AS MULHERES DA IGREJA ME FISCALIZAM…ESTOU COM MEDO!

—–Original Message—– From: AS MULHERES DA IGREJA ME FISCALIZAM…ESTOU COM MEDO! Sent: quinta-feira, 18 de março de 2004 09:18 To: [email protected] Subject: DEFRAUDO ALGUÉM SÓ PORQUE CONVERSO? Mensagem: PASTOR Caio, Gostaria de pedir sua ajuda em um dilema meu. Sou pastor novo (23 anos) e estou estagiando em uma igreja grande de uma capital de um estado do Sul. E ao chegar na igreja, há alguns meses, fui logo sendo feito “alvo de oração e ação” de irmãs mais empolgadas. Até aí, tudo bem. Todo pastor novo, solteiro, e novo na igreja, passa por isso. Porém uma delas me chamou a atenção. É bonita, meiga, inteligente, muito comunicativa, e com muita coisa em comum. Porém, várias irmãs andam enciumadas com a minha dedicação de tempo maior para ela; e já começam a fofocar sobre isso, precipitando vários acontecimentos que eu creio que deveriam tomar meu tempo. Uma irmã da igreja, muito séria e responsável no Senhor, veio me perguntar se eu realmente estava dando esperanças, se eu estava defraudando a moça em questão. Eu lhe perguntei se eu poderia ter feito isso só conversando um pouco com ela, e ela me disse que não sabe o que se passa no coração da moça, mas que acha perigoso. Com toda essa situação, eu comecei a me sentir culpado e preocupado. E se eu realmente não me apaixonasse pela mulher com o passar do tempo? Acabaria sendo defraudação!? Como, então, permanecer amigo, mas com a porta aberta para que o conhecimento mútuo mais profundo traga um possível amor e casamento? Pastor, às vezes me sinto um aleijado emocional. Toda vez que encontro uma pessoa com afinidades, e de quem gosto, acabo sentindo muita culpa e medo. Não sei se eu consigo realmente diferenciar o que é amor de atração. Nem sei se sou capaz de amar. Pastores mais experientes me dizem: “Quando você amar alguém, você perceberá”. Mas meu receio é de passarem tantas pessoas por mim, e eu não ser capaz de amar ninguém. A solidão é muito dolorida. Principalmente no ministério. Aconselhamos, viramos o mundo espiritual de cabeça pra baixo em Deus, mas na hora de voltar pra casa, aquela solidão… O que eu devo fazer? Grato pela atenção! ****************************************** Resposta: Meu querido filho: Paz e Confiança! Você é da idade de meu filho caçula, e lamento tanto que já seja “pastor”. Fui ordenado menino. Comecei a pregar com 18 anos e casei com vinte incompletos. Sei o que é isto. E também sei como essa “pressão” pode fazer o cara ter que ficar com a pessoa errada para fazer aquilo que a “igreja” chama de bom, ou de bem. Tudo bobagem! Quem está sendo “defraudado” é você, que tem tido seu direito à liberdade responsável cerceado pelas xerifas da moralidade nervosa. Hoje eu penso que ninguém deveria entrar no ministério com 23 anos de idade e solteiro. Se for solteiro, deveria pelo menos ter tido antes a chance de saber o que é ser solteiro por livre vontade, e não pelo medo de errar, ou de ser fiscalizado e receber uma “multa moral”. Não me admira que você, em razão disso, esteja com as angustias que está. O que deveria ser simples e livre, na “igreja”, vira uma questão de “alcova”. Também senti que o “espírito” de sua igreja é muito pesado e fiscalizador. Se você não quiser ter problemas aí, não namore ninguém. Se o fizer, faça-o escondido. E tem que ser com alguém que compreenda a maluquice da coisa toda, e tope dar uma chance a vocês dois; afinal, como você e qualquer pessoa saberão se gostam mesmo um do outro se não se conhecerem? Mas também existe a possibilidade, grande, de não ser aquela pessoa. Portanto, quem quer que seja não pode usar a “igreja” para seqüestrar você para o casamento. Talvez o melhor fosse namorar alguém de outro lugar na cidade. E, de preferência, que tal pessoa não freqüente a igreja como sua namorada. Se der certo, dê um susto em todos, mas com a coisa já feita. Aproveite o que está acontecendo com você para aprender, para sempre, como homem e pastor, o que NUNCA se deve fazer com ninguém. Você é jovem. Não trate a sua juventude com velhice, pois, inevitavelmente, a sua alma cobrará isto de você mais adianta. E o preço é alto! Agora é tempo de abraçar, de conhecer, de provar, de sentir, de ver se gosta—e se gosta mesmo! Ora, mesmo com todas essas chances… não há ainda garantia de 100% de acerto. A gente erra, se engana, casa com a carência, com a bondade, com a afinidade ministerial, com a “visão”, ou com o momento, também. Portanto, calma. Faça o que lhe sugeri, não se sinta hipócrita, mas tão somente sensato e sábio. Pérolas a gente nunca atira aos porcos. Eles rejeitam as pérolas e comem a gente vivo. O que lhe disse, saiba, diria ao meu filho, caso ele estivesse em sua situação. Receba meu beijo. Nele, que sabia quando “aparecer” e quando “retirar-se do meio deles”, Caio