Original Message —–
From: CASAMENTOS PARA SEMPRE?
Sent: Saturday, December 01, 2007 01:04
Subject: casamentos são para sempre?
Caio Fábio,
Há algum tempo, escrevi uma carta falando sobre meu casamento (isso deve ter uns três ou quatro anos) e volto aqui para relatar fatos e ouvir conselhos.
Gosto de você porque é direto.
Hoje perdi o sono pensando: deveria entrar no site do Caio e a primeira carta que li foi de uma mulher reclamando que o marido quer sexo e ela não. Realmente, hoje precisava entrar em seu site.
Como diz um amigo, vou começar a escrever meu tratado e espero em breve um conselho seu, nem que seja um puxão de orelhas.
Gostaria de ser breve e de resumir, mas terei que detalhar para que entenda minha situação.
Tenho 32 anos, casada há 10, um filho de 07 e tive 06 anos de namoro. Fazendo as contas comecei namorar cedo e sério.
Sempre fui boa filha (filha única), nunca mimada. Comecei trabalhar cedo e dar valor a isso o que me trouxe maturidade rapidamente. Sou protestante (IPB), gosto da minha Igreja, estive em diversas lideranças e hoje estou apenas com um Ministério. Amo meu chamado. Sou privilegiada por ter sido escolhida pelo Pai para isso. Tenho plena convicção da salvação e da misericórdia de Deus se renovando a cada dia em minha vida. Porém… a vida nos prega peças e aí é que entra meu conflito entre o certo e o errado. O Deus de amor e misericórdia, o Deus de Milagres e transformações e o Deus que te faz ser firme naquilo que você escolheu para sua vida, mesmo que você não tenha ouvido a escolha que Ele fez para você. Mas há um só Deus e para mim ele é um Deus de amor e misericórdia e é claro que “pagamos”, se é que posso dizer assim, pelos nossos atos e conseqüências.
Em meu namoro vi algumas coisas que não me agradavam no meu esposo, mas como toda adolescente, achava que isso ia mudar. Por várias vezes pensei em terminar, mas não tinha coragem. Enfim nos casamos. Nossos primeiros anos de casados foram bons. Com lutas claro, adaptações, mas havia algo gostoso, porém nunca fui satisfeita na cama.
Ele não é convertido.
Descendente de Espanhóis e vindo de uma família totalmente tradicional e patriarcal, sou “a diferente” em meio a seis cunhadas. Trabalho, sou independente (no sentido de não precisar de ninguém para resolver as coisas para mim), vou à luta, corro atrás e tudo que consegui até hoje (se é que consegui algo) foi com a Bênção de Deus em minha vida e minha personalidade de não ficar parada esperando as coisas acontecerem.
Ao me casar, devagarzinho, fui abrindo mão de algumas coisas. Fui deixando de ser eu mesma. Fui me anulando. A única coisa que não havia deixado era meu envolvimento com a Igreja, mas sempre sem dar motivos para que ele reclamasse de minha ausência em casa.
Algumas vezes ele ia à Igreja, outras não.
Tivemos nosso belo filho. Desejado, planejado e consagrado no útero para ser servo do Senhor. Depois do nascimento, começaram nossos desentendimentos. Não pelo fato do bebe, mas muitas coisas ao mesmo tempo. Eu parei de trabalhar porque queria SER MÃE e isso com o consentimento e apoio dele, mas na mesma época a firma onde ele trabalha começou a pagar com atrasos de até três meses… foram dias difíceis.
Passamos por isso, porém nosso casamento (que já não me satisfazia) passou a se tornar pior. Ele foi trabalhar fora. Eu sempre trabalhei e quando meu bebe estava com uns nove meses, notei que eu estava
Meu filho na creche, em duas semanas estava empregada. Tenho que cuidar muito com minha “auto-suficiência” e tento me lembrar sempre que é Deus quem me capacita. Mas sei da minha capacidade profissional e me orgulho disso, me lembrando que é Deus que me abençoa sempre (tenho que afirmar isso para mim mesma várias vezes, para não me esquecer). Tudo que pego para fazer, seja em qual área for, faço bem feito e com responsabilidade. Empregada, liguei para ele e contei: nosso filho está na creche e eu trabalhando. Não se preocupe, a creche é ótima e é muito mais saudável para ele uma mãe de bem com a vida do que uma mãe presente o dia todo, mas deprimida. Tudo bem, ele voltou, seguimos assim por mais uns dois anos. Porém começaram as cobranças: bebe doente, mas ia para creche, não tinha com quem deixar. Creche de férias, revezava cada dia da semana para que alguma cunhada cuidasse dele (meus pais também trabalhando fora e meus sogros sem idade para cuidar de bebes). Ele reclamava que não via meu dinheiro. Sempre fui dizimista, não gasto com futilidades, sou simples, levo uma vida simples, sou econômica, mas como os pagamentos dele nunca saem no dia certo meu salário ia embora com contas da casa e ele nem via e nem reconhecia. Pelo bem de todos, parei de trabalhar. Meu filho continuou na creche e passei a fazer trabalhos manuais
Mas… não nasci para ficar
Depressão aumentando, alguns kilos a mais, rejeitada na cama, comecei a me culpar: estou engordando, é isso. Vou emagrecer. Emagreci e a coisa continuou como sempre foi. Então não era esse o problema. Depois de seis anos de casamento resolvi reclamar. Reclamei da minha insatisfação, da minha infelicidade e o que ouvi? Sempre foi assim e você nunca reclamou, porque reclamar agora. Há três anos venho lutando pelo meu casamento. Orando, conversando, dialogando, lendo muito, mudando o que ele não gostava. Porém minha libido é altíssima!!! Se depender dele temos sexo uma vez ao mês e olhe lá. Se depender de mim, todos os dias. Sexo não é tudo, mas é muito!!!! Começamos a dormir separados por bobeira, um ia dormir mais cedo, o outro ficava na frente da TV e dormia por ali mesmo e assim foi indo. Todas as iniciativas sexuais eram minhas e comecei a me sentir um lixo. Meu marido não me desejava. Isso pra uma mulher é muito dolorido. Tentei de tudo e ele não mudava nem tentava mudar. Conversando com um grande amigo ele me aconselhou: se já fez de tudo de um susto agora.
Um belo dia, depois de uma discussão avisei: amanhã quando chegar não estarei aqui. A desculpa dele é que o trabalho é muito cansativo, que ele dorme muito cedo e acorda muito cedo… deixei naquela noite uma carta dizendo como me sentia. Dizendo que eu estava só, mesmo estando casada. Que ele não era meu companheiro em nada, que ele não se interessava em nada do que eu gosto e que me da prazer (como música, livros), que não compartilhávamos mais nada em comum e que eu me sentia apenas a mãe do filho dele e a empregada da casa. Pela manhã ele leu, mas não escreveu nada na folha, não foi me dar um beijo e dizer: espere-me chegar pra conversarmos.
*Caio, estou tentando resumir, mas está difícil!!!! Desculpe.
Arrumei minhas coisas e fui para a casa dos meus pais que é na mesma cidade.
Fui decidida a não voltar, mas com um mês conversamos e resolvemos nos dar mais uma chance. Da minha parte, eu não queria me culpar de não ter tentado. Neste meio tempo em que estava em minha mãe, Deus me deu um presente maravilhoso: um emprego em um ótimo lugar.
Caio não posso deixar de mencionar algo que talvez você não concorde, ou não entenda. Mas fiz um amigo através da Internet. Você deve pensar: que absurdo, essa internet… Mas é um homem de bem, casado, filhos, maduro, bem vivido. Há quase dois anos nos conhecemos on line e sempre houve respeito e admiração de ambas as partes. Nesse processo ele me ajudou muito me apoiando, dizendo que devia dar uma chance ao marido… nunca tivemos segundas intenções um com o outro. Mesmo que on line, mas nos “vemos” praticamente todos os dias e não tem como você ser o que não é todos os dias. Também vi o agir de Deus através da vida dele. Conversa vai, conversa vem e fui percebendo que minha vida não era normal mesmo, que meu casamento não era normal, que algo de errado havia desde o princípio e que ele era meu amigo para o que der e vier (não passar a mão na cabeça simplesmente, mas ouvir, aconselhar…).
Voltei para casa, primeiro mês foi bem, depois começou tudo de novo, tudo do mesmo jeito. Muitas cobranças, falta de sexo… e quando havia, era por iniciativa minha. Em alguns momentos pedi a ajuda dele, a atenção, o carinho. Teve uma crise em que comecei a chorar de noite porque conversava com ele, pedia um abraço, um aconchego e ele pegou o caminhão dele e foi dormir nem sei onde.
Não, ele não tem outra, disso tenho certeza.
Percebi que estava canalizando toda minha frustração e angústia para o lado sexual, mas caramba, eu precisava implorar por cama??!!
Muitas discussões e brigas. Ele dizendo que só penso nisso. Eu reclamando que não tenho um companheiro. Claro que há três lados da história: o meu, o dele e o verdadeiro. Não estou jogando toda a culpa nele não, mas confesso que tentei de tudo. Agora falar de sexo em casa vira briga. Algumas vezes não é proposital, faço algum comentário e ele já toma pra ele e vira aquele furdunço.
Semana retrasada abri meu coração para ele dizendo que já não o amava como antes, que era como uma planta sem cuidados que foi morrendo a cada dia e que estava prestes a secar. Durante aquela semana ele até foi gentil (sem cama), mas meu coração não aceita mais. Exatamente uma semana depois de ter aberto meu coração, outra discussão idiota e ele como sempre me disse coisas horríveis e nunca pede desculpas. Chegou a dizer que eu era um encosto na vida dele, que era para eu procurar um advogado, que ele não queria mais… consultei um advogado para saber como me portar, porém resolvi ainda ficar em casa e ver como as coisas caminham. No mesmo dia ele foi conversar com minha mãe à noite e ele disse a ela que não queria se separar, mas o problema é que eu só penso em sexo, Mas não é bem assim. Hoje está fazendo um mês que tivemos relações sexuais. Resolvi não procurar mais. Meu culpei de tudo quanto foi jeito. Mas sou uma mulher interessante. Acho que simplesmente acabou o tesão dele por mim (se é que houve algum dia).
Desculpe-me Caio, mas casamento sem sexo não dá. Ainda se todo o resto do “pacote” fosse bom, mas pra mim meu casamento acabou. Pra ele, se eu não o procuro e não discuto a relação está tudo ótimo, independente se estou feliz ou não. Cheguei a dizer a ele: como pode ser feliz sabendo que sua esposa está infeliz? Ele não soube responder.
Agora vem a parte mais cruel, mais difícil, mais conflitante e também a mais doce: peguei-me amando meu amigo virtual e é recíproco. Você pode me dizer (como já disseram): isso é armadilha do inimigo. Porém não procuramos isso… nos descobrimos nos amando e ele nem tem do que se queixar sobre o casamento dele.
Estou decidida a me separar. Se esse amor virtual (que não é virtual, é real) não for pra frente, não virar em nada, será uma pena. Mas minha decisão não é uma troca. Estou decidida a me separar porque não creio que Deus queira me ver vivendo a vida que levo. O homem que estou amando tem sido um anjo em minha vida. Foi a melhor coisa que me aconteceu além do nascimento do meu filho, tamanha é a afinidade, carinho, respeito, admiração, companheirismo… descobrimos que nos amamos desde sempre.
Não quero basear minhas decisões pensando nessa hipótese de um novo amor. Não quero fazer uma troca. Já sondei meu coração se não é carência minha… mas ele é o homem que eu sempre quis ter em minha vida. Ele me traz paz, conforto, segurança… mesmo estando tão longe.
Se adultério é cometido em pensamentos: sou adúltera. Mas nunca trocamos um só toque.
Para a educação que tive isso tudo é muito conflitante. Um conselho que um Pr amigo me deu foi: Você casou com um não convertido. Você sabia das conseqüências. Você só tem uma opção: se manter casada e esperar pelo milagre da restauração.
Caio, se o amor jamais acaba, acho que nunca amei. Fiz uma besteira casando e tudo o que quero agora é ser feliz, mesmo sozinha. Com tudo isso, até meu filho tem estado deprimido, em outros momentos agressivo.
Sei que se a decisão e a atitude não partir de mim, irei continuar me anulando para manter um casamento onde estarei muito infeliz.
Uma das reclamações dele é que não saio do computador. Mas primeiro e fui deixada de lado, sem atenção, depois comecei ficar no PC. Fazendo o que? Nada de mais. Lendo seu site, baixando músicas, conversando com amigos e familiares que estão distante através do MSN.
Caio, abri meu coração e escancarei minha vida.
Aguardo ansiosamente um conselho sábio seu. Mas por favor, quero que meu anonimato seja mantido, trocando nomes, idades, etc. Muitos amigos visitam seu site e seria facilmente reconhecida.
Louca eu? Talvez sim, talvez não. Só quero ser feliz.
Que a bênção do nosso grande Deus esteja sempre sobre você.
G. A.
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Resposta:
Querida amiga: Graça e Paz!
Obrigado pela confiança.
Serei simples e direto. Mas espero que você suporte a minha sinceridade.
Diga ao seu amigo que acho que ele e você se meteram numa grande enrascada.
“Mas é um homem de bem, casado, filhos, maduro, bem vivido”. Ora, ao ler isto, nem precisei esperar o resto da carta, e, disse a mim mesmo: “No final ela me dirá que o amigo virtual, em face de todos esses problemas, se tornou o amor da vida dela!”
Então, inevitavelmente, veio: “Agora vem a parte mais cruel, mais difícil, mais conflitante e também a mais doce: peguei-me amando meu amigo virtual e é recíproco.”
E, a seguir, a desculpa que todos têm nessa hora: Não estava buscando… Aconteceu!… As circunstâncias eram indutoras… Se amor é de Deus, então estamos sentindo em Deus… etc.
“Porém não procuramos isso… nos descobrimos nos amando e ele nem tem do que se queixar sobre o casamento dele.”
Lamento de todo o coração que você esteja tentando curar gripe com pneumonia e curar um tumor no dedo amputando o braço.
Sim! Lamento que para poder fazer o que é direito seu [separar-se em razão de tudo o que não existe e não é] você tenha escolhido o caminho da violação do que é direito: o adultério.
É verdade que é adultério desejar outra pessoa no coração [nas circunstancias de vocês dois]. Porém, eu pergunto: Por que em sendo na subjetividade tem que ser na objetividade? Por que se o ódio já é homicídio eu devo por conta disso matar? Ou será que tudo o que sendo verdade como realidade subjetiva do meu coração tem que se materializar apenas para que eu seja diabolicamente sincero com o meu pecado contra os outros?
“O mal jaz à porta. A ti cumpre dominá-lo!”
Nada é melhor do que a verdade simples!
O fato é: você é infeliz e já demonstrou que existe um grande abismo entre você e seu marido. Entretanto, por que você tem que sair de seu casamento fazendo ainda um outro alguém sair de um casamento no qual o indivíduo estava bem e sem queixas?
Ele não ama você e nem você a ele. Estou certo. Você verá. E vocês dois se lamentarão.
Filhos da ilusão! Acordem!
Você acha que conhece alguém por que dele recebe conselhos sábios e maduros, agora mais duros do que sábios?
Pobre de você! Nem ele sabe quem você é e nem você quem ele é. Até aqui, e até depois de um bom tempo comendo sal juntos, é que vocês poderiam começar a se conhecer. Hoje o que existe é um encontro de “personas” seduzindo suave e maduramente uma à outra; por mais que busquem se auto-enganar com as máscaras das virtudes e dos direitos.
Quem me dera seu amigo lesse meu site e visse esta minha resposta! Você tem coragem de mostrar esta carta a ele? O “amor” de vocês sobrevivi à estas verdades?
Se desejarem passar por cima da verdade e do amor, passem, mas saibam: o chão de vocês será feito de asfalto fervente!
O que fazer?
Ora, o que posso dizer é apenas “Tristeza!”
Sua existência até aqui não teve espírito. Você só tem sido alma.
Você é um ser da religião, dos ministérios, dos serviços a Deus na “igreja”. Acha-se melhor e mais entendida que os outros. Sente orgulho de você mesma… Porém, você ainda é uma tolinha da alma, pensando que essas emulações que você sente são sua libido, sem saber que de fato tudo isso tem apenas a ver com sua alma, que é a senhora de suas vida.
Sexo é seu pretexto. É claro que é bom; e sadio é aquele [a] que de sexo gosta.
Entretanto, seu problema não é sexo. Sim! Pois mesmo que seu “maridão partisse pra dentro todo dia”, você hoje estaria reclamando disso; dizendo que você gosta de sexo, mas não assim, com tesão de italiano grosso; e que seu ideal de homem seria uma pessoa ávida, mas delicada, e que saiba “trocar” com a mulher e respeitar o desejo dela também.
Ah! Quanto você ainda padecerá até entender a verdade sobre você mesma!
Seu casamento não existe se você não ama seu marido. Ou se ele está com você apenas porque é confortável para ele. Ou seja lá porque razão… Basta isso. Não precisa buscar razões e razões…
Somente gente casada não se separa. Os que têm um diploma conjugal, mas que não se amam, mesmo estando “casados”, de fato estão apenas cumprindo um contrato. Entretanto, não é com desculpas que se resolve isto, mas sim com verdade.
Mas o que posso dizer além do que já disse?
Você fará o que quer de qualquer modo!…
E seu “amigo” terá o que deseja!… Até que vocês dois vejam que ninguém é feliz chamando “crueldade” de um problema!…
Um dia seu amigo acordará ao seu lado e pensará: “Meu Deus! O que eu fiz? E tudo apenas porque fiquei enfatuado pelo amor que ela declarou por mim!… E também porque meu sonho sempre foi ser objeto sexual de uma mulher crente que me usasse até não poder mais… Mas isso aqui não era o que eu fantasiava!…”
Sinto muito por você. Sinto muito pelo seu amigo! Mas sinto muito mais pela família dele!… E mais ainda pelo que a vocês acontecerá num futuro não distante!…
Quando acontecer me escreva. E quisera eu estar enganado!…
“Concedeu-lhes o que queriam, mas fez definhar-lhes a alma!“ — diz o salmo.
Quando você se converter à verdade de Deus acerca de você mesma, então me entenderá. Por enquanto, como você já preveniu, eu sou “um daqueles que dizem…” seja lá o que for em contrário.
Entretanto, ainda que tenha escrito coisas duras de ouvir, sei que cada uma delas levou em consideração apenas aquilo que se eu não dissesse não seria manifestação de amor por você.
De tudo o que lhe disse sei que você ficará empacada na minha declaração de que você tem vivido da alma e não do espírito. Todavia, se não me compreender agora [leia no site sobre “homem psíquico e homem pneumático”; e muitos textos sobre viver da alma ou do e no espírito], um dia, no entanto, você me entenderá muito bem; e espero que não seja tarde para nada bom.
Mas peço: leia-me com seu melhor coração, pois, para mim, fácil seria nem responder a sua carta, ou apenas lhe dizer o que lhe agradaria os ouvidos, mas que seria falsa profecia sobre a sua vida. Portanto, é seguindo a verdade em amor que lhe digo tudo isto.
Certo de que nada podemos contra a verdade senão em favor da verdade, deixo com você minhas orações.
Nele, em Quem ninguém dribla a verdade,
Caio
01/12/07
Lago Norte
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