Aprendi mais com você que no seminário

—–Original Message—– From: edinaldo Felipe dos Santos To: [email protected] Sent: Saturday, October 11, 2003 7:01 PM Subject: Aprendi com você Mensagem: Sou seu admirador. Aprendi mais com você, do que nas cadeiras do seminário Presbiteriano do Norte (Recife). É pena que a IPB que só queria de ti o “sumo”, hoje te deixou no ostracismo. Saiba que Deus está contigo, é que há daqueles que você talvez nem os conheça e que te apóiam. Eu sou um deles. Gostaria de saber o que e como fazer para começarmos um trabalho do estilo “Café com Graça” em Ipatinga? Rev. Edinaldo (pastor Presbiteriano). *********************************** Meu amado irmão: Paz e Bem! Agradeço sua palavra e seu carinho. Como é bom saber que minha vida é motivo de gratidão para alguns, como você. Desejo que a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja sua Hermenêutica, sua Exegese, sua Homilética e seu Fundamento ministerial! Quanto a IPB, sinceramente, tenho três coisas a dizer: 1. Sou Reformado não por causa de Calvino, mas pelos fundamentos teológicos de Paulo. Não sou totalmente Reformado porque a Reforma parou de se Reformar, adotou uma Única Forma, e se Deformou. Hoje é uma igreja histórica e que cultua mais a História do que a Deus. Isso sem falar no “espírito de seita” que está grassando de ponta a ponta na IPB. São seitas e mais seitas. Até o G12 já entrou com o disfarce dos “Grupos Familiares”, que não é nada novo, pois, quando eu era pastor com meu pai, em Manaus, já existia, não como método estatístico de “crescimento de igreja”—pois a igreja crescia muito, todos os dias—mas como maneira leve de comunhão e crescimento na Palavra. Mas o que vejo agora é uma igreja que tem seus pudores, mas que não sabe o rumo. Então, uns querem ir de volta para o Passado, outros querem ficar entre o Passado e o Presente—então pararam com os Puritanos; outros estão coçando para virar “bispos”, então mergulharam nos “GF”; outros entram em todas as modas que surgem por aí—apenas mudam os “apelidos”; e outros repetem formulas antigas, e tornaram-se administradores de Museus da Reforma. 2. Sempre fui presbiteriano. Mas quando me converti, logo vi, com a ajuda de meu pai, que aquilo era um fenômeno histórico e circunstancial, pois, de fato, estávamos servindo a Igreja de Cristo, e não a um movimento humano. Daí eu nunca ter precisado da IPB, e isso a vida toda. Fiz meu ministério mantendo o “vinculo” com a IPB, mas em total liberdade. Servi a todos. 3. Sou ainda presbiteriano, membro da Catedral do Rio. Sirvo lá junto com meus colegas e irmãos, e sob o pastoreio terno de meu sempre amigo Rev. Guilhermino. Prego, ensino e participo dos encontros colegiais e pastorais da igreja. E me sinto amado, incluído, e sadiamente usado. No mais, meu amado, continua tudo como antes. Meu “sumo” ninguém tirou de mim, eu, espontaneamente o dei, esse foi o mandato de meu Deus. E, o verdadeiro “sumo” agora é que está começando a escorrer, conforme a Soberania Dele e em Sua majestosa Graça. Quanto ao “ostracismo”, sinceramente, a IPB não tem esse poder de criar nem para mim e nem para ninguém que seja livre em Cristo como eu sou. Convites chegam aqui mais que o ano suporta, e eu sou seletivo, e cada vez mais consciente de que a mensagem tem que viajar, eu, de preferência, não. Minha falta de apetite para o “vai-vem” nada tem a ver com ostracismo, mas com opção. Nesse meio tempo já tive convites de muitos grupos, denominações e organizações para fazer parte, até para ser bispo. Ora, eu nunca estive atrás de nada disso, e continuo andando o meu caminho… De fato, estou muito feliz e muito bem assim. Ore por mim. E conte com meu carinho sempre. Nele, Caio