Desejo Por Deus, Por Um Homem, e Pela Paz!
—–Original Message—–
From: Some One Quer Encontrá-Lo! Sent: segunda-feira, 11 de agosto de 2003
To: [email protected]
Subject: Quero Conhecer a Deus!
Mensagem:
Querido e amado Caio,
Leio muito o seu site, navego mesmo…
Não sei se alguém já falou com você sobre isso que gostaria de entender; se alguém já perguntou, e eu ainda não li, por favor, me perdoe.
Minha questão:
Não consigo entender o que é ter um encontro com Deus.
Eu só conheço a Deus de ouvir falar; aliás, já de muito tempo que ouço falar de Deus; ouço testemunho de irmãos que com tão pouco tempo de convertidos contam encontros com Deus cinematográficos…
Eu fico tão frustrada…pois não sei o que faço…
Sinceramente gostaria de conhecer Deus realmente, de ter uma vida em comunhão com Ele…
Quando converso com algumas pessoas, elas dizem para que eu O busque de todo o coração…
Acho que não sei como buscar a Deus…
Às vezes, acho que Deus não me quer ou que eu não sirvo para Ele, que sou um vaso de desonra…
Isso porque faço o que não quero fazer; e o que devo fazer, eu não faço…
Tenho consciência disso…
Aí é que sofro ainda mais…
Estou em uma aflição danada…
Eois estou apaixonada por um casado, e sei que ele gosta de mim…
Quero sair dessa relação e não consigo…
Me ajude, por favor.
Sei que isso desagrada a Deus, estou errada!!!
Choro aos pés de Deus pedindo ajuda, mas ela não vem…
Não sei mais o que fazer!!!
Escrevo, pois sei que o Senhor conhece a Deus.
Gosto muito do senhor, há muito tempo.
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Querida amiga em Cristo:
Muitos cristãos sofrem do seu mal.
Sabe qual é?
A comparação.
Você já ouviu histórias de amor?
Já percebeu que todas elas são diferentes?
O que há em comum é apenas o encontro entre os seres. Mas até as manifestações de amor são diferentes.
Uns explodem de paixão!
Outros sentem o crescimento de algo sólido, inabalável.
Outros precisam pensar que “perderam” um amor, fim de encontrar outro.
Há também aqueles que pensam que ainda não haviam achado, até que realizam que haviam sim, só não o sabiam por terem tido “outras referencias” a fim de, equivocadamente, balizarem aquilo que não tem parâmetros exteriores: o amor. Esse são os que só descobrem que amavam mesmo, depois que não podem mais voltar, pois, já foram…
Encontrar a Deus não é exatamente assim.
É parecido com isto, só que com uma diferença:
Ninguém se entrega pra ser enganado; e muito menos também para se enganar. Ninguém se encontra enganada-mente com Deus.
Encontrar com Deus é como encontrar a verdade do amor.
Vem de muitas formas diferentes, mas realiza o mesmo bem.
O problema é que há uma industria de encontros com Deus, e que toma “referencias pessoais”, e tenta fazê-las bens de consumo para todas as almas humanas.
Você já viu como a torcida do Botafogo é diferente da do Flamengo?
Será que os botafoguenses amam menos o seu time por serem mais discretos na torcida?
O encontro com Deus não tem seus aferidores do lado de fora.
O encontro acontece nos ambientes do coração.
E não há parâmetros.
Lembra do C.S.Lewis?
Ele descreve seu encontro com Deus como algo sem qualquer pirotecnia.
Terá sido um encontro inferior ao de Paulo?
É claro que não!
Quantas pessoas tiveram ou têm, na História da Fé, a mesma experiência de Paulo para contar?
Os apóstolos, à exceção de Paulo, foram se convertendo sem sentir…
De fato, sem fé é impossível agradar a Deus.
Esse é o problema, pois, a fé não necessariamente se faz acompanhar de grandes terremotos ou expressões exteriores.
Se assim fosse, não seria fé.
Andamos não conforme vemos, mas conforme não vemos.
A fé caminha sobre o nada, vê o invisível, e crê naquilo que nunca poderia ser possível para nós mesmos como já sendo nosso.
É maravilhoso quando vemos coisas.
Quem não gosta?
Mas pobre daquele que basear a sua fé em emoções, impulsos, sinais milagrosos, ou qualquer coisa extraordinária!
A palavra chave é Confiança!
Confiança é a fé que se entrega à fidelidade de Deus.
Enquanto você chamar para você o estabelecimento da relação com Deus, você apenas sofrerá.
Se você andar na Confiança saberá que a responsabilidade é de Deus.
Ele é aquele que justifica ao que não trabalhou, mas que creu no amor que justifica aquele que mesmo não tendo feito por merecer, apareceu pra “receber” na hora da Boa Paga, em razão de crer no coração gracioso Daquele que tem o que dar a quem não fez por merecer.
Afinal, todos não merecem, e, por isso, todos precisam da Graça de Deus.
Quem entende isso e assim crê, não tem mais essa crise de conhecer ou não a Deus. Nem mesmo quando está vivendo s sua situação afetiva. Mas falo sobre isto depois.
Eu amo a Deus em Segundo porque Ele me amou em Primeiro.
Ele é o Pole Position!
Então, relaxe, ande em fé, deixe tudo com Deus, confie, e não se compare com ninguém.
A fé que tu tens, tem-na para ti mesma!
E essa Palavra não está longe.
Não está no céu pra que ninguém diga: como farei para trazer Deus a terra?
Não está no abismo pra que ninguém diga: como farei pra trazer o Salvador dentre os mortos?
Pelo contrário, a Palavra está aí, na tua boca e no teu coração!
Pois, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e no teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, tu serás salva; porquanto com o coração se crê para a justificação, e com a boca se confessa acerca dessa já tão nossa salvação!
Quanto ao mais, ande…com Deus!
E nisto incluo a situação na qual você está vivendo agora.
Sabe, além de você sofrer das falsas padronizações de “encontro com Deus”, você ainda carrega culpa.
Veja, digo: culpa.
Culpa é um fato existencial a ser constatado.
Pecado é aquilo que de verdade apenas Deus imputa, pois, somente Ele conhece os segredos do coração.
Portanto, não falo de pecado. Quem convence de pecado é o Espírito Santo. E Ele convence de pecados não conforme os desígnios dos homens que julgam, mas conforme a reta justiça, que somente Ele, de fato, conhece.
Se eu pudesse convencer alguém de pecado, eu mesmo não mais pecaria, pois, a primeira pessoa que eu convenceria para sempre, seria, obviamente, eu mesmo; e também nem se eu mesmo teria necessidade do Espírito Santo.
Por isto, repito: falo de culpa.
E culpa eu sei que você a está experimentando; seja como sentimento, seja como valor da verdade de Deus em você.
Sentimento de culpa é quase sempre condicionado pela moral vigente e pelas nossas próprias neuroses, especialmente as familiares e religiosas. Daí tal pessoa se perturbar, mas nunca se deixar conduzir à paz. Ao contrário, na maioria das vezes, essa culpa se instala como uma doença psicológica. E só tende a se agravar. E mais: dentre as muitas variáveis desse mal-psicológico, há dois que quero ressaltar: nesse estado experimentá-se quase sempre a Deus como distancia; ou, em outros casos, como fogo abrasador. Se a gente persiste, o sentimento pode virar neurose ou cinismo.
Até aqui nós estamos falando apenas da dimensão psicológica da culpa.
Mas existe também o sentimento de culpa que é fruto do convencimento do Espírito acerca do valor da verdade de Deus, aplicada ao que Deus chama de verdade e entendimento dado por Ele ao coração de cada ser humano que recebeu o Seu testemunho no espírito.
Ora, é impossível que se esteja vivendo com qualquer dos dois cenários, e, no mínimo psicologicamente, não se sentir como você está se sentindo.
Tudo o que disse até agora é apenas preâmbulo para o que de fato desejo afirmar a você.
NINGUÉM CONSEGUE SER FELIZ NEM MESMO COM QUEM SE AMA, SE O FUNDAMENTO DESSA “NOVA VIDA” FOR ERGUIDA SOBRE A CULPA.
E, saiba, nesse caso, tanto faz se se sofre de sentimento de culpa ocasionado pelo juízo de terceiros, ou se trata-se de culpa real, imputada por Deus.
Nesse caso, conforme a confissão vinda de sua própria pena é a de que “ele é casado”—e você contou isso em desespero!—; creio que, até mesmo se for verdade o fato de vocês se amarem, será bom e necessário que vocês se afastem.
Que ele se separe por suas próprias razões. Mas não por sua causa, mesmo que hoje você seja a causa; todavia, se você é hoje a causa, é porque já havia uma causa anterior; o que faz de você a causa factual, mas não a explicação da causa anterior e subjetiva; pois, se não fosse assim, vocês não estariam nem mesmo tendo um caso.
Digo isto porque sei quais são as energias que emanam desses desastres; e sei que elas podem separar até mesmo pessoas que se amavam ou poderiam vir a ter uma vida boa juntos.
Todos os dias eu leio aqui o testemunho de pessoas que atropelaram os processos, e que agora não conseguem ter nenhuma paz para construir aquilo que almejavam.
Aí o amor cai doente!
Outro dia eu li algo que me fez ver que essa minha conclusão tem até mesmo fundamento estatístico.
É estatístico apenas porque é um fato.
E só é um fato constatável porque se repete.
E se se repete é porque é um fenômeno.
E se é um fenômeno é porque segue os parâmetros mínimos de alguma lei.
E, nesse caso, não importa muito que lei seja; o que importa é não conhecê-la como estatística de desastre pessoal, mas como algo que possa vir a ser a nosso favor.
Ora, isto no trás de volta ao princípio de tudo:
NINGUÉM CONSEGUE SER FELIZ NEM MESMO COM QUEM SE AMA, SE O FUNDAMENTO DESSA “NOVA VIDA” FOR ERGUIDA SOBRE A CULPA.
Portanto, certamente será melhor vocês decidirem se querem mesmo ficar juntos; pois, se o desejarem, o melhor que farão é se separarem.
Além disso, eu detesto a palavra “gostar” quando se trata de algo tão grave.
Você disse que gosta dele e que ele gosta de você.
Que bom!
Mas pra se entrar numa tempestade dessas tem que haver muito mais que gostar…
Gostar fica razoável pra namorico. Mas pra se correr o risco da gravidade que você está correndo, gostar vira absolutamente nada.
Você pode estar até mesmo viciada sexualmente no gostar.
As pessoas precisam admitir que achar uma transa gostosa não é necessariamente amar.
Especialmente quando o coração está vazio e carente.
Aí, fica mais gostoso que de fato possa ser gostoso sem a culpa.
Mas é só isto!
Portanto, se é gostoso, é normal—e nesse caso a culpa até contribui pra ficar ainda mais nervosa, culpada e excitadamente gostoso!
Mas não pode ser só isso!
Se for só isso, então, eu digo: faça qualquer coisas, até um mal menor; mas gostoso por gostoso, tem muita coisa boa por aí que não implica em acabar com o casamento de ninguém!
Por isso, veja, de verdade se vocês se amam. E, se se amarem; então, separarem-se; pois será ótimo a fim revelar o quanto vocês se amam mesmo.
Quanto a você não fazer o que sabe que deve fazer—conforme Romanos 7—, quero dizer que você está em boa companhia: Paulo também tinha esse problema!
Mas se você chegar a Romanos 8, você verá que o que pode nos dar força até para vencer a cada dia essa psicose essencial que nos habita, é justamente deixar a culpa na Cruz de Cristo; aceitar que já não há condenação para quem está em Cristo; e andar no Espírito.
Dessa forma, sem a doença da culpa do inferno, a cabeça e o coração ficam menos enganados pelo segredo culposo do adultério ou do “escondidinho”; e, assim podem discernir melhor se o que sente é apenas uma super-coceira; ou se é amor de verdade!
Tenha uma conversa franca e clara com ele. Pode printar essa Carta e pedir a ele que a leia.
Se ele tiver alguma dúvida, peça a ele pra falar comigo.
É aqui mesmo, no Fale Comigo!
Na presença de Deus, e em fé,
Caio