—– Original Message —–
From: CONVERTENDO PASTOR EM GENTE – II
To: Caio Fabio
Sent: Friday, November 24, 2006 4:54 AM
Subject: OBRIGADO…PELA LUCIDEZ
Caio,
Bom dia amigo.
Saudades.
Que lúcida esta reflexão. Estou encaminhando aos pastores do meu mailing.
Tomara produza algum fruto neles e em nós; e em mim especialmente.
Amigo, lendo isto, dá vontade de largar tudo e viver no deserto.
Quanto tempo perdido. Quanta loucura. Quanta doença. Quão maligno é tudo isto. Meu Deus, o que fizeram conosco? O que fizemos com nós mesmos? O que fizemos com outros tantos? Será possível parar, estancar esta roda viva? Sinto-me engolido neste abismo de formas, estereótipos, padrões, que, às vezes, já nem sei quem sou.
Felizmente estou no Caminho da Graça. Hoje sei que sou mais uma ovelha, mas, pagando um preço muito alto por não conseguir ter permanecido à altura das expectativas dos outros.
Deus te guarde meu amigo, irmão, ovelha do Grande Pastor.
Graça, muita Graça, paz, muita paz e muito bem a você, Adriana, seus queridos e a todos do Caminho em Brasília.
Beijos.
Carlos Bregantim
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Resposta:
Amigo meu: Graça e Paz!
Sim! É uma loucura. Tão grande ela é que não é vista. Afinal, que ser enlouquecido enxerga sua própria insanidade?
Mesmos aqueles que, estando no “esquema”, dele se queixam, ainda assim não têm idéia da profundidade de seu condicionamento de doença ao padrão do que não é humano; e, menos ainda, nada tem a ver com Jesus.
Comecei a ver em mim, de modo bem lento, os traços do que descrevi no texto CONVERTENDO PASTOR EM GENTE. Sim! Foi bem lenta a percepção. Na realidade eu sempre via liberto “daquilo”, ainda que, depois de uns anos, servisse a maior parte do tempo dentro do esquemão.
Entretanto, ninguém serve dentro do esquema e fica imune. Lentamente a pessoa vai sendo engolida, suavemente, pelas chupadas dessa imensa sanguessuga, que, ao morder, anestesia a dentada, e a gente não sente quando vai sendo sugado e engolido.
Depois de romper com tudo o que julguei e julgo não ser Palavra do Evangelho, e depois de brigar pra mostrar que a loucura é não fazer isto, decidi outra coisa nos últimos dias. Sim! Decidi que vou voltar ao início simples de tudo.
Desse modo, ontem mesmo fui escolher um lugar público no qual pregarei ao ar livre todas as terças-feiras, na hora do almoço, no Parque da Cidade de Brasília, sempre de 12 às 14 horas.
Quero voltar às ruas. Ao povo. Dar o que me resta de vida e energia para a pregação aberta, como fez o Senhor.
Minha mente está livre de tal padrão adoecido. Agora, entretanto, creio ser a hora, em minha vida, de voltar ao que é essencial. E isto não como conceito apenas, mas como prática simples.
Também decidi que aqui nós vamos levar o povo uma vez ao mês para a relva. Sim! Todos, com seus familiares e amigos, serão convidados para sentar no chão, literalmente, e ouvir o Evangelho.
Não irei para um lugar público encher o saco de ninguém como num “ar livre”. Entretanto, informarei a todos onde estarei sentando esperando quem quiser, porém, ao ar livre.
Papo de praça sobre o Evangelho!
Sinto que esses pequenos gestos têm grande poder. Assim como é poderoso estimular os irmãos a quebrarem o padrão sacerdotal-profissional, batizando eles mesmos os que forem crendo na Palavra.
Não aceito nunca mais não ser gente para ser qualquer coisa. Aceitar é consentir com o diabo!
Amo você, a Lau, sua casa, e, sobretudo, amigo, sua vida e reverencia para com todos e para com a verdade de Deus.
Receba meu beijo muito cheio de ternura, e o transmita aos amados da Estação de São Paulo.
Ah! Boa Ceia do Senhor no próximo domingo!
Nele, que é o Caminho, e que nos chama para vivermos nosso caminho Nele, porém no chão do caminho de todos os humanos,
Caio