CENTRAURO: A LIBERTAÇÃO-4
Rm 7-8
Você já sabe que o Centrauro vive uma guerra permanente entre o instinto e a consciência. Já conheceu suas crise de ser, sua saída garantida na Graça, seu sofrimento quando mergulha apenas em si mesmo—e agora saberá da libertação Centrauro.
O Centrauro é tanto mais Centrauro tanto mais instintual ele for.
Quando se deixa tomar pela instintualidade o Centrauro mergulha em toda sorte de animalizações de sentimento: tristezas terrenas, saudades históricas, perdas e prejuízos pessoais, descrédito ou insucesso, são coisas que centraurizam terrivelmente.
A entrega ao instinto é entrega à necessidade—mesmo quando é psicológica.
Daí Paulo dizer que o caminho da cura para o Centrauro é o pendor para o Espírito, de onde procedem a alegria, justiça e paz.
As forças do instinto operam baseadas na morte como referência, tipo: tenho que aproveitar agora se não o tempo não vai permitir.
O nome da oportunidade é tempo; e o tempo é o tirano da necessidade, pois empresta a ela a sua urgência.
Esse pendor do instinto dá para a morte—afinal, está escravizado pela necessidade que só se realiza no tempo.
E a referencia do tempo é a morte.
O Centrauro começa a viver como gente quando sua instintualidade começa a ser subordinada pela sua consciência.
E essa consciência é mídia do Espírito em nós.
Assim, quanto mais as inclinações do Centrauro forem para as coisas do Espírito, mais ele estará alimentando a consciência com o poder que subordina o instinto.
A questão que é isto não é uma formula a ser praticada como disciplina.
Tal tentativa adoece e produz neurose.
“A lei do Espírito e da Vida em Cristo Jesus, te libertou da lei do pecado e da morte”—é a certeza de Paulo sobre o assunto.
Tudo começa com a certeza em fé que garante ao Centrauro que ele está salvo de seu inferno interior—a doença da culpa e a culpa da doença—e que isto foi realizado por Jesus—está pago—, e que a apropriação do benefício é pela fé.
Depois é que vem os nutrientes do ser.
Alimente o instinto e ele crescerá e sobrepujará a consciência. Alimente a consciência e ela não satisfará as concupiscências do instinto.
A releitura de Romanos 8—todo o capítulo—mostrará a você como acontece esse crescendo de certezas, intimidades, penhores, juramentos, vínculos, afirmação de amor incondicional—tudo da parte de Deus para conosco!
E é essa escada de invisíveis degraus que nos leva em fé até aquele lugar de ser onde a consciência pacificada convive harmoniosamente com o instinto, pois, este foi subordinado e agora se expressa com o melhor de si.
É para lá que estou caminhando e pedindo a Deus para crescer nessa graça todos os dias.
Quem acha que já alcançou, ainda não entendeu nada.
Isto aqui não é blábláblá.
É o alfa e o Omega do trajeto humano na Terra—no caminho de ir do puro instinto à consciência harmonizada ao instinto e este dócil amigo de vontades mais vinculadas ao amor.
Caio Fábio