A BATALHA PELA HISTÓRIA
“Quem é digno de abrir o Livro e lhe desatar os setes selos?”— é a questão que se faz ouvir nos céus, conforme Apocalipse 5.
Esta é a pergunta que está também posta para a humanidade.
Ela ecoa em todo o Cosmo e em todas as dimensões.
Sobre a Civilização humana ela paira como obsessão. Toda busca de poder é o resultado dessa vontade de ser aquele que é digno de abrir o Livro da História. Ouça e veja as propostas políticas no mundo inteiro e você ficará convencido de que a oferta é a mesma: “Eu sou mais digno para conduzir a história do que qualquer outro.”
Até a última tentação carregava essa mesma voz, só que explicitamente usada pelo diabo: “Tudo isto te darei se prostrado me adorares”.
O grande Usurpador é aquele que pretende ser digno de abrir o Livro e lhe desatar os setes selos… sim, é quem acha que tem esse poder de governar a história.
Esta é a oferta que o diabo fez e Jesus recusou, preferindo a Cruz. Porém, todo anticristo se deixa por ela seduzir. Até a “igreja”.
Quem é digno de abrir o Livro?
Esta questão paira sobre a terra hoje à noite…no Iraque…em Israel…na Palestina…no Afeganistão…na Índia…na Espanha…no Reino Unido…na América…na Casa Branca…ou Casa Sombra…no Planalto…e em toda casa bela por fora e suja por dentro, onde, porém, os homens pensam que podem abrir o Livro e desatar os seus setes selos.
Hoje, por exemplo, temos os pré-apocalípticos personagens dos tipos mais caricatos, como o Bush, o Bin Laden, o Blair, e todos os outros que fazem a mesma coisa, cada um em sua própria escala e escola.
No fim a questão que paira sobre a humanidade carrega, na tentativa humana de lhe dar uma resposta, a própria destruição da humanidade; visto que é na obsessão pelo poder que cada um declara que é digno de abrir o Livro e desatar os selos da História, conduzindo-a… ao caos.
João, no Apocalipse, diz que ante a constatação de que não havia nem na terra, nem no céu, nem debaixo da terra; sim, ninguém que fosse digno de abrir o Livro e lhe desatar os selos, ele mergulhou em depressão… e chorava muito (Apoc. 5).
“Pare de chorar! Há um que é Digno. Ele é da Raiz de Davi. Ele é o Leão de Judá. Ele é Digno”—João ouviu.
Voltou-se para ver quem era esse.
E viu “um Cordeiro como havia sido morto”.
Viu a Cruz!
Na Cruz Jesus ganhou na História o Seu eterno direito de ser Deus para os homens.
Digno é aquele que é o que é, e em o sendo, o é conforme o que lhe é absolutamente próprio.
O Digno é o herdeiro, é o dono, é o que criou, é o que manteve, é aquele em quem nada é usurpação.
É por esta razão que minha única esperança para a Humanidade é a Soberania de Jesus.
Somente esta visão da História me põe de pé e firme no Caminho… andando e chorando enquanto semeio, sabendo que um dia os meus feixes de Graça serão mais do que poderei sonhar.
Caio
(Escrito em 2003)