De 1998 à 2003

(atencao, meu computador esta’ sem acento. Amanha estara’ recuperado)
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E’ a solidariedade na Graca aquilo que faz de homens, irmaos; e de irmaos, homens!
Talvez, entre outras coisas, tenha sido tambem para isto que Deus permitiu que eu tivesse minhas calamidades—e assim pudesse encontrar os meus irmaos entre os homens!
A outra razao—entre tantas—foi possivelmente para libertar-me de mim mesmo como referencia historico-semi-canonica.
Antes, eu sei, em muitos lugares eu era citado como se fosse Paulo.
Nao era por nada a nao ser porque os irmaos nunca terem podido negar que eu sempre preguei o evangelho, nada alem ou aquem do evangelho da graca de Cristo.
E o mais assustador ainda para alguns foi o fato que eu, mesmo mergulhado nas maiores contradicoes pessoais, jamais usei o Evangelho a meu favor—mas sempre contra mim, ja’ que eu sabia que Aquele que era por mim era maior do que eu: assim, sofri tudo como um homem que ja se sabia perdoado por Deus.
Quem e’ por mim, e’ maior do que eu mesmo consigo me fazer ser contra mim mesmo.
Aprende-se muito quando para aprender tem-se que viver e nao apenas ler um bom livro…
Muitas, entretanto, foram as dores, de todos os tipos e nuances psiquicas e de humor; de atitude e de amargura; de culpa e de inocencia; de perdao e tambem razoavel de compreensao, na maioria dos casos!
Algumas resistentes espadas, entretanto, sao incasaveis!
Quis Deus que eu as expirimantasse como cortes de vergonha, de tristeza, de panico, de odio, de pena, de iras subitas, de temores por coracoes queridos, de cuidado com as aflicoes dos pais, e de compreensao das diversas percepcoes sentidas por muitos—enquanto eu nao podia nada alem de assisti-las em total impotencia.
Essa espada, na maioria das vezes, serve-se de todas as coisas que se tornam publicas e viram toque de trombeta, midia—e’ o neme de hoje!
Hoje eu sei que tinha que ter sido como foi…
Depois de um tempo e’ que o homem de fe assume como certeza de sempre, aquilo que pela fe ele precisava conhecer como homem, a fim de dar testemunho de uma graca, aos olhos humanos,ainda muito maior: os meritos da Cruz sao a unica salvacao do pecado e das neuroses que dele adveem. Especialmente da mae das neuroses: a responsabilidade messianica atrelada a imagem!
Asim, cairam as penas do engano…
Sem imagem, sem reputacao, sem autoridade…nunca melhor!
Eis que a imagem ganhou carne, a reputacao deu lugar a consciencia e a autoridade foi banida para onde e’ seu unico lugar: a soberania de Deus.
Hoje estou aqui. Os jornais tentam me fazer cumplice de algo que eles mesmos sabem que nunca acontececeu me envolvendo em nenhum dos niveis que tentam fazer crer—buscando envolver-me numa trama importante, e que vim muito mais a conhcer qual era, cerca de quatro anos depois, e pela leitura de um livro intitulado “Cayman, o Dossie do Medo”.
E pensar que em novembro de 1998 quando as primeiras noticias ligavam meu nome ao mesmo tema, porem, do outro lado da historia de hoje, e de como eu me angustiava como se fora Jonas no ventre do grande peixe!—engolido pelo monstro, porem conscio de se mesmo: ja morto, mas nunca com tanta vontade de sobreviver!
Esse estado e’ de pura e indizivel angustia.
O ar se cristaliza. Respira-se vacuo. O corpo devora o proprio corpo, a alma a propria alma e o espirito nao se deixa achar. A pele arde incendiada por fogo tanto quanto quase quebra de gelada; os ossos viram cambitos; os nervos se encanam como se o sangue virasse agua gelada numa casa nao aquecida no inverno do Artico. O Artico e’ voce, meu querido cidadao dos tropicos!
Ainda nesse dia…
A visao de fora e’ em camara lenta. A velocidade de dentro, no entanto, e’ de milhares de frames por segundo. Quanto mais voce segura o chao, mais ele lhe foge… O mundo nao existe mais para ninguem so’ para poder existir naquela hora so’ para voce.
Quando o olhar de todos os outros e’ mal, voce deixa de querer que o mundo tenha voce no centro dele…
E ..continua…por um tempo e’ so o que acontece…continua…
A morte chegou e voce vai assitir de perto e de longe o seu fineral.
Ah! Esse dia…
Nele voce conhece o significado de cada coisa. E descobre que pouco e’ necessario, mesmo uma so’ coisa.
Mas hoje e’ hoje nao e’ ontem…
Que diferenca em apenas cinco anos!
Naquele tempo o episodio—alias, todos eles—misturavam-se num processo de retrolimentacao de culpas, faltas, dores e reconhecimento de pecado, insensatez e angustia pulsante.
Hoje cada coisa virou cada coisa…
As que concerniam a Deus com Ele foram e sao tratadas—sob o doce olhar da Graca!
Ha, todavia, aquelas coisas que dizem respeito ao mundo dos homens…
E nesse “ estado” o que menos existe e’ realidade, mas tao somente imagem, reputacao, interesses e pulsoes que militam na carne e pelas razoes mais irracionais.
Ora, eu sei disso!
Por esta razao, e’ que nao olho para isto como sendo nada, pois, tudo aquilo que e’ constituido pelos elementos acima, conforme o Evangelho—que manda julgar nao segundo a aparencia, mas conforme a reta justica—vejo-as no seu proprio lugar: encenacoes de um mundo que conheco a falsidade e o interesse, e que alimanta-se dos conteudos das visceras do intestino grosso da humanidade.
Estar liberto e pacificado me da’ grande alegria!
E mais: me deixa sem ter temor de nenhuma dessas coisas, pois nunca me enquadrilhei a quem quer que seja nesta vida—muitos “ pastores” que se sentiram rejeitados que o digam!
Daqui para frente, tenham certeza, sofro apenas pelo Evangelho e por mais nada que nao lhe diga respeito em minha vida e na vida de meu proximo.
Sempre vivi no, do e para o Evangelho. Como nunca, agora, me sinto no descanso de quem esta’ a caminho de viver ate’ mesmo nas minhas emocoes, conforme o Evangelho.
Bem-aventurado seja Pedro, que dormia no carcere na noite que ante-cedia o dia em que seria executado!
Vem, o’ vida!
Arranca de mim mais louvores a Deus!
Vive em mim, o’ Senhor!
Faz-me louvar teu Nome!
Que a paz seja com todos,
Caio Fabio
(tambem nao corrigi nada. Nao poderia deixar de falar de meu assento en paz, so’ pela falta de acento na letra e de correcoes nas palavras. Quem ler que entenda).