Conheci o Rev. Antônio Elias na infância, aos 12 anos.
Minha mãe o ouviu pregar no Amazonas e gostou muito.
Em 1964 fomos ouvi-lo na Igreja Presbiteriana de Copacabana.
Soubemos que ele estava começando uma nova igreja em Niterói.
Um ano depois mudamos para Niterói e passamos a freqüentar a igreja que ele pastoreava—Igreja Presbiteriana Betânia, onde cresci e onde fui pastor por quatro anos (81-84).
Sua maior influencia sobre mim veio das seguintes observações que fiz enquanto crescia:
1. Era possível ser pastor e ser educado pregando.
2. Era possível ser pastor e pregar com afetividade, doçura e emoção.
3. Era possível pregar com emoção sem emocionalismo.
4. Era possível ser de esquerda e não trair o Evangelho.
5. Era possível ser de esquerda e não ficar chato e nem falando no assunto.
6. Era possível ser carismático e cheio de fé em milagres, sem ser milagreiro.
7. Era possível ser um bom amigo e pastor para a própria família, e não ter todos os seus filhos gostando de igreja ou obrigados a isso.
8. Era possível ser evangelista e não ser burro.
9. Era possível ser bem-humorado e engraçado antes, durante e depois da reunião de oração.
10. Era possível crer nos dons espirituais e não brigar por causa disso e nem fazer do assunto uma bandeira.
Foram estas, entre tantas outras coisas, que vi no Rev. Antônio Elias.
Isto para não dizer que durante muitos anos eu o chamei de “pai” e D. Maria José de “mãe”.
Meus melhores amigos sempre estiveram em sua família ou na vizinhança dela.
Morei na casa dele em ocasiões diferentes.
Conheço todos os cheiros e singelezas de sua casa, de sua vida e de sua família.
Sempre me deu muita força.
Ele também foi a primeira pessoa que me disse que eu tinha um dom especial e que ele via muita unção de Deus sobre mim—apesar de minha vidinha gandaiada.
Eu tinha apenas 13 anos quando ele me falou isto.
Nunca esqueci.
Jamais esquecerei.
Grato para sempre,
Caio