A CADELINHA E OS LEÕES

 

 

 

 

  

 

 

A CADELINHA E OS LEÕES

 

 

Esta atual “unção evangélica do Leão” é a coisa mais esquisita. Além de ser algo que vem dos ventos da Disney [com o Rei Leão primeiro sendo o símbolo gay para os evangélicos e depois um símbolo caricato]; e depois na esteira do Aslam do C.S. Lewis que deu pano de fundo cristão ao Leão das telas — a tais coisas ajuntou-se uma onda de divinização da imagem arquetípica do Leão, tendo gente recebendo a “unção e saindo engatinhando e rugindo por corredores e palcos” — pois, entre outras coisas, essa é uma “unção” que gosta de público.

 

Ora, sem necessitar dizer que isso tudo nada tem a ver com o espírito de adoração de Jesus ensinado no Evangelho, devo pelo menos observar que no Apocalipse o Leão que vence só se mostra como Cordeiro (Ap. 5). No reino do Leão quem governa é o Cordeiro.

 

Assim também não somos enviados como leões para o meio de lobos, mas como cordeiros.

 

Mas quem quer ser cordeiro num mundo de lobos? Ora, todo mundo “do bem” quer ser “leão”.

 

O mais simples de tudo é ver mesmo o espírito das coisas.

 

Quem pode lembra de um ser-leão a conseguir qualquer coisa de e com Jesus nos evangelhos?

 

Os “leões” daqueles dias foram os que ergueram a Cruz!

 

No entanto, o que se vê é a vitória da cadelinha.

 

Sim, da siro-cadelinha-fenícia.

 

A cadelinha que ruge o gemido da mãe cadela por sua filhotinha possuída pela força do leão demoníaco.

 

Leões nada levam de Jesus com seus rugidos. Quem rugirá para o Leão de Judá?

 

Porém, os cachorrinhos debaixo da mesa sempre se fartaram do que os sanguinolentos leões de Judá rejeitavam todos os dias.

 

Por que será que ninguém recebe a “unção da cadelinha” siro-fenícia?

 

Sim! Unção de fé, de esperança, de amor; e que se faz acompanhar de disposição de ter todas as migalhas fartas vindas de Jesus como Graça?

 

Há muitas cadelinhas comendo as migalhas da graça e se fartando, enquanto os leões evangélicos ou religiosos vão a mingua entre show e show, sem carregaram na alma a alegria da cadelinha de Tiro e de Sidom ao voltar para casa naquele dia.

 

 

Nele, que farta os filhotinhos,

 

 

Caio

 

29/08/07

Manaus

AM