CAIO, VOCÊ ESTÁ BEM?

 

 

 

 

 

 

—– Original Message —–

From: CAIO, VOCÊ ESTÁ BEM?

To: [email protected]

Sent: Wednesday, February 07, 2007 4:26 AM

Subject: oi

 

Pastor e amigo amado, paz!

 

Como você está?

 

Ontem no Paltalk, o Elias comentou que havia passado mal…

 

Oramos por ti!

 

Se cuida!

 

Chico & Martha

 

 

Caminho da Graça

Estação Belo Horizonte

Francisco Pacheco

(31) 9648 0858

(31) 3588 2041

http://caminhodagracabh.blogspot.com/

 

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Resposta:

 

 

Amigo Chico, amado e fiel no Senhor,

 

 

Minha vida tem sido feita de etapas.

 

Minha infância foi o Paraíso.

 

Minha puberdade foi um vulcão de desejos e intensidades…

 

Minha adolesceria foi um absurdo de adulteza anacrônica. Tanto é que aos 18 eu estava velho…

 

Minha conversão foi um Trauma, ao estilo Isaque ante o cutelo.

 

Meus filhos foram minha mais forte e incessante alegria, e preocupação pela ausência… O que acelerou meu coração. Fibrila o bichinho, desde então…

 

A vida ministerial sem cansaço assumido jamais, foi como uma campanha presidencial sem fim, só que os temas eram eternos… Quem agüenta trinta anos assim?

 

O ano de 1998 me matou. O homem que você vê e ouve, veio da morte…

 

Os massacres subseqüentes me feriram até às vísceras… E acabaram com muito de minha imunidade física.

 

A morte do Lukas levou uma parte imensa minha com ele…

 

Em 10 de janeiro de 2005 quase fui… Uma mistura de coisas, sem falar que era o 1º aniversário do Lukas-ausente; daqui e de nós.  Fiquei inconsciente e entubado de 2ª à 4ª feira. Ficaram seqüelas…

 

Fui compensado, como um Jó culpado, pelo enigma dessa infinita Graça; e, hoje, tenho minha alegria na minha mulher, nos meus filhos e netos, e em vocês, amigos da consciência no Caminho.

 

Mas meu corpo sente…

 

O Coração samba sem razão de alegria eufórica. Em geral, samba quando a vida dói… Ou quando alguém está sofrendo…

 

Tento dormir o que posso, mas sou acordado em sonhos… E não durmo mais que quatro ou cinco horas, no máximo.

 

E, agora, talvez como seqüelas de muitas brigas de rua e do Jiu-Jitsu aplicado na esquina durante a juventude; ou, talvez, por razões genéticas ligadas à minha mãe — minhas juntas andam me maltratando muito…

 

Ontem levantei pra ir à Goiânia, mas, aí pelas 14 horas, vi que estaria me violentando, como o fiz milhares de vezes no passado.

 

Então, sabendo que em Sampa terei dias mais intensos e longe de casa (detalhe: sempre amei estar em casa e nunca pude; hoje, necessito) — decidi me poupar; pois, as dores físicas estavam intensas (nas articulações dos braços e nas junções das omoplatas); e uma gripe estava querendo me pegar (fruto de dois dias de trabalho com as plantas no jardim… enquanto garoava).

 

Pedi perdão, enviei o amado Fonseca, com ele o querido Jack; e fiquei aqui… Na cama. Sob os cuidados do meu anjo-driana.

 

Foi isso, meu mano!

 

E como os dias são maus, quero me poupar para o tranco que vem aí; e que virá sobre todos.

 

Quero estar aqui quando o bicho pegar. Quero ter voz para gritar. Quero ser sombra para os meus e para todos. Quero ser como uma voz de consolação até o fim dos dias…

 

Obrigado pelo seu amor!

 

Irei a Goiânia em março, logo no início, antes de meu aniversário.

 

Os amigos de lá me entenderam…

 

Um beijo em você e em todos!

 

Nele, que nos usa em cada estação do caminho e da existência, conforme a nossa força ou fraqueza, mas sempre mediante o Seu poder que opera em nós,

 

 

Caio

 

07/02/07

Lago Norte

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