreiros falidos pela Nova Macumba, a qual, de fato, é uma MacCumba: bem americana e bem brasileira.
Todos os dias recebo cartas e cartas de gente que sofre sob o poder dos “Guias Evangélicos” que praticam as MacCumbas com apelidos de cultos.
Ou, então, são as Pró-Maccumbo-fecias que assolam as mentes fracas, as quais se entregam ou às vaidades de profetas doentes, ou, então, oferecem a mente ao controle de para-normais “evangélicos” travestidos de profetas.
O fato é que hoje as pessoas têm mais medo de maldição de pastor do que de bruxaria de macumbeiro.
Por que será, hein?
Afinal, a maior Macumba é sempre a que se imanta do maior medo!
Mas como cristão não é macumbeiro, então, sua versão da bruxaria é apenas uma coisa mais sofisticada, como uma MacCumba.
Na prática, porém, é gestão do inferno sobre a vida humana, como o diabo gosta.
Pense nisso!
Com temor e tremor,
Caio
23 de fevereiro de 2009
Lago Norte
Brasília
DF