A SABEDORIA DO NÃO-SABER



A SABEDORIA DO NÃO-SABER

 

Meditar em Tiago 3

 

Quem conhece a sua ignorância mostra que discerniu a mais alta sabedoria.

 

Quem não enxerga a própria ignorância existe sempre nas profundezas das auto-fantasias.

 

Aquele, porém, que conhece a ilusão como ilusão não é engolido pela fantasia que pensa ser realidade.

 

Aquele que reconhece a sua ignorância se torna sábio.

 

Aquele que se torna sábio cresce na consciência do não-saber, e isto o guarda de toda a ilusão.

 

 

Que adianta acabar com grandes ódios, quando ficam amarguras?

 

Há remédio para isto?

 

Queres saber a resposta?

 

É muito simples: Faz a tua parte de todo o teu coração, e vive esquecido de teus direitos.

 

Quem se deixa conduzir pela consciência límpida, esse vai perdendo a noção de direito, e, assim, em sua alma cresce a paz, e dele emana justiça e bondade.

 

Deus não tem preferidos entre os homens, mas não há dúvida de que no olhar dos simples se vê o Seu amor.

 

Há algum sábio entre nós?

 

Se há, que o mostre mediante espírito de moderação, bondade, misericórdia, e justiça. E que esse ande certo de não levar na alma nenhuma inveja amargurada e espírito faccioso, pois, sobre tais fundamentos existenciais, somente cresce a sabedoria temporal, animal e demoníaca.

 

A sabedoria que vem do alto é pura, indulgente, misericordiosa, pacifica, tratável, amiga, justa, imparcial, e não fingida.

 

O verdadeiro sábio não leva amargura, inveja, e espírito de divisão em sua alma. Mas a sábio da morte chama a sua malandragem de inteligência, a sua astúcia de conhecimento, e suas maquinações de precaução.

 

Na casa do sábio da morte há toda sorte de divisão e de coisas ruins. E sua alma é morada da morte.

 

Pense nisto!

 

 

Caio