AMO GOMER E NÃO SOU OSÉIAS!
Meu filho querido: Graça e Paz!
O resumo de sua carta é o seguinte:
Você e sua esposa estão casados há quase 25 anos. Tiveram filhos. Os meninos já cresceram. Nesse meio tempo, ela teve um caso com um pastor conquistador de mulheres (você perdoou); teve um dos filhos com um dos outros amantes que teve; você perdoou e assumiu o filho que você mesmo criou (embora a notícia de sua não-paternidade seja recente); e agora pede separação por dizer que além de estar apaixonada hoje por um rapaz, ainda diz que nunca amou você como homem, mas apenas como amigo.
Ora, nesse meio tempo, também muito em razão de raiva, mágoa e ressentimentos, você a traiu de modo apequenado em relação aos hábitos dela nessa área, e confessou. Depois, outra vez se envolve com uma moça dentro da igreja; e ela dá apoio a você, mas apenas para pagar contas passadas e abrir portas para o novo status dela: mulher amante já de um outro homem e desejosa de separação. Aliás, separou-se de você, só não indo morar com o amante em razão de que o pastor do “atual amor” dela aconselhou o homem a não prosseguir, em razão de que você poderia perder a cabeça e matá-lo. Desse modo ela volta com o rabo entre as pernas e vem contar a você. E assim vai…
Leia seu próprio histórico conjugal e me diga:
Você é Oséias, o profeta corno, e que recebeu de Deus a missão de viver essas coisas por amor a Ele, e como uma mensagem da fidelidade de Deus ante Seu-povo-esposa adúltera?
Você deseja continuar sendo esse marido que é tratado como um merdarido?
Você quer continuar casado com ela a fim de ter pelos erros dela crédito para os seus?
Você deseja trocar a dignidade de um término pacifico pelo caos de um término cheio de muito mais ódio e ressentimento?
Você acha que seja possível viver em tais termos e sem genuíno arrependimento para vida por parte de vocês dois?
Você pretende ficar para ver até onde vocês dois podem retro-alimentar a doença um do outro?
Você consegue perceber o quão dependente dela você já está, ao ponto de topar praticamente qualquer coisa?
Ora, ela quer separar-se. Hoje está meio-lá-meio-cá apenas porque o atual amante foi aconselhado pelo pastor a não assumi-la em razão de um possível ato de violência de sua parte. Você crê que isso cura alguém do que a sua esposa sofre como mal?
Assim, meu mano, digo a você o seguinte:
- Deixe-a ir. Não force mais nada. Confie. Entregue. E deixe!…
- Cuide de seus filhos com dignidade. E não fale mal de sua esposa para os seus filhos.
- Não prolongue mais essa dor muda. Livre-se dela, pois, de fato, a presença crônica da dor adoece a alma e o corpo.
Este é o único caminho que consigo ver. As alternativas são morte.
Espero que o que lhe disse o ajude a decidir-se em paz!
Procure um grupo do Caminho da Graça em sua cidade. E, quando puder, dê uma passada aqui comigo para eu conhecer você, já que você tem acesso à Brasília com facilidade.
Receba meu carinho e orações.
Nele, que nos chama à paz e à dignidade da Graça,
Caio
22/02/08
Lago Norte
Brasília
DF