Centrauro: o homem mais primitivo-1

CENTRAURO: O HOMEM MAIS PRIMITIVO-1

 

Rm 7—todo o capítulo.

 

 

Esta é a luta de sempre—ou melhor: desde que a consciência-de-si apareceu no ser humano como conflito, na Queda.

 

Paulo declara em Romanos 7 que essa é a luta essencial.

 

O instinto milita contra a consciência profunda.

 

O querer é da consciência.

 

O realizar é do instinto.

 

A consciência sabe que sabe.

 

O instinto sabe que precisa.

 

A Queda estabeleceu a ruptura essencial—e esta veio a crescer com as produções secundárias da culpa, condicionadas por tabus, fobias, controle, poder, crença, cultura.

 

Depois da Queda o que um dia estava alinhado, desalinhou-se.

 

Pendeu.

 

Perdeu o prumo, o equilíbrio—errou o alvo.

 

Antes havia uma consciência no instinto e um instinto na consciência.

 

Depois passou a haver uma divisão, uma guerra, um antagonismo.

 

Daí Paulo usar a linguagem da guerra: milita contra…

 

Assim, o instinto cresceu para virar pulsão, compulsão, comichão, vício, obsessão, tara, loucura—tudo dependendo do nível de escravidão que gere no instituado.

 

Já a consciência se estabeleceu como dever. Assim, quando pensa que sabe é porque já sabe que deve.

 

Esse encontro entre o instinto adoecido e a consciência enferma é a combinação de elementos que nos aniquilam ao mesmo tempo em que constituem nosso ser hoje.

 

Somente o trabalho do Espírito, mediante a consciência em fé na obra consumada por Jesus na Cruz e na Ressurreição, é que pode deflagrar o processo de rejunção pacificada desses estados irreconciliáveis pela própria natureza.

 

Esse será o tema de Paulo no capítulo 8 de Romanos.

 

Falaremos sobre isto depois.

 

Caio