APOCALÍPSE: duas entrevistas e minha opinião

 

 

 

 

 

 

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From: APOCALÍPSE: duas entrevistas e minha opinião

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Sent: Friday, March 09, 2007 7:25 PM

Subject: O apocalipse já começou – muito interessante ::

 

 

Amigo Caio,

 

Leio quase que diariamente seu site e noto a tua preocupação com os últimos acontecimentos em nosso planeta. Estou enviando uma entrevista que saiu nas páginas amarelas da Revista Veja, com um dos maiores cientistas da atualidade, autor do livro “A Hipótese Gaia”. A entrevista é extremamente apocalíptica e surpreendente, haja visto de quem o diz é um cientista e não um teólogo.

 

Jerry

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Querido Jerry: Graça e Paz!

 

Li a entrevista quando “Veja” a publicou.

 

A postarei no site. Depois dela farei alguns comentários.

 

Muito obrigado!

 

Caio

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A Vingança de Gaia – Entrevista com James Lovelock 

 

Revista Veja de 25/10/2006 – ed. 1979


O cientista inglês que considera a Terra um organismo vivo diz que só a energia nuclear pode adiar o desastre. O aquecimento global já passou do ponto sem volta. A situação se tornará insuportável lá por 2040. O inglês James Lovelock é um cientista com contribuições a áreas tão distintas do conhecimento que é difícil classificá-lo em uma única especialidade. É também um dos mais controvertidos. Sucesso entre os ambientalistas, sua criação mais conhecida, a Hipótese Gaia, é criticada pelos cientistas.

Segundo essa teoria, que Lovelock desenvolveu quando trabalhava para a Nasa,nos anos 60, a Terra é um organismo dotado da capacidade de se manter saudável e tem compromisso com todas as formas de vida – e não necessariamente com apenas uma delas, o homem. Lovelock é o inventor do aparelho que permitiu detectar o acúmulo do pesticida DDT nos seres vivos, razão pela qual se interrompeu o uso da substância. O aparelho também ajudou a identificar o CFC, gás utilizado em aerosóis, como o responsável pela destruição da camada de ozônio, o que levou a sua proibição. Lovelock acredita que o equilíbrio natural foi rompido pelo aquecimento global, tese desenvolvida no livro A Vingança de Gaia, publicado neste ano em seu país. O cientista concedeu esta entrevista a VEJA de sua casa em Devon, na Inglaterra, onde, aos 87 anos, faz pesquisas em um laboratório particular.



Veja – Quando o aquecimento global chegará a um ponto sem volta?

Lovelock – Já passamos desse ponto há muito tempo. Os efeitos visíveis da mudança climática, no entanto, só agora estão aparecendo para a maioria das pessoas. Pelas minhas estimativas, a situação se tornará insuportável antes mesmo da metade do século, lá pelo ano 2040.



Veja – O que o faz pensar que já não há mais volta?

Lovelock – Por modelos matemáticos, descobre-se que o clima está a ponto de fazer um salto abrupto para um novo estágio de aquecimento. Mudanças geológicas normalmente levam milhares de anos para acontecer. As transformações atuais estão ocorrendo em intervalos de poucos anos. É um erro acreditar que podemos evitar o fenômeno apenas reduzindo a queima de combustíveis fósseis. O maior vilão do aquecimento é o uso de uma grande porção do planeta para produzir comida. As áreas de cultivo e de criação de gado ocupam o lugar da cobertura florestal que antes tinha a tarefa de regular o clima, mantendo a Terra em uma temperatura confortável. Essa substituição serviu para alimentar o crescimento populacional. Se houvesse 1 bilhão de pessoas no mundo, e não 6 bilhões, como temos hoje, a situação seria outra. Agora não há mais volta.


Veja – Um estudo recente concluiu que a temperatura média da Terra vai aumentar 2 graus até o fim do século. O senhor concorda?

Lovelock – Os cientistas que fazem essas previsões baixas estudam a atmosfera como se ela fosse algo inerte. É um cálculo estanque, baseado na crença de que o aquecimento é diretamente proporcional à quantidade de gás carbônico jogada na atmosfera. A realidade é bem mais complexa. Todos os seres vivos do planeta reagem às mudanças que provocamos e as amplificam. Há previsões mais confiáveis de um aumento de até 6 graus até o fim do século. Essa vai ser a média global. Em algumas regiões, o aumento de temperatura será ainda maior.


Veja – O senhor vê o aquecimento global como a comprovação de que sua teoria está certa?

Lovelock – O aquecimento global pode ser analisado com base na Hipótese Gaia, e, por isso, muitos cientistas agora estão se vendo obrigados a aceitar minha teoria. Ela diz que todos os organismos, agindo em conjunto,formam um sistema ativo cujo objetivo é manter a Terra habitável. Nos oceanos, algumas algas utilizam o carbono do ar no seu crescimento e liberam outros gases que formam nuvens sobre a atmosfera. As nuvens ajudam a defletir os raios solares. Sem elas, a Terra seria um lugar muito mais quente e seco. Essas algas estão morrendo com o aumento da temperatura dos oceanos. Esse é apenas um exemplo de como a capacidade auto-reguladora do sistema Gaia está sendo rompida.


Veja – O aquecimento global vai levar a uma nova fase da seleção natural da espécie humana?

Lovelock – Sim. Pela Hipótese Gaia, qualquer organismo que afeta o ambiente de maneira negativa acabará por ser eliminado. Como o aquecimento global foi provocado pelo homem, está claro que corremos o risco de ser extintos. Até o fim do século, é provável que cerca de 80% da população humana desapareça. Os 20% restantes vão viver no Ártico e em alguns poucos oásis em outros continentes, onde as temperaturas forem mais baixas e houver um pouco de chuva. Na América Latina, por exemplo, esses refúgios vão se concentrar na Cordilheira dos Andes e em outros lugares altos. O Canadá, a Sibéria, o Japão, a Noruega e a Suécia provavelmente continuarão habitáveis. A maioria das regiões tropicais, incluindo praticamente todo o território brasileiro, será demasiadamente quente e seca para ser habitada. O mesmo ocorrerá na maior parte dos Estados Unidos, da China, da Austrália e da Europa. Não será um mundo agradável. As condições de sobrevivência no futuro serão muito difíceis. Essa é a vingança de Gaia, uma expressão que uso apenas como metáfora, não como argumento científico.


Veja – O que vai acontecer com quem permanecer nesses lugares?

Lovelock – A maioria vai morrer de fome. Não é só uma questão de aumento de temperatura. Com a mudança climática, será impossível cultivar alimentos ou criar animais de abate, porque simplesmente não haverá chuva ou água para a irrigação. O Rio Ganges, na Índia, por exemplo, está tendo seu volume reduzido e logo irá desaparecer. Quem conseguir migrar para os poucos oásis que sobrarem ou para as regiões mais frias ao norte do globo viverá em condições semelhantes às de muitos africanos hoje: haverá escassez de comida e pouca água. As guerras do futuro serão uma conseqüência do aquecimento global. Quando a China se tornar inabitável, seus moradores não vão simplesmente sentar e esperar a morte. Eles vão migrar para a Rússia. Há espaço para essas pessoas na Sibéria, mas duvido que essa migração aconteça pacificamente.


Veja – Será possível se recuperar dessa situação?

Lovelock – A Terra vai se recuperar. Há 55 milhões de anos ocorreu um evento muito parecido com o que está acontecendo agora. Naquele tempo, houve uma emissão acidental de uma quantidade de dióxido de carbono equivalente à que está sendo produzida hoje pela ação humana. A temperatura da Terra elevou-se em 8 graus nas regiões temperadas e em 5 graus nos trópicos. Os seres vivos migraram para as regiões polares e ficaram centenas de milhares de anos por lá. Quando a temperatura global voltou a cair, eles migraram de volta. O sistema Gaia, portanto, não está ameaçado, mas vai levar 200 000 anos para voltar a ser como é. Para nós, humanos, isso é muito tempo.


Veja – Muitos cientistas estão preocupados com a diminuição da
biodiversidade. O senhor também está?

Lovelock – Não. A perda de biodiversidade é apenas um sintoma das mudanças climáticas. Os biólogos se preocupam com isso porque eles adoram colecionar espécies. Na verdade, os ecossistemas mais saudáveis são aqueles com pouca biodiversidade. Muito mais grave é o risco de quase extinção enfrentado pela humanidade.


Veja – Não há nada que se possa fazer?

Lovelock – A única opção é substituir as fontes de energia mais comuns por usinas nucleares, mais limpas do que hidrelétricas ou termoelétricas. O gás carbônico vai nos matar se não fizermos nada a respeito. As pessoas têm medo do lixo atômico, mas isso é um mito. A quantidade de resíduos produzida pelas usinas nucleares é irrisória e não causa grandes problemas ambientais. A energia nuclear, no entanto, não é uma solução, e sim uma medida para ganharmos tempo. A roda do aquecimento global já está em movimento, e não há como freá-la.


Veja – É mais fácil se livrar de lixo atômico do que de gás carbônico?

Lovelock – Infinitamente mais. Cem gramas de urânio equivalem a 200 toneladas de carvão, em termos de energia gerada. Com 100 gramas de urânio não se produzem mais do que 100 gramas de lixo atômico, enquanto a poluição emitida pela queima de 200 toneladas de carvão é de 600 toneladas de dióxido de carbono. Entre 100 gramas e 600 toneladas de resíduos, é óbvio que o carbono é um problema maior.


Veja – E quanto aos riscos de acidentes nucleares, como o da usina de Chernobyl, em 1986?

Lovelock – Chernobyl é uma grande mentira. A ONU enviou três equipes de cientistas a Chernobyl para ver quantas pessoas realmente morreram em conseqüência do acidente. A resposta é 56 mortos, no máximo. Foi o tipo de acidente nuclear que apenas podia acontecer naqueles velhos tempos da União Soviética, em que as usinas eram administradas de maneira irresponsável. As estatísticas das usinas nucleares ao redor do mundo são impressionantes. Elas produzem energia com uma segurança maior do que qualquer outra indústria energética. O perigo de acidentes não é nada comparado aos efeitos do aquecimento global. As pessoas estão perdendo o contato com o mundo natural e por isso há saudosismo, um desejo inconsciente de volta à natureza. A ciência e a tecnologia passaram a ser rejeitadas e classificadas como ruins para o ambiente. É o que acontece com as plantas geneticamente modificadas e com a energia atômica. Vivemos em uma sociedade hipocondríaca.


Veja – No Brasil, a maioria dos carros novos funciona com álcool combustível. O biocombustível é uma boa forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa?

Lovelock – Essa provavelmente é das coisas menos sábias a fazer. Para produzir a cana-de-açúcar para o biocombustível, é preciso ocupar o espaço dedicado à produção de alimentos ou derrubar florestas, que ajudam a regular o clima. Isso é contraprodutivo. É mais inteligente usar a energia nuclear para produzir hidrogênio como combustível para os carros. Alguns anos atrás, muitos cientistas achavam que o biocombustível era o caminho certo a seguir. Agora que sabemos quão sério é o problema do aquecimento global, percebemos que essa não é a melhor solução. Nós, cientistas,devemos pedir desculpas ao povo brasileiro.


Veja – Qual sua opinião sobre o conceito de desenvolvimento sustentado, pelo qual se explora o ambiente sem lhe provocar danos?

Lovelock – Acho uma idéia adorável. Se a tivéssemos aplicado 200 anos atrás, quando havia apenas 1 bilhão de pessoas no mundo, talvez não estivéssemos na situação em que estamos hoje. Agora é tarde demais. Não há mais espaço para nenhum tipo de desenvolvimento. A humanidade tem de regredir. Em algumas décadas, quem conseguir se mudar para regiões melhores, com temperaturas mais amenas, terá uma chance de sobreviver.


Veja – Qual sua opinião sobre a proposta de colocar um escudo solar em órbita, para devolver ao espaço os raios de sol?

Lovelock – Não é uma má idéia. Esse escudo ficaria entre o Sol e a Terra e poderia desviar 3% dos raios solares e, dessa forma, reduzir o calor na atmosfera. Trata-se de uma medida relativamente rápida de ser implementada e custaria menos que a Estação Espacial Internacional. O escudo solar poderia nos dar um pouco mais de tempo, mas não seria a cura para o problema do aquecimento global.


Veja – A destruição da Amazônia é a maior vilã do aquecimento global?

Lovelock – Não. O sudeste da Ásia está sofrendo uma destruição comparável à da Amazônia. A Indonésia tem provocado tanto dano às florestas quanto o Brasil. Uma medição feita no passado mostrou que as queimadas indonésias liberaram 40% de todo o gás carbônico produzido no mundo em um ano. Os brasileiros não devem se sentir os únicos culpados pelo desastre que estamos prestes a vivenciar. Temos todos uma parcela igual de culpa.


Veja – Por que a ciência levou tanto tempo para perceber a gravidade da mudança climática?

Lovelock – A comunidade científica estava muito engajada em um outro problema: a destruição da camada de ozônio. Era uma questão fácil de resolver, porque os produtos industriais que estavam provocando o buraco na camada podiam ser substituídos por outros, inofensivos. Só em 2001, em uma convenção em Amsterdã, na Holanda, os pesquisadores concordaram que o aquecimento é um fenômeno global. Naquele ano, eles finalmente aceitaram a tese de que a Terra é um sistema que se auto-regula, indiretamente concordando com a minha Hipótese Gaia.


Veja – Alguns cientistas dizem que suas opiniões são apocalípticas e por isso não podem ser levadas a sério. O que o senhor diz a eles?

Lovelock – Não há nenhum dado no meu livro diferente daqueles contidos no relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da ONU. A diferença é que eu apresentei os fatos de uma forma compreensível para os leigos. Os cientistas estudam o aquecimento global de maneira fragmentada e acabam tendo dificuldade de desenvolver uma visão geral do fenômeno.

 

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Jerry querido,

 

 

Em contra posição ao que ele diz há a palavra dos “cientistas céticos” — aqueles do tipo que só fecham a porta depois que o ladrão saiu.

 

Veja agora essa outra matéria:

 

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Atmosfera quente – por Thomas Sowell em 01 de março de 2007

Resumo: Há uma pressão tremenda para convencer o público que “todo mundo sabe” que um catastrófico aquecimento global nos espreita, que os seres humanos são a sua causa e que a única solução é dar mais dinheiro e poder ao governo a fim de ele nos proteger de nossos perigosos modos de vida.

© 2007 MidiaSemMascara.org

 

O argumento favorito da esquerda é o de que não há argumento. A sua cruzada atual é a de tornar o “aquecimento global” uma daquelas coisas de que ninguém honesto e decente pode discordar, como eles já fizeram com a “diversidade” e com o conceito de “open space” (1)

 

O nome da “ciência” é invocado pela esquerda hoje, como tem sido feito por mais de dois séculos. Afinal, a ideologia de Karl Marx foi chamada de “socialismo científico” no século XIX. No século XVIII, Condorcet chamava de engenharia o seu plano para uma sociedade melhor e a engenharia social tem sido a agenda desde então.

 

Nem todos os que advogam o “aquecimento global” são esquerdistas, claro. Cruzadas não são só para cruzados.

Há sempre os companheiros de viagem que podem transformar os crentes verdadeiros em votos ou dinheiro, ou então, pelo menos, notoriedade.

 

Se o planeta está realmente se aquecendo é uma questão sobre fatos – e sobre onde estes fatos são medidos: na terra, no ar ou no fundo do mar. Não há dúvida de que há um efeito estufa. Não fosse isso, metade do planeta congelaria toda noite quando não houvesse a luz do sol nela incidindo.

Não há também dúvida de que nosso planeta possa aquecer ou esfriar. Um ou outro efeito tem acontecido por milhares de anos, mesmo antes das SUV’s [veículo utilitário esportivo]. Se não tivesse havido aquecimento global antes, não seríamos capazes, hoje, de desfrutar do Vale Yosemite, pois ele já foi coberto por milhares de metros de gelo.

 

Nos anos 1970, a histeria ambientalista era sobre os perigos de uma nova era glacial. Essa histeria foi difundida por muitos dos indivíduos ou grupos que, hoje, promovem a histeria sobre o aquecimento global.

Não é somente o céu que está caindo.

 

Dinheiro do governo está caindo sobre aqueles que procuram financiamento para estudos que produzam “soluções” para o aquecimento global. Mas esse dinheiro dificilmente cairia sobre aqueles, na comunidade científica, que são céticos e que se recusam a se juntar ao alarido.

 

Sim, nobres senhores, há céticos sobre o aquecimento global dentre os cientistas que estudam o clima. Há argumentos de ambos os lados – razão pela qual tantos na política e na mídia estão tão ocupados vendendo a noção de que não há argumentos.

 

Ouvindo ambos os argumentos, você poderá não ficar tão desejoso de acompanhar aqueles que estão preparados para arruinar a economia, sacrificando postos de trabalho e o padrão de vida nacional no altar da mais recente de uma série infindável de cruzadas, conduzidas por políticos e outras pessoas ansiosas para dizer como todo mundo deve viver.

 

O que dizer de todos aqueles cientistas mencionados, referidos ou citados pelos cruzados globalistas?

 

Há todo tipo de cientistas, de químicos a físicos nucleares e a pessoas que estudam insetos, vulcões e glândulas endócrinas – nenhum dos quais é especialista em clima, mas todos podem ser listados como cientistas para impressionar as pessoas que não analisam a lista mais profundamente. Esse truque é velho.

Há, contudo, especialistas genuínos em meteorologia e clima. A Academia Nacional de Ciências apresentou um relatório sobre o aquecimento global em 2001 que contém uma lista de muitos dos mais eminentes especialistas. O problema é que nenhum deles realmente escreveu o relatório – ou mesmo o leu antes dele ser publicado.

Um desses eminentes climatologistas – Richard S. Lindzen do MIT – repudiou publicamente as conclusões do relatório, apesar de seu nome constar de ornamento ao documento. Mas a mídia pode não ter lhe informado disso.

 

Em resumo, tem havido uma pressão tremenda para convencer o público que “todo mundo sabe” que um catastrófico aquecimento global nos espreita, que os seres humanos são a sua causa e que a única solução é dar mais dinheiro e poder ao governo a fim de ele nos proteger de nossos perigosos modos de vida.

 

Dentre os especialistas em clima que não são parte desse “todo mundo” não há apenas o Professor Lindzen mas também Fred Singer e Dennis Avery, cujo livro “Unstoppable Global Warming: Every 1500 Years” [Inevitável Aquecimento Global: A Cada 1500 anos], fura o balão de ar quente dos cruzados do aquecimento global. É o que faz também o livro “Shattered Consencus” [Consenso Destruído], editado por Patrick J. Micheals, professor de ciências ambientais da Universidade de Virgínia, que contém ensaios de outros que não são parte do “todo mundo”.

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Continuação:

 

 

Em minha opinião, querido Jerry, ambas as perspectivas têm seus exageros. A 1ª tem a ver com a Terra como sendo, em si, um organismo vivo, como se ela própria fosse a vida. Entretanto, este é apenas um pequeno equivoco de natureza cientifico – religiosa de James Lovelock. Sim! Porque em tal perspectiva existe um “quê” de religiosidade panteísta-moderno-ocidental. Todavia, quanto ao mais, no que tange à ciência, eu creio que Lovelock está certo; e, caso não haja mudanças súbitas, o mundo saberá de tal realidade quando já não houver retorno.

Quando digo que a Terra não tem em-si mesma a vida, afirmo, entretanto, que ela carrega o potencial da vida. A Terra é filha da Natureza, a qual é maior do que ela mesma. Assim, minha afirmação é feita sobretudo no espírito do Evangelho, quando Jesus disse “a terra por si mesma frutifica”, conforme o texto grego do N.T. (“a terra é automaté”); no sentido de que ela é o útero da vida biológica como a conhecemos, sendo que a “semente” vem do material da terra, mas não é a terra em-si que o fornece em totalidade.

No entanto, Thomas Sowell é o típico representante do desespero da implicação de tal constatação do ponto de vista político-ideológico. Sim! Porque o medo de Sowell é a implicação de que em um mundo em tal estado de Apocalipcidade, conforme tenho dito aqui no site, somente um “Ditador Mundial” (ou uma “Ditadura Mundial”) poderá ter a agilidade para conter esse avanço esmagador das catástrofes criadas pelo próprio homem.

 

Ora, o fato de Lovelock está certo quanto a sua analise do que nos sobrevirá se nada for feito LOGO, não invalida o argumento de que por tal URGÊNCIA se esteja pavimentando o caminho do “Grande Ditador” — conforme escrevi meses atrás aqui no site.

 

Ou seja:

 

Cientificamente Lovelock está certo; e, politicamente, Sowel está correto.

 

O problema de Sowel, todavia, é negar que o que Lovelock diz, e isto sob o argumento “ideológico” de que se trata de algo político; pois, é assim politicamente, mas não é por causa disso que deixa de ser verdadeiro do ponto de vista cientifico.

 

É verdade que a calamidade abrirá a porta política para a “Ditadura Global”. Mas nem por causa disso se pode negar os fatos científicos em questão.

 

O fato é simples:

 

É assim que está acontecendo, e, por tal razão a tal Ditadura Global se fará presente!

 

Portanto, o que tenho a dizer é que Jesus mais uma vez uniu os paradoxos, mostrando que seria assim; pois, Ele disse que o “Abominável da Desolação” se assentaria no “Lugar Santo” — no lugar de Deus.

 

A simples realidade é que se os humanos não conseguem parar de andar na direção da morte mesmo sob clara indicação de que é para ela que estão andando, como, então, se estancará tal fluxo global pela via das demoradas escolhas democráticas?

 

Encontros democráticos não têm mais o tempo necessário para parar o processo!

 

E por que digo isto? Porque quero o “Grande Ditador”? Por que não creio em Democracia?

 

Deus sabe que eu creio que num mundo caído e numa humanidade perversamente egoísta, a democracia, embora lenta, é a melhor forma de governo. Todavia, diante de uma Catástrofe, sendo realista, sei que o voto não mobiliza nações antagônicas que nem à beira do abismo abrem mão de suas xenofobias e interesses de mosquito, a fim de pensarem com categorias de amor universal.

 

Assim, odiando o “Grande Ditador” e mesmo crendo na Democracia, sei que num tempo apocalíptico quem terá o poder de determinar os meios globais de arrefecimento da crise genocida será um poder central, conforme a Bíblia; e, mais especificamente, conforme as predições do Apocalipse de João.

 

Ora, segundo o Novo Testamento será essa Grande Impotência Humana o que dará ao “Grande Ditador” o seu poder semi-divino de Besta, de Promotor da Salvação da Humanidade; e, pelo qual, ele se tornará o pseudo-salvador dos homens, implantando a ufania que dirá “Paz e Segurança” como glória aos seus feitos supostamente “redentores”.

 

Eu creio na Democracia. Mas não creio que o tempo lento da Democracia seja suficiente para a Urgência desta hora catastrófica, e, por tal razão, também creio que as elites do mundo já se preparam para o “Grande Golpe”.

 

Na realidade o que penso é que Lovelock está temeroso de ser mais “apocalíptico” do que a “comunidade cientifica” pode aceitar; pois, de fato, não tenho certeza de que os prazos por ele dados serão de fato cumpridos pela Natureza.

 

Tudo na Natureza é sistêmico. Assim, quando as últimas colunas do sistema balançarem tudo virá abaixo como o Templo de Dagom nos dias de Sansão.

 

Afinal, sobre aquele dia e hora, Jesus disse: “E os poderes dos céus serão abalados”.

 

Ou seja: a casa cairá de uma vez; assim, de súbito!

 

O paradoxo existencial deste tempo é que os homens têm de escolher se ficarão sob os medos e pânicos reais acerca do que sobrevirá ao mundo, ou se haverão de se entregar à fé que faz (justamente tanto mais quanto os tempos sejam maus) levantar a cabeça, sabendo que a nossa redenção se aproxima.

 

Enquanto isto, cada um de nós, como puder, deverá crer no Evangelho para si mesmo, a fim de ter pacificação e esperança. Além disso, deve-se anunciar a Palavra de Jesus, o Evangelho do Reino, a todas as nações. E, a meu ver, também se deveria tomar a bandeira da defesa da Terra como uma questão de fé e prática.

 

Ora, nesse caso, há muito mais a ser feito do que poderemos fazer. Porém, proponho que todo mundo, os que podem pouco ou os que podem mais, assumam como símbolo desse compromisso com a Terra que ao Senhor pertence, o plantio de árvores onde houver chão; bem como tratem o lixo, a água, e tudo o que é indispensável à vida como sacramento.

 

 

 

Nele, que virá e não tardará,

 

 

 

Caio

10/03/03

Lago Norte

Brasília

 

 

 

 

 

 

 

Desse modo, o que creio é que a terra tem um mecanismo de auto-regulação, mas que o mecanismo é maior que ela, posto é composto de elementos que combinam o que há na Terra com outros materiais que sobre ela co-incidem, vindos do resto do Universo.

 

Daí o Apocalipse falar dos que “destroem a terra”. Pois, ela, a Terra, não é a mãe de si mesma!