A GRANDE APOSTASIA: um papo acerca do theologando, em Sampa



—– Original Message —– From: A GRANDE APOSTASIA To: [email protected] Sent: Monday, October 24, 2005 11:26 AM Subject: Valeu participar do theologando Oi Caio. Poxa cara, valeu mesmo participar com você do terceiro theologando, aqui em São Paulo. O que muito me impressionou não foi apenas o que você disse, mas a forma que disse. Você, acostumado a platéias de milhares, falou com um grupo de aproximadamente de talvez 50 (sei lá…), com uma paixão tão intensa que fascina. E o mais legal: você mostrou que é gente. Gente que gosta de gente. Gente apaixonada por Jesus. A simpatia, tanto sua como da Adriana, contrasta totalmente com esse mundo evangélico de grandes e poderosos, onde nas reuniões de Conselho de Pastores a mesa dos líderes tem que ser a mais bonita, e os mais famosos tem tratamento VIP, enquanto os outros são os outros… Todos são filhos de Deus, mas, para “eles”, existem os filhos “prediletos”, que não apertam a mão de qualquer um, que não se misturam… E que deixam bem claro (falam de púlpito) que se quiserem chamá-los, a igreja deve ser grande (sem platéia não tem aplauso) e a oferta deve ser boa (afinal, o trabalhador é digno de sua avareza). Me enojei disso tudo, desde o dia que aqui em São Paulo, quando um Mala carioca ficou aproximadamente 40 minutos atacando você durante a pregação (sem coragem de mencionar seu nome, porém, deixando bem claro que era sobre você). Eu creio que a igreja tem que ser como o Reino de Deus. Gente com gente. Pecador com pecador. Todos debaixo da graça e do amor de Deus, aprendendo uns com os outros, e principalmente amando uns aos outros. Valeu mesmo! Um beijão nos corações de vocês. ____________________________________________ Resposta: Meu querido amigo: Graça e Paz! A paixão não vem do público, mas da mensagem. Quem tem sua motivação no público e em suas quantidades, já perdeu o amor e a paixão do Reino e não sabe. Para Jesus, tanto fazia. E mais que isto: de vez em quando Ele via que as multidões estavam caindo no processo de “idolatrificação e totemização” Dele, Jesus, e, então, criava filtros: um barquinho, os lugares desertos, o outro lado do mar, ou mesmo um país vizinho… e quem quisesse ouvi-lo, teria que ir até lá. O que Ele dizia não tinha a finalidade de agregar gente, mas de formar consciências do Reino. Por isso, Ele chama os “Seus” de pequeno rebanho; pois, afinal, para Ele, os discípulos não eram feitos de seguidores alienados e apenas empolgados com as magias dos milagres, mas sim gente que cresceu no entendimento do Evangelho: de Seu ensino e de Quem Ele era e é. O fato é que a pastorada, em geral, já nem sabe mais quem são ou a quem servem. E, entre esses “líderes”, honestamente, para mim, a maioria não crê em Deus; pois, ninguém que crê que Deus é Deus brinca com o divino de modo tão demoníaco. Na realidade, meu irmão, a História da Igreja mostra como os cristãos, à semelhança de Israel no passado (conforme Paulo em Coríntios e o escritor de Hebreus; e também os Profetas do A. T.), podem passar a servir os demônios, mesmo que falando o nome de Jesus. Os Profetas dizem que o culto era em nome de Deus, mas que era a demônios que serviam! O nome “Jesus” está presente no Islamismo, no Catolicismo, no Protestantismo, no Pentecostalismo, no Neo-pentecostalismo, no Espiritismo, nos cultos afroamerindios, etc…—, mas Jesus não está presente; pois, Seu nome é invocado com os lábios, mas o coração das pessoas, muitas vezes, está completamente longe Dele. No caso que você mencionou, conheço aquela moçada toda, e sei que o que eles gostam mesmo é de poder, fama, grana, e outros cositas mais… Assim, muitas vezes, as lideranças desses “Conselhos” não são nada além de uma confraria de cúmplices, algo como uma Elegante Quadrilha Eclesiástica. E tem mais: como se odeiam e torcem uns contra os outros, apesar da “média” que fazem nesses circos de lideranças narcisistas e insensíveis. Até uma pedra é mais sensível do que a maioria deles. Ora, se são como eram, e se não se arrependeram—e suas obras parecem demonstrar que não houve mudanças—, só posso dizer que praticamente todos eles precisam se converter e conhecer a Jesus, visto que de fato suas obras demonstram que nunca sequer o temeram. É para gente que brinca de Deus, que Jesus diz que dirá: “Nunca vos conheci!” Hoje um rapaz me disse que na “igreja” dele, tem-se que ler um trecho da Bíblia por dia, e, quem não lê, tem que pagar uma multa por textos que deixou de ler. Imagine! Esses são sinais dos tempos. Assim como as catástrofes naturais, fome, peste, guerras, revoluções, um mundo globalizado (Babilônia), etc…, tem também a apostasia da fé, com os homens fazendo as almas de mercadoria, e tendo em seus ventres, sua fome, seu desejo, sua volúpia de poder, fama e outras coisas…— como o “seu Deus”; conforme Paulo diz em Tito e a Timóteo. A ironia é esta: Quando o Filho do Homem voltar, haverá “igrejas” grandes, e o “Cristianismo” será poderoso, governando as superpotências da Terra no Ocidente. Todavia, Jesus pergunta: “Haverá porventura fé na Terra quando o Filho do Homem voltar?” Os cristão parecem esquecer que os anti-cristos saem do nosso meio, conforme o Apóstolo João. Ora, se os pequenos anti-cristos saem do meio de nós, por que o Grande Anti-Cristo terá que ser um não-cristão? Para mim será tão anti-cristo que será cristão, pois, afirmará a Religião (o falso Profeta), tomara conta do poder, e prometerá “paz e segurança”, pondo-se a si mesmo no lugar de Deus, que é algo que o Cristianismo faz todos os dias… e ninguém parece notar! Um dia, se não houver arrependimento, essa moçada vai acordar sob grande juízo! Tem gente que pensa que é má vontade minha o que digo, que as coisas não são assim, que eu fiquei amargurado, etc… No entanto, digo isto desde sempre. Só que agora a coisa tomou contornos de “besta”, de monstro de muitas cabeças e chifres, e o que fazem é abominação diante de Deus. Há, hoje, sobre a Terra, um anjo abrindo poços de abismos; e há forças espirituais sendo “soltas para este dia e hora”; e muitos desses poderes têm na “igreja” seu ninho de perversidade e engano. Assim como João falou dos judaizantes como “Sinagoga de Satanás”, o que era impensável, assim também deve-se saber que as “igrejas de Satanás” não estão apenas na Califórnia, mas espalhadas pelo mundo inteiro, muitas vezes mencionado o nome de Jesus, porém servindo os propósitos do diabo, do ódio, da guerra, do desamor, da lei da impiedade, do orgulho, da síndrome de Lúcifer, e dos poderes deste mundo, sendo “filhos do diabo”, conforme Jesus disse dos “piedosos” judeus em João 8. O mais, irmão, é seguir a Jesus, o que nada tem a ver com seguir a “igreja”. Chegamos a um ponto em que para ser discípulos de Jesus muito terão que sair da Babilônia eclesiástica. Quem achar que estou exagerando, espere. O ano que vem já vai começar a mostrar a muitos que não estou enganado! Receba meu beijo e orações! Nele, para Quem a Presença é Gloriosa ainda que para apenas dois ou três reunidos em Seu nome, Caio