COMO SABER SE AMO O MEU MARIDO?



Oi Pastor! Tudo bem contigo? Gostaria muito de me entender melhor e conseguir agir com a certeza de que as decisões tomadas foram as corretas. Pastor em outra carta lhe disse que não amo meu marido. Já disse que ele é gente boa e tem feito tudo pra me reconquistar. Tenho uma filha que o adora. E hoje sinto dúvidas… Não sei o que é o amor. Gostaria muito de ter certeza se o amo ou não. Como poderia obter essa certeza?? Hoje nosso convívio está em paz. Gostaria de amá-lo ou ter a certeza do que realmente sinto. Reli a sua carta e estou me agarrando as suas palavras finais. “Limpe seu coração. Faça silêncio. Acalme a alma. Busque a Deus. Ande em serenidade. Não se apresse. Confie. Entregue cada caminho seu a Ele. E o mais, sem poesia, Ele fará. Se você não aloprar, Deus vai endireitar as suas veredas interiores, e, a partir delas, refazer os caminhos da vida, e também do lado de fora de sua existência. Mas tenha paciência, e não force o caminhar. Na dúvida, o melhor agir é agir pelo não-agir! ‘Aquietai-vos e sabei que eu Deus’—é a Palavra da hora.” Estou lendo sua carta a cada minuto de meus dias. Obrigado pelas palavras. Gostaria imensamente de ter certeza de meus sentimentos. Obrigado pela atenção. Um forte abraço. ______________________________________________________________________________ Resposta: Minha querida irmã: Graça e Paz! Se me lembro bem você disse em outra carta que seu pai nunca assumiu você e sua mãe, e que você foi “molestada” por um tio, na infância, e que gostou, permitindo a ele que a estimulasse com “toques”, de tal modo, que nunca teve problemas em se excitar, tendo casado virgem, porém, nos namoros, fazendo de tudo, menos permitir a penetração. Nossa correspondência foi toda em cima do fato de que você não sabe se ama o seu marido ou não. Pedi a você calma! Quando lhe perguntei sobre seu pai e sua mãe, o fiz porque creio que a gente aprende a amar com pai e mãe. Na maioria das vezes as pessoas desenvolvem o que seja o significado de amar conforme o amor que viram acontecer entre pai e mãe, ou conforme o amor que receberam de pai e mãe. A afirmação de que você foi molestada pelo tio, e que gostou do excitamento provocado, também ajuda a perceber em que nível pode andar a sua confiança em relação às figuras que deveriam ter lhe oferecido amor verdadeiro em sua vida, mas não o fizeram, apresentando-lhe apenas o sexo como padrão de bem estar. Talvez sua dúvida venha de seu desejo de repetir o mesmo excitamento, mas seu marido não é o seu tio. Assim, para você, sexo é excitante, mas o amor é um desconhecido! Na minha opinião você teme amar, pois, não acredita na recíproca; e isto mesmo quando o outro (no caso: o seu marido) oferece todas as evidências do amor. Você acha que não o ama apenas porque não acredita em amor. Ora, enquanto você não acreditar nele, ele fugirá de você; e você o terá à mão, mas não o apanhará para você mesma. Minha sugestão a você é simples: Entregue-se sem reservas ao amor de seu marido, e não busque conceituar o amor, mas apenas ame. Perde-se muito tempo na vida com questões que não existem… Amor é apenas o desejo de ser, pertencer, se dar, receber, cuidar, proteger, respeitar, aceitar, e querer… Não se perca nesse emaranhado de questões sobre o verdadeiro amor, pois, tais questões, não levam a nada. A única maneira de amar é amando! E, para isso, basta a gente se oferecer sem medo, e não buscar grandes certezas. A busca das grandes certezas já é fruto de seu medo de amar, e que vem de sua infância, especialmente no que tange ao descaso de seu pai para com você. Entregue-se ao amor e ele achará você para além de qualquer dúvida! Abrace seu marido com ternura. Veja a dádiva que você tem em sua casa. E não boicote a sua própria felicidade, deixando-se atormentar pelos fantasmas do passado. É simples, mas é isso aí! Receba meu carinho e minhas orações! Nele, que não conceituou o amor, mas amou até o fim, Caio