E SEM LEI, QUEM VAI CONTRIBUIR?

—–Original Message—– From: E SEM LEI, QUEM VAI CONTRIBUIR? Sent: quarta-feira, 22 de outubro de 2003 17:39 To: [email protected] Subject: QUESTÕES ACERCA DO DÍZIMO *************************** RESPOSTA: Meu amigo: vou respondendo dentro de seu e-mail, certo? *********************** Mensagem: Artigo sobre dízimo: Eu achei muito feliz a sua resposta sobre o dízimo;temos que dar com alegria. A minha pergunta é: 1. como podemos mandar missionÁrios, pregar o evangelho ou deixar as igrejas abertas, se não recebermos as ofertas ou o dizimo? Resposta: Quem falou em não receber o ofertas? Eu apenas falei em não “cobrar” nada. Apenas ensinar. Paulo diz que aquele que recebe benefícios espirituais deve fazer participante de sua própria prosperidade aquele que o ensina. Mas tudo isto tem que ser livre, não cobrado. 2. O ministério de Jesus era sustentado de que maneira ,envolvia ofertas ou não? Resposta: Claro! Ele não vivia só de pão, mas também de pão; e sabia o significado de passar fome. Daí, não apenas ter amigos que o ajudam, mas também um grupo de ajudadoras que o seguiam—a maior parte mulheres. Sem falar que Judas carregava a “sacola”. 3. Será que no momento que estamos deixando de dar o dizimo ou a oferta, não começamos a desconfiar da fidelidade de Deus? Resposta: Meu querido: aí cada um terá que responder por si mesmo. Ninguém pode obrigar ninguém a confiar em Deus. Tem gente que “paga” o dízimo justamente porque não confia em Deus. Confia apenas no “acerto de contas”. Meu ponto de vista é que o dizimo ou a oferta faz parte da graça ,e se faz parte da graça ,tem que ser dado com amor ,e não por interese ou esperando algo em troca. Temos que dar pensando que missionários vão ser sustentados e Bíblias vão ser entregues em paises pobres, e almas vão ser ganhas. Mas para fazer isso temos que ter dinheiro; e alem do mais dinheiro e coisa deste mundo ,ou vamos esperar chegarmos no céu para colocar a mão no bolso? Um grande abraço. Reverendo Caio, amo muito você! ************************************************ Continuação da Resposta: Não conheço você ainda. Mas amo sua sinceridade. Eu expus as minhas certezas, não a minhas dúvidas! Eu creio no poder da gratidão. Jesus nunca levantou ofertas. Ele recebeu ofertas. Se for obrigação, não é Graça; é Lei. Se alguém precisa de Lei para contribuir; então, não tem gratidão. E sem gratidão, não há devoção; há obrigação. E obrigação não gera culto; gera barganha. Quanto aos missionários, muitos vão pregar o inferno porque são sustentados pelo dinheiro motivado pelo medo dos contribuintes. Assim, são missionários do medo, recebendo os dízimos do medo, e prestando relatório do medo. Minha pergunta é uma só: por que a gente não acredita que o amor de Cristo pode nos constranger mais profundamente que o poder do medo? Não consigo entender isso! Ninguém nunca conseguiu me provar o contrário à Luz da Palavra de Cristo. No máximo fazem um bom trabalho baseados na Lei de Moisés; e olhe lá! Paulo diz que contribuir faz parte do culto, do sacerdócio universal de todos nós, e também gera muitas graças a Deus. Ou seja: o ato de contribuir é litúrgico, não “mundano”, no sentido pejorativo do termo. Em Cristo o dinheiro—que é a raiz de todos os males—é convertido pela via da doação, da Graça, e do amor. Ou seja: o dinheiro é subvertido como valor—deixa de ser o que se “ganha” e passa a ser o que se dá; não para se ganhar mais dinheiro em troca. Você já observou que quase todos dão o dízimo apenas com medo de receberem “retaliações” de Deus no bolso? Essa ignorância é que tem que dar lugar à consciência. Nosso Deus é Luz, e Nele não há treva nenhuma. Não dá para tratá-Lo como esse Ele fosse uma ambígua e caprichosa divindade da Umbanda, apenas para exemplificar, não para ofender. Um abração, Caio