Caio Fábio D’Araújo  Filho, é brasileiro, nascido em 15 de março de 1955, em Manaus, no meio da  floresta amazônica, sendo filho de Caio e Lacy D’Araújo, gente que brotou também  daquele chão cheio de arvores frondosas, de rios misteriosos, de igapós  encantados e de chão barrento e arenoso!
Cresceu amando os rios, igarapés  e assombrado pelos mistérios da floresta!
Aos 10 anos foi forçado a  seguir a família para uma espécie de “exílio moral”, em 1964, quando seu pai foi  atingido pelas conseqüências políticas do golpe militar. 
Chorou muito  quando saiu de lá e verteu lágrimas de nostalgia quando foi morar em Copacabana,  no Rio de Janeiro. Foi tão profunda sua incapacidade de se adaptar ao novo e  diferente mundo, que seu pai acabou levando toda a família para Niterói, por ser  um lugar que ensejava mais ar e mais liberdade para as peladas de futebol e para  a molecagem das praças e ruas!
Em 1967 seu pai veio a conhecer a Jesus,  lendo a Bíblia sozinho!
Nem mesmo dona Lacy, que nascera na Igreja  Presbiteriana, podia acreditar nas transformações radicais de ideais e valores  que aconteceram no coração de seu marido. Tudo mudou. O homem agora não mais  desejava advogar e ganhar muito dinheiro, mas voltar à floresta e evangelizar  seus conterrâneos.
Caio Filho foi cheio de ódio. Já havia feito amigos e  desenvolvido afetividades do outro lado da Baía de Guanabara e não deseja  deixar, mais uma vez, seu mundo para trás.
As conturbações da  adolescência já perseguiam sua alma desde antes da adolescência propriamente  dita iniciar.
De volta à terra natal a revolta virou curtição de todos os  tipos, sempre marcadamente extravagantes: meninas, depois mulheres; amigos,  depois cúmplices; dança e desfiles, depois Juijtsu e brigas de rua; futebol e  esportes, depois apenas “viagens” e “viagens”.
No final de 1972 Caio  Fábio voltou ao Rio sozinho e foi morar com amigos-comparsas em Copacabana. Foi  mais um tempo de loucuras e liberdades totais. Ao final, muita angustia e o  início de uma crescente vontade de morrer.
Retornou ao Amazonas “forçado  pelas circunstâncias” e começou a temer pela sua própria sanidade. Em desespero,  em julho de 1973, num templo da Assembléia de Deus, ouviu outra vez a mensagem  que conhecia desde a infância, e não resistiu à Voz que lhe  chamava.
Iniciou-se uma “revolução cristã” na cidade de Manaus. Nem o próprio  Caio sabia o que estava acontecendo. Conversões brotavam do chão. Um ano depois  estava falando na televisão todos os domingos, de 18:30 às 19:00 horas.  
Não demorou e o que estava acontecendo na floresta correu como notícia  no meio dos evangélicos brasileiros. O jovem pregador de esquinas, escolas,  universidades, praças, teatros, estádios e cadeias—que também usava com total  liberdade os meios de comunicação—havia se tornado, no mínimo, uma curiosidade  para muitos.
A Igreja Presbiteriana, à qual se ligara pelo vínculo de  seus pais, o ordenou ministro após verificar que seu chamado para pregar era  inegável. 
Então, percebendo que a mensagem que tinha não era apenas para  um segmento evangélico, Caio criou, em 1978, a Vinde—Visão Nacional de  Evangelização. A organização serviu de plataforma independente para seu  ministério por mais de 20 anos e fez história entre os cristãos.
Caio  casou aos 19 anos e teve 4 filhos. Em 1981 mudou-se para Niterói, onde pastoreou  a Igreja Presbiteriana Betânia por 4 anos, sucedendo seu “também-pai-na-fé”,  Rev. Antônio Elias. 
Mas a Vinde não parava de crescer. Com a ajuda de  milhares de doadores e muitos companheiros de trabalho e ministério, a entidade  desenvolveu-se e estendeu ramos ministeriais em diversas direções: televisão,  rádio, eventos para lideres, grandes concentrações evangelísticas, cursos para  formação de pastores, publicação de livros, criação de revista, obras  sociais—sendo a Fábrica de Esperança a maior delas—e um intenso trabalho na  tentativa de aproximar a tão fragmentada “Igreja Evangélica  Brasileira”.
Até 1994 Caio Fábio D’Araújo Filho era unanimidade nacional,  de um extremo a outro do tão retalhado guarda-chuva que a Igreja Evangélica  pretendia ser. A convergência de quase todos para a figura de Caio era notória e  inegável.
Sobre aquele tempo, Caio Fábio diz o seguinte:
“Eu fui  perdendo o romance com a igreja como uma instituição que pudesse fazer alguma  diferença no Brasil. Ter sido eleito presidente da Associação Evangélica  Brasileira, a AEVB, me fez muito mal. Antes eu sabia que os pastores e lideres  eram doentes, na sua maioria aparente. Mas como presidente da AEVB eu tive que  comer, beber e dormir sobre e com aquelas doenças. Trinta por cento dos PMs do  Rio eram evangélicos e não mudava nada. Setenta por cento dos doentes internados  em muitas clinicas de doentes mentais eram evangélicos, e, para mim, isso dizia  tudo. Havia alguma coisa irremediavelmente adoecida dentro da igreja, e eu não  via como aquela enfermidade pudesse ser debelada. À cada novo movimento surgia  um lampejo de esperança. Mas logo se percebia que “luz” na “igreja” não era Luz  do Espírito, mas Purpurina Carismática. O modelo era adoecido. E não só o  modelo, sobretudo, a mensagem. 
O que mais me enojava era a hipocrisia e  as expressões de fraternidade falsificada. E o que me angustiava era que eu não  tinha ninguém com quem falar. Todos queriam ser ouvidos. Eu me tornara um  escravo de minha própria tentativa de servir. A consciência de perda cresceu  quando fui forçado por dezenas de pastores e lideres a assumir posições públicas  contra os desmandos da Igreja Universal do Reino de Deus, e, quando a questão  foi para a mídia secular, muitos dos meus implacáveis pedintes de posição firme  e definida quanto à questão, começaram a desertar e, na sua maioria, me deixaram  só no meio da batalha. Cansei. Eu queria que a Roda Gigante parasse. Eu queria  descer do Carrossel e sair do Circo”.
Caio pulou fora do Circo sem  sabedoria. Seu pulo para fora virou um escândalo cristão de proporções  inigualáveis, e, por conta dessa crise, ele admite que acabou cedendo a pressões  políticas e envolveu-se num escândalo que veio a ficar conhecido como “Dossiê  Cayman”.
Sobre o assunto, o próprio Caio diz o seguinte:
“Com meu  divórcio e a perspectiva de um novo casamento, veio o terremoto. Vi o chão se  abrir. Temi pelos meus filhos e por todos aqueles que dependiam de mim. E não  eram apenas os milhões que se beneficiavam da mensagem. Eram também os milhares  que dependiam socialmente e economicamente de meu ministério. As propostas  políticas do tipo: ‘Por favor, reverendo, ajude a gente a ganhar essa eleição e  nós garantiremos a sobrevivência de seu trabalho’, vieram aos montes. Depois se  tornaram insistentes e passionais. E tornaram-se uma horrível tentação. Não era  nada além de poder garantir que se ‘meus amigos’ chegassem ao poder, então, eles  me ajudariam a não deixar que tudo o que existia como coisas tão boa, acabasse  em razão de um situação pessoal, mas que no meio cristão, em se tratando de mim,  tornar-se um caso nacional. Fui, não vi e perdi!”
Então vieram as  execrações, traições, deserções, calunias, aproveitamento de oportunidades, e  toda sorte de iras e hostilidades. Houve, todavia, por parte do povo cristão, na  sua maioria, muito choro, dor, tristeza e decepção. 
Sobre isto, Caio também  já falou: 
“Foi como assistir ao meu próprio funeral. E vi quem chorava e  quem ria; quem amava e quem só se aproveitava; quem cria e quem só fazia de  conta; quem respeitava e que somente temia; quem gostava e quem bajulava; quem  enviou condolências e quem disse: Ôba, agora é minha vez!”
Sobre esta  fase, D. Robinson Cavalcante, disse o seguinte num artigo que publicou na  Revista Ultimato:
“Era uma bela manhã de sol de verão carioca. Um sábado  típico de convite ao lazer. Chegara eu ao Rio de Janeiro para pregar no Culto de  Sagração do novo bispo-coadjutor da Diocese Anglicana, D. Celso Franco de  Oliveira, em nossa histórica igreja da rua Real Grandeza, no Botafogo. Conforme  combinado, às 13:00 horas, o Rev. Caio Fábio, tranqüilo, sereno, demonstrando  estar em paz com Deus e com sua consciência (talvez não em paz com todos os  homens) chega ao restaurante de hotel, no bairro da Glória.
Conversamos  por duas horas, sem agenda, relaxados, sem máscaras, papéis sociais, títulos ou  expectativas. Apenas dois seres humanos, duas pessoas, não dois personagens.  Partilhamos da humanidade comum, do passado de tantas convergências e de algumas  divergências, de experiências de glória e miséria na comunidade dos remidos, de  sonhos realizados e de sonhos que viraram pesadelos, da alegria de termos feito  história e da dor das decepções, conosco mesmo e com os “irmãos da  onça”.
Conversa das raras entre irmãos, em transparência. Raras (sem  dissimulações = “santa” hipocrisia) em uma comunidade de fé que não se apropria  plenamente da Graça e da humanidade de Jesus para a vivência da nossa própria  humanidade. Não nos permitimos ser gente, mas algo exótico, além das bestas  regeneradas e aquém dos anjos não caídos, talvez, como os “heróis” da mitologia  grega, acima dos homens e abaixo dos deuses. Asfixiados, neurotizados, não  podemos ter biografias como os homens e mulheres da Bíblia, limitados e  ambíguos, possíveis apenas pelo poder de Deus. 
Somos “protestantes  romanizados”, de quem se espera um incompreensível e impossível “estado de  graça”, patamar meritoso da quase perfeição.
Enquanto me preparava para o  encontro com Caio, acorreram à memória cenas do passado: o primeiro contato, no  Recife, quando ele, muito jovem, expandia seu ministério a partir da Amazônia,  nossa presença no CLADE II (Huampany, Peru, 79), minhas várias sugestões do seu  nome para participar de eventos/instituições internacionais, e que esbarravam na  barreira do idioma, seu convite para que eu fosse orador nos Congressos da VINDE  em 85 e 86, minha fala (por pressão das “bases”) no Congresso de 89, minha  presença, em um grupo de interesses, no canto do cisne do Congresso de 98, meus  três livros publicados por sua editora, falas em revistas, aula no VindeSat,  etc.
Mas, por outro lado, a memória do inesperado e inexplicado  distanciamento, depois do Congresso “Geração 91”, em Brasília (com ele ainda  residindo nos Estados Unidos), quando parecíamos tão fraternos. O presidente da  AEVB, sem uma palavra, se afasta do autor de “Libertação e Sexualidade” e  militante do Partido dos Trabalhadores. Ouço mil estórias sobre seus  conselheiros, preocupados com sua imagem… Decepcionado, mas não amargurado,  sigo em frente, sempre torcendo por ele. Seis anos depois me convida para um  café e me presenteia sua auto-biografia. Não falamos do passado, mas expressamos  o desejo de reaproximação. A admiração, o sentimento, as experiências da vida  são maiores do que as nossas fraquezas e os nossos “conselheiros”.
Vinha à  memória o crescimento de Caio como líder em um deserto de mediocridades, em um  mar de ambições, em um oceano de vaidades, fanatismos, sectarismos. E que  capacidade de trabalho! Livros, artigos, programas de rádio e de televisão,  cruzadas evangelísticas, congressos, e uma agenda de pregações em igrejas de  várias denominações, que arrebentaria com a saúde física, emocional e espiritual  de qualquer mortal.
Caio produziu, ministrou, deu uma colaboração de tal  monta à causa do Evangelho, que o torna uma figura singular no protestantismo  brasileiro do século XX. Mas foi levado ao esgotamento, à exaustão, tendo que  acompanhar os dramas de todas as igrejas, que partilhar da patologia de todos os  líderes. Foi usado, sugado, até o bagaço, para, julgado “inconveniente”, ser  jogado no lixo.
Chega o momento em que um líder assim deixa de ser ele  mesmo, desaparece a identidade. A pessoa dá lugar ao personagem, a vida passa a  ser controlada pelos outros. O humano vira máquina. Ao ler suas “Confissões de  Um Pastor” percebi o pedido de socorro, a tentativa de chamar a atenção para sua  humanidade, que pretendia recuperar. Como se dissesse: “Eu sou assim, e não como  vocês pensam ou desejam”.
Caio Fábio, em sua trajetória, respondeu como  um ser humano às expectativas da nossa cultura eclesiástica caudilhesca, ao  canto de sereia dos políticos de esquerda e dos capitalistas de direita. Foi  tentado pelo “US evangelical way os life”, isolou-se, sofreu. 
Respondeu  como um ser humano à crise do homem de meia idade, agiu como um quixote de ética  duvidosa no episódio dos papéis das Ilhas Cayman, e ouviu as vozes do corpo.  Percebeu que os sentimentos não são simétricos em nós humanos, mas  antiteticamente simétricos na Igreja: o amor vira ódio, a admiração dá lugar aos  desprezo das projeções frustradas. Ele se impõe um auto-exílio no exterior, um  tempo para uma reavaliação, porque o moralismo e o legalismo não conhece (nem  respeita) a vida privada.
É abandonado, caluniado, apedrejado. Disputa-se os  seus despojos. Em nossas Igrejas ainda não se faz travessias existenciais por  dentro, mas no ostracismo. 
Na prática, se distingue pecado venial e  mortal. Lamentavelmente, a lealdade de Caio à Teologia Moral fundamentalista e  seus dogmas sociais não o ajuda a melhor superar o seu drama pessoal e ajudar a  Igreja a crescer, a amadurecer.”
Cinco anos passaram. Primeiro veio a  ânsia de liberdade. Depois a depressão. A seguir o pânico de não ter mais a  família como era. Então a tristeza de não poder mais ser quem era pelo fato das  pessoas desejarem que ele fosse apenas aquilo que elas projetavam nele. Então,  lentamente, surgiram todas as formas de sentimentos de perdas e tristezas. Até  que, gradativamente, as forças começaram a voltar. 
Publicou o livro  Nephilim. Logo a seguir As Tábuas de Eva. Casou-se outra vez. Surgiu o Café com  Graça. Publicou O Enigma da Graça. Escreveu o livro Sem Barganha Com Deus, e  recebeu a seguinte apresentação para o novo livro, mais uma vez escrita por  Robinson Cavalcanti:
“E o Caio Continua… Cada novo livro é um ato de  resistência da civilização. O não-livro é sempre uma ameaça de retorno à  barbárie. O livro expressa o ser que pensa, que questiona, que analisa, que  propõe. O livro pulsa com a vida e nos avisa que a esperança não morreu, que a  vida não morreu. Pensar e criar são destinos da pessoa, que se realiza e  realiza. Já nos diziam os romanos: “As palavras voam, a escrita  fica”.
Com o fim da História decretada pelos donos do poder mundial e a  sacralização, a inevitabilidade ou o fatalismo da atual (des)ordem, o que se  pretende na realidade decretar é o fim do pensamento critico e criativo, o fim  das alternativas, o fim do diferente, o fim das utopias, o fim dos sonhos. Mas  ninguém consegue, com as inquisições “clássicas” ou “sofisticadas” domesticar os  in-conformados, embotar os poetas, paralisar os profetas. O mandato cultural de  Deus à humanidade não foi revogado. 
A atual geração do imediato, do  pragmático, do competitivo, do apenas emotivo, é somente um lamentável lapso  histórico de desobediência, de perda, de des-humanidade (e de des-Graça).
No  meio da crise o Sagrado está de volta, Deus está de volta, a Graça está de  volta, a Fé está de volta, as possibilidades do plenamente humano e do  plenamente divino estão de volta, ora reacionário, ora confuso, ora criativo,  ora recriativo ou libertador.
A Antítese do Evangelho tem que ser  denunciada. A Teologia Moral da Causa e Efeito profundamente questionada. Aqui  está um livro que a isso se propõe. Leva-nos a pensar (concordar, discordar,  aprovar, reprovar), a nos inquietar, no desconforto necessário da des-construção  (ou re-afirmações) de certezas. No povo da Nova Aliança o pensar e levar a  pensar é subversão, é resistência, é evangelização. Daí o inegável valor deste  livro. 
Amizade, admiração, cumplicidade, dramas, lutas me têm unido a  Caio Fábio por décadas.
Não se pode pretender escrever a história do  cristianismo brasiLeiro do século XX e XXI sem referência a esse personagem. Ele  sabe que fazer história é disponibilizar-se, pôr-se a caminho, acertar e errar,  obedecer e desobedecer, tentar sempre, recomeçar sempre.
Tenho certeza  que Deus o usou, o está usando e continuará a usá-lo, pois na Teologia que  abraço os eleitos do Senhor não são cassados, nem sofrem  impeachment…
Hoje, como bispo de uma Igreja histórica, com seu acervo  de erros e seu legado de acertos, procuro viver o Reino no institucional, na  difícil conciliação entre o papel do Sacerdote e o papel do Profeta.  
Mas, creio que há um importante lugar para o não-convencional, para o  não-institucional, na redescoberta do profetismo.
O Caio evangelista e  pastor é o Caio mestre e profeta, que se faz presente, gritando com as letras,  clamando com as frases, pondo o seu ser no escrever.
Resistir é preciso,  criar é preciso, escrever é preciso. O Espírito sopra e nos cura, e nos  reconstrói pela capacidade de abertura, pelo diálogo de corações, pela coragem  do dizer.
A História da Salvação continua. Caio Fábio continua a ela  vinculado. 
Bem-Aventurado por este livro! 
Paripueira (AL), 14 de  Agosto de 2002.
+ Dom Robinson Cavalcanti, OSE
– Bispo da Diocese  Anglicana do Recife
(Festa da Transfiguração do Nosso Senhor Jesus  Cristo)
Hoje quem ouve e vê Caio Fábio percebe sua libertação. Eu, que  escrevo este texto, sou alguém que tem convivido com ele nos últimos três anos.  Antes apenas o ouvia e admirava de longe. O que vejo agora é um homem sem medo e  em paz com Deus, apesar de carregar na alma muitas dores e feridas.
O que  achei significativo foi a lista de nomes de amigos que ele menciona no seu novo  livro, ainda não publicado: 
“E aos meus amigos Robin, Cécé, Charles  Glass, Bird, Eudaldo G. de Almeira, Guilhermino Cunha, Washington de Souza,  Lácio Pontes, Evaldo Barenger; os irmãos Romulo, Luciano e família; aos  igualmente “irmãos” Heraldo e Jonathas, e ainda aos queridos Serjão, João  Chrisóstomo, Manoelzinho, Marcelão Sobral, Alexandre Ximenes, Robinson  Cavalcanti, Carlos Cherene, Luís Fernando Gevaerd, Isaías do Monte Sião, Ed  René, Neil, Ariovaldo Ramos, Darci Duzilek, Manfred Grellert, Badú, Alcimar,  Gerda, Paulo Leite, João Carlos e Dulcinha—que em minha dor me levavam peixes do  Amazonas em Itaipú; ao queridos Leighton Ford, Edvaldo Grado, Curcio e Silvia,  da Urca; e ao “doutor Joe” e sua família, aos irmãos-amigos do Café com Graça,  da Catedral Presbiteriana do Rio e de Manaus; e aos muitos que re-encontro e  re-conheço! 
E aos que foram marcados por dores e perdas em razão de  minha estação de agonias, e cujos nomes estão escritos no Livro da Vida!  
E, como sempre, ao Cirinho, ao Vico, ao Luke e à Jubinha!
À  Helleninha, netinha do vô, é claro!
E aos meus sábios pais, Caio e Lacy,  em amor dos quais, neste livro, louvo a Deus pelos seus 50 anos de casamento—em  todos os sentidos, sobretudo, no amor verdadeiro no qual eles serviram um ao  outro com admiração não fingida ! —; e agradeço ao Pai pela amizade verdadeira  que deles recebi, razão pela qual nunca me permitiram sentir-me só, entre os  humanos, um único dia de minha vida na Terra!”
Obviamente esta biografia  está mais que incompleta por duas razões: 
1. Caio não deseja mencionar  nomes e nem situações pessoais. Pessoas a quem ele ama e respeita não precisam  mais ser envolvidas como parte de uma história que foi cheia de dores, mas que  para ele foram antes de tudo histórias de Vida.
2. Em 1996 Caio Fábio  publicou o livro Confissões de Um Pastor, no qual a maior parte de sua história  está escrita. Além disso, ele sabe que ainda não é a hora de falar dos assuntos  mais recentes, não só pela razão mencionada acima, mas também por que há muitos  homens públicos que se prejudicariam muito se toda a história fosse  contada.
Como seu amigo, pedi o privilégio de escrever este texto, não  para escrever nele o meu nome, mas para dizer como vi de longe e hoje sinto e  vejo de perto, o homem Caio Fábio, que não passa de um ser sem medos e que leva  no peito uma incapacidade total de refrear a língua, não para os bate-boca, mas  para falar o Evangelho da Graça de Cristo, de Quem Caio é apenas um servo!
  
 
								 
								