CAIO, LOUVOR É ASSIM?
—–Original Message—–
From: Anderson
Sent: quarta-feira, 19 de maio de 2004 17:05
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Subject: CAIO, LOUVOR É ASSIM?
Olá querido Caio, tudo bem com você? Eu espero que sim!
Agradeço a Deus pela sua vida, pois através de você, e o do seu site, sou grandemente abençoado.
Caio estou escrevendo porque tenho uma dúvida que tem me incomodado desde que comecei a participar de uma “igreja”; embora hoje eu faça parte da Igreja. É a respeito do louvor, pois eu olho para Jesus e os seus discípulos, e não vejo “ministros de louvor” tocando e cantando em palcos (apelidados de púlpitos pelas igrejas).
Eu olho para Jesus e não vejo Ele cantando musiquinhas enquanto tantas pessoas precisam de ajuda.
Eu olho para Jesus e não vejo preocupação se vai tocar a música A ou B porque agrada mais aos irmãos X e Y.
Eu olho para Jesus e não vejo Ele levando as pessoas a repetirem músicas que declaram intenso amor a Deus e aos “irmãos”, resultando numa ridícula incoerência da parte da grande maioria.
Eu olho para Jesus e vejo mudança de vida e nada mais!
Eu acho que as pessoas apenas complicaram o evangelho enchendo de enfeites e este “louvor musical” para mim nada mais é do que isso.
Então, por favor, Caio me responda se biblicamente esse louvor existe e se estou certo ou errado ao pensar assim.
Um grande abraço e que Deus te abençoe muito
Anderson
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Resposta:
Amado Anderson: Tudo ser que respira louve ao Senhor, de todo o coração, com a alma e o entendimento que tiverem; e com adufes e danças, com instrumentos de cordas e com flautas, com instrumentos sonoros e com os de percussão…
É claro que o louvor a Deus TAMBÉM incluiu a música; mas música não é louvor a Deus apenas por ser música, e muito menos por mencionar o nome de Deus. Deus só conhece louvor no coração!
Você sabe por que ficou assim?
Bem, seria uma longa viagem no tempo…mostrando todo o processo…uma viagem que vem da sinagoga, passa por casas ( e aí fica por mais de trezentos anos); depois recebe favores reais, ganhou privilégios, construiu catedrais e basílicas, escreveu e descreveu “Deus”, embrulhou-“o” num pacote de doutrinas, estabeleceu que a verdade cabe em papel, conquistou impérios, governou reis e príncipes, e corrompeu-se mais que a bruxaria…
Então veio a Reforma. Mas em pouco tempo os teólogos se converteram aos gregos, e começou uma outra jornada, doutrinariamente diferente, porém, historicamente, andando na mesma direção…
Aqui no Brasil a viagem foi do Protestantismo radical, anti-católico, passando pelas igrejas mais evangélicas, chegando às pentecostais; sendo depois quase todos levados pelo dilúvio neo-pentecostal…até chegarmos ao show e depois ao circo.
É assim porque, me diga, o que farão os pastores, já que nem conhecem a Palavra? Ora, é por isso que não a pregam! Aliás, pregam, mais pregam pregos, não a Boa Nova; e gritam muito, mas não há um pingo de sabedoria no que em geral dizem.
Unção? Meu Deus! é o de que mais se fala; mas não vejo em quase ninguém; exceto nos que não falam, porem vivem existências ungidas na Graça.
Sem os cantores e sem o show a maioria das igrejas não saberia mais o que fazer!
É obvio que não tenho nada contra todas as formas de louvor. O louvor, porém, só vem da vida; não é canto-em-si, é existência grata!
Também como é sabido, creio que todas as artes devem ser para a glória de Deus; pois creio que toda manifestação de dons e talentos deve acontecer como louvor a Deus. O que temos, entretanto, não é música, é negócio gospel. Apenas isto!
E a Palavra está humilhada pela imagem do culto, e pelos shows vazios de Deus. Coisa boa para políticos, que se aproveitam, e fazem a festa!
Ah, os vendedores de música também ganham muito com esse negócio. O povo, entretanto, morre seco de alma enquanto não pára de pular e cantar. É o canto das infelicidades suprimidas por alguns momentos de ilusão a que chama de “culto”.
Quando os líderes se converterem à Palavra e passarem a amá-la, o povo vai saber a diferença. Enquanto isto, digo a você que a “igreja” está no negócio de entretenimento; nada mais do que isto. Do jeito em que as coisas estão a “igreja” compete com a Disney, o Bush Gardens, o Magic Mountain, etc…As versões mais “populares” competem com a macumba, a umbanda, o candomblé, e outros cultos. Versões mais formais competem com a Maçonaria. E as mais liberais competem com o esoterismo. E assim vai…
Enquanto isto, vamos pregar a Palavra, e agradecer à soberania do Espírito, visto que apesar de tudo alguns ainda recebem algum benefício.
Nele, que faz da Vida o canto de louvor, mesmo na dor,
Caio