COM TODO AMOR PELO PAI!
Deus é Pai. E, sendo Pai, deixa Seus filhos crescerem. Assim, aprendemos que o Pai cria as circunstâncias para que os filhos se desenvolvam. Ora, tal desenvolvimento implica
É o Pai quem diz que filhos devem deixar pai e mãe a fim de eles mesmos tornarem-se capazes da maturidade de pai e de mãe.
O Pai força os filhos a crescerem!
Por isto Ele lhes impõe limites: uma Árvore. Diz que desobediência implica em conseqüências ruins. Avisa que a morte existe e pode alcançar a qualquer um. E mais: mesmo reconhecendo as tentações da Serpente, ainda assim distribui as responsabilidades em relação ao homem e à mulher. E a fim de que não se imbecilizassem eternamente, proibiu o acesso à Árvore da Vida; do contrário, seriamos todos uns diabos mimados e perdidos para sempre.
Assim, o Pai ensina que não se fazem homens num mundo caído, sem dor e sem suor na face.
Neste mundo caído tudo tem que ser avalizado pela dor e pelo amor. Um homem sem a experiência da dor jamais conheceria o amor num mundo caído. Sim! Pois o amor nasce das dificuldades e da perseverança do bem contra todos os obstáculos.
O amor não é um sentimento, mas uma decisão do espírito. Sentimentos de amor não amam para sempre. O amor, porém, com ou sem sentimentos, ama sem sentir.
Entretanto, o que parece é que o homem somente é capaz de conhecer a Deus na viagem de retorno para casa; pois, estando em casa sem jamais ter de lá saído, quase nunca consegue discernir a bondade do Pai, a não ser que “caia em si” numa “terra distante” do Pai.
Então diz: “Pai! Ó meu Pai!”
Entretanto, tantas quantas sejam as escolhas equivocadas do filho, o Pai o deixará ir… E ficará esperando.
O Pai ‘aposta’ tudo. Deixa o filho adulto entregue a si mesmo para que aprenda. Sim! Pois jamais amaria Seu filho se o poupasse de escolher a fim de saber e aprender.
Não haveria Amor verdadeiro num Paraíso sem uma Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal!
Assim, como Ele é Pai e Deus, usa todos os elementos desta vida a fim de moldar a consciência de Seus filhos, conforme as escolhas de cada um.
Enquanto isto o homem pensa que está lidando com a Natureza, o Mercado, os Amigos, os Amores, a Política, o Social, o Psicológico, o Espiritual e o Cosmo.
Entretanto, o que está em operação é mão do Pai usando as escolhas humanas no contingente circunstancial da existência natural e sistêmica, permitindo que até o Diabo faça parte do processo levando sua própria culpa e juízo.
Deus é Pai. É meu Pai. Sou Seu filho. Somos um apesar de mim; e isto somente por causa do Filho, que com o Pai é Um em perfeição também por mim.
Assim, por causa da obediência de Um, todos os demais filhos têm seu lugar no amor do Pai. Porém, foi o amor do Pai que enviou o Filho para que todos os homens pudessem crer como é o Pai e como deve ser o homem, segundo a imagem do Irmão Maior, Jesus, que também é o Filho, segundo a imagem do Pai.
Por isto digo hoje:
Aqui estou ó Pai. Fazendo longa jornada. Morrendo e ressuscitando dos mortos muitas vezes. Voltando de terras distantes vezes sem conta. Traindo o Teu amor enquanto fazia para fora a Tua vontade. Alegrando-me em Ti e em mim mais ainda. Até que Teu amor tanto me amou que me feriu. Aleluia! Sim! Pois Teu amor de Pai me fez andar pelo vale da sombra da morte a fim de que eu aprendesse que Tu estás sempre comigo, mesmo quando não estou contigo.
É também no Teu amor e no Teu modo de amar que tenho tentado aprender a amar os meus próprios filhos. Sim! Buscando fazer como Tu fazes. Pois tu amas; e, por isto, falas, tocas, ajudas, ensinas, admoestas; porém, também esperas, longas esperas; e sempre crês que Teus filhos aprenderão a ser Teus filhos.
A grande dádiva do Pai aos Seus filhos, disse Jesus, é o Espírito Santo. Assim, a maior dádiva de um pai aos seus filhos é a dádiva de um bom espírito, em qualquer circunstancia da vida.
O que aprendi de mais importante com o amor do Pai é que o amor só nasce na experiência múltipla da vida; e, por isto, acato tudo na certeza de que me fará crescer no espírito da vida, que é o Espírito Santo de Deus, que é amor como espírito.
Nele, que me alegra o coração,
Caio
25 de julho de 08
Lago Norte
Brasília
DF