DEUS EM PARÁBOLAS!

 

DEUS EM PARÁBOLAS!

 

 

As parábolas de Jesus me apaixonam. Desde que comecei a lê-las, sempre fui impactado e comovido por todas elas.

Digo isto obviamente deixando de lado minha alucinação pela Parábola do Pai de Todos os Seus Filhos, tanto do Pródigo Acolhido como também do Seu Irmão Infeliz em Razão da Graça do Pai.   

No entanto, é nas parábolas que se vê tudo de Deus em estado nu até onde a nudez de Deus possa ser vista pelo olhar do homem.

Deus é Pai, é Senhor, é Dono de Vinhas, é Agricultor, é um Rei, é arrendador de um Campo, é um Proprietário que terceiriza tarefas, etc.

Ora, é vestido de tais imagens que se vê Deus, o Pai, amando incondicionalmente o filho arrependido, conciliando o filho enciumado, encarando o fato de que há filhos que fingem obedecer, enquanto há outros que dizem “não”, mas que sempre acabam fazendo a vontade do Pai.

Isto ao mesmo tempo em que Ele é Senhor Justo, dando a cada um segundo as suas obras ou os seus talentos.

Entretanto, como Dono de Vinhas e Campos, pode ser que faça graça exorbitante aos que somente trabalharam 1 hora, apesar de jamais deixar de pagar o que estava acordado por Ele com outros; embora o acordo com uns não o limite no exercício da Graça para com outros, nas condições que Ele desejar.

Como Agricultor pode ser que se canse de árvores inúteis que ocupem a terra, como também pode ser que, paradoxalmente, deixe o joio crescer com o trigo, a fim de não perder o que tem valor. Mas pode ser que Ele queira podar até ao tronco central, os ramos frutíferos da Videira Verdadeira; enquanto se diz que Ele é o Semeador que já semeia sabendo que nem toda semente dará fruto; e crê assim enquanto afirma que existe automaticidade na frutificação da terra, apesar do semeador, caso a semente seja boa.

Como Rei pode ser que depois de muita paciência Ele se enfureça ante a perversidade e elimine a cidade ruim de coração; assim como com certeza Ele perdoará a todo aquele que se confesse irremediavelmente endividado para com Ele. Também pode ser que Sua ira de Rei seja exercer o arbítrio e o despotismo da Graça, deixando de fora os que, sendo convidados, arranjem desculpas para não virem à Sua Festa, ao mesmo tempo em que obrigue todos os andrajosos do mundo a entrarem em Seu Banquete.  

Como Proprietário que Terceiriza Tarefas, é possível vê-Lo dando tempo aos vinhateiros usurpadores da vinha, enviando sucessivas comissões de paz, até enviar Seu Filho; e, nem assim ser ouvido, antes, tendo o Seu Filho morto pelos vinhateiros perversos, para, então, somente então, enviar exércitos contra aquela gente. Ao mesmo tempo pode ser que Ele se alegre com “a virada esperta” de um Administrador Infiel, que, na última hora, tenha percebido um modo de diminuir as perdas, escolhendo um mal menor, e, por fim, apostando tudo tanto na Graça do Proprietário quanto também na Graça como provocadora de ternura grata nos corações que se beneficiem dela por quaisquer mãos, ainda que sejam as do Administrador Infiel.

Assim, pelas “reações de Deus” nos poucos exemplos escolhidos por mim e tirados de algumas parábolas com fisionomias divinas, a saber: o Pai, o Senhor, o Dono de Vinhas, o Agricultor, o Rei, o arrendador de um Campo, um Proprietário que terceiriza tarefas — o que se vê é que com Deus a única realidade a prevalecer é o critério da relacionalidade e da natureza essencial das coisas em verdade.

Ou seja:

Pelas Parábolas Deus é Aquele que sendo Quem é, busca relação em verdade e amor.

Não há nenhum outro critério. Ele é livre; e em Sua liberdade ama o que seja amor, verdade e vida; e, por isto, onde quer que tais sinais apareçam, Ele os privilegiará a tudo mais…

Quem entende isso sabe que a vontade de Deus é para ser feita, e não para ser avaliada ou estudada.

Quem entende isto sabe que a única Lei que prevalece diante de Deus é a da sinceridade que se apresenta em obediência ou em arrependimento.

Quem sabe disto aprende que com Ele nunca se terá menos do que o justo, embora, sendo Ele Quem Ele é, possa ser que se receba infinitamente mais do que qualquer acordo prévio.

Quem sabe isto, também sabe que com Ele não se discute…; e nem se deve apresentar queixas que questionem a Liberdade Dele de fazer o que desejar de bom a quem Ele quiser.

Quem sabe estas coisas…, sabe também que o amor Dele faz podas, cortes e que fere; pois, sendo Ele amor, não se importa com a dor, mas com a Vida.

Isto apenas para começar…

Leia as parábolas e veja você mesmo como Ele se apresenta a nós.

 

Nele,

 

Caio

13 de março de 2009

Lago Norte

Brasília

DF