—– Original Message —–
From: AOS IDOS QUE VÃO E NÃO SAEM DO CAMINHO!
To: Caio Fábio
Sent: Wednesday, April 26, 2006 11:27 AM
Subject: Adoração nossa!
Beijão Caio,
Você é culpado em Cristo disto:
AO QUE SANTIFICA A MINHA EXISTÊNCIA
Deus que santifica a minha existência.
Como não te amar???
Que sou sem Ti???
Ser é a benção, a benção é ser.
É assim que meu ser que deseja ser clama por Ti.
Há Tal sensibilidade em mim.
Um crescente anseio por Ti.
Um desejo de ter-Te mais, num misto de paz e pressa.
Pressa de Ti.
Eis minha agonia.
Santa agonia.
Saudades de Ti meu Deus.
Meu primeiro Amor.
Ensinaste-me o amor desde sentir-Te a primeira vez.
Minha paz absoluta, minha absoluta paz.
Encontro Único de mim mesmo.
Tú és meu momento.
Minha pacificação.
Por isso anseio por Ti.
Quando se plenitudirá esta glória em mim???
Afirmo: Tens-me conduzido sabiamente em amor para Ti.
Sim, porque…
Conheces minhas ambiguidades e ambivalências.
Sabes meu estado contraditório: com minha mente te bendigo e com minha carne te nego.
Mas a histórica revelação do Teu amor na cruz.
Também por mim, porque cri.
Gerou-me entranha de fogo abrasadoramente inextinguível.
Ah! o fogo do Amor.
Inapagável Amor.
Pois quem poderia apagá-lo?
Se tentasse seria de todo consumido, pois é inextinguível.
Ele mesmo, conduz-me a dissolver a negação de Ti em mim ainda presente.
Sim, cri neste ato do Teu amor.
Amor que me tem lembrado de Ti, meu Amado Senhor.
Assim desejo, ainda que sob contradições existencialmente minhas, andar após Ti.
Apaixonado por Tuas paixões.
Domesticado por Tuas razões.
Pacificado por Tuas manifestações.
Quanto mais vivo, mais sei que És verdadeiro Amor.
Oh! Deus que santifica a minha existência.
IDO (26/04/2006)
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Ido, amigo: Graça e Paz!
Você é o Ido mais Chegado que pode haver!
Você e “os do Caminho” são os responsáveis os culpados por isto:
Deus de minha vida,
Que vida pode haver sem ti?
Tu me falaste e fiquei mudo de argumentos e cheio de Boas Novas!
Tu me seduziste com a Beleza de tua santidade, e seduzido fiquei. Para onde mais irei?
Teus braços me prenderam em cordas de amor, as quais nenhum Sansão pode quebrar!
Teus olhos me cegaram para que eu pudesse na tua luz ver a luz!
A mansão que constróis em mim é de inigualável beleza. Fizeste teu Santo dos Santos neste meu coração sem santidade.
Como podes viver tão bem com um homem como eu?
Eu mesmo não me atrevo ir até o fundo de meu lugar mais abismal. Tu porém te assentas em conforto em meu ser, pois, para ti as trevas e a luz são a mesma coisa.
Não tenho outra vida que não a única que me é possível: em ti.
Acabaste com todas as minhas alternativas, me aposentaste para qualquer outra fascinação, e me fixaste no Caminho que não é fixo.
Assim, apenas fixamente te sigo aonde não sei nem ir e nem chegar, pois, em ti, sou apenas ido.
Sem que vás comigo, não há aonde ir. Não quero teus anjos, nem teus arcanjos, nem teus querubins, nem teus serafins, nem tampouco os tronos e poderes celestiais… se tu não fores a Presença no meu caminho.
Todos os meus amores e amados se tornaram coadjuvantes de nosso amor: o teu por mim, e o meu pobre amor por ti.
E ainda me serves banquestes na presença de amigos, enquanto apenas me deixas tomar de teu vinho entre adversários que já não causam adversidade, pois tu me amparas.
Quantas vezes minha torcida antes fomegante apagou-se…
Quantas vezes eu-cana-quebrada me parti…
Quantas vezes as vozes de acusão contra mim bradaram na praça…
Quantas perdas para mim mesmo…
Tu, porém, fazes a chama arder sempre outra vez em meu peito, me fazes ereto todas as vezes que acho que as fraturas já não são emendáveis, e calas as vozes de todas as acusações pelo olhar silencioso de teu amor por mim.
E não apenas me fazes te seguir, mas ainda me dás bons e afáveis companheiros!
Assim, quando me penso ido… vejo que estou apenas chegando onde não sabia ir!
Já não hajo, pois a cada dia sou mais e mais agido em ti.
Que mais posso eu querer?
Resta-me beber o cálice da salvação todos os dias, não para ser salvo, mas para saborear o gosto do vinho do Cordeiro Eterno!
Obrigado por todos aqueles que sem nenhum obrigação me amam e ouvem.
Sim, grato sou pelo mistério que deste ao meu ser, pois, mesmo quando não desejo, acabo querendo; e mesmo quando quero, muitas vezes acabo não desejando.
Sobretudo, agradeço pelas fraquezas e impotencias… Aí sou mais forte nas debilidades e muito mais rico na pobreza!
O que te peço é que me ajudes a ser irmão de todos os teus filhos, e amigos de todos os Abraões com quem fazes amizade nos desertos das solidões dos corações!
Em ti toda dor se torna colchão feitos das penas do Altíssimo. Assim, nem mais a dor dói, pois já sei que ela carrega sempre uma consloção que em muito a transcende!
Quando grito, me escutas. E quando faço silêncio, mais ainda me dás atenção!
Quem há que seja como tu?
Tu és minha herança, minha riqueza, e minha mais luxuosa pobreza.
E ainda me falas na contra-dição…
Assim, até no que não me parece ser, eis que apareces sendo; enquanto eu apenas me perplexifico ante essa linguagem que mesmo quando nega, afirma; e mesmo quando adverte, verte amor; e mesmo quando disciplina, discipula; e mesmo quando abate, o faz apenas para me erguer mais forte!
Ido… sou! Idos somos!
Ido, indo… conforme ensinaste!
Vou, ainda que sempre voltando; e ainda que sempre ficando, estou sempre indo; pois sempre me levas sem me tirar; e sempre me envias sem que eu vá…
Pois que movimento há que não seja em ti?
Portanto, Ido: você e todos “os do Caminho” são esse movimento fraterno que me mexe e me contém, que me faz caminhar sem me desalojar, que me faz crescer sem ter que sobressair; pois, junto a vocês, sou quem sou, e a reverencia que recebo é apenas fruto do amor que serve aos outros o que deseja receber!
Amo a todos vocês!
Nele, que é Quem é, para que possamos ser quem somos,
Caio