ESTA É A MARAVILHOSA GRAÇA!



—– Original Message —– From: ESTA É A MARAVILHOSA GRAÇA! To: Caio Fabio Sent: Thursday, September 29, 2005 3:45 PM Subject: Conheci a graça e voltei a ser gente! Amado pastor Caio Fábio, Graça, Paz e Alegria do Senhor! Caio, mais uma vez quero expressar a minha gratidão a Deus por não deixar que nenhum dos seus se perca. Agradeço por sua vida, pois, tem sido um instrumento de Deus na pregação do evangelho. Este site tem sido uma fonte de vida para mim todos os dias. Como eu já havia escrito em outra oportunidade, para eu poder me aproximar de Deus com total confiança e desfrutar de seu amor, abandonei toda sorte de religiosidade farisaica e fé mecânica, pregada pelos “evangélicos”; e, assim, a cada dia me sinto mais vivo e consciente de quem sou, sem querer fazer da vida um baile de máscaras. Enfim, a cada dia tenho interiorizado cada vez mais a mensagem do Evangelho da Graça e descansado no Senhor, o que tem trazido muitos benefícios para o meu ser. O fato é que quando eu vivia “dominado” por todo este esquema “evangélico” eu deixava de ser eu mesmo para satisfazer aos desejos morais de alguns líderes. Acho que isso acontece em todo esse meio “evangélico” e é isso que muitos tem sofrido. Como a história da águia que vivia como uma galinha, muitos têm se acostumado com a situação, achando tudo normal, e criando várias neuroses em seu ser. A cada dia eu estava perdendo a minha identidade. Eu que gostava de música. Vi muitos religiosos dizerem que era errado escutar e ir a um show. Eu que gostava de estar com quem eu gosto e confraternizar com uma cerveja bem gelada e vinho bom. Vi uma discriminação enorme quanto a isso. Enfim, muitas coisas boas da vida e que me traziam alegria, foram sendo deixadas; e meu ser se via como um peixe fora d’água. Mas hoje conheci a Deus e o seu Evangelho, e sei que Deus não é um carrasco e que não sufoca as alegrias do coração, e que eu tenho a oportunidade de caminhar no Caminho, que não é uma coisa-lugar, mas uma existência. Hoje eu caminho de acordo com minha consciência e ciente do amor de Deus por mim. Hoje sim sou uma nova criatura! Agora já não caminho segundo a teologia moral dos fariseus. Hoje caminho com Cristo ao meu lado. Agora de fato posso sentir o prazer de ser gente, pois, muito jovem, conheci um outro “evangelho”, um outro “deus”. Mas hoje conheci a verdade que liberta para a liberdade. Enfim, hoje eu posso dizer que sou eu mesmo. Abraços de seu amigo e irmão no caminho Nele, em quem podemos ser gente Luciano Costa ____________________________________________________________ Resposta: Querido amigo Luciano: Graça e Paz! Nosso ser “funciona” assim: Como ele ficou caído pela escolha que fizemos e fazemos pela transgressão como liberdade, nossos instintos se corromperam, e tomados pela inteligência operacional que possuímos, e pela consciência-de-si que nos caracteriza como humanos, nosso ser se tornou dedicado a “ser como Deus”, fazendo sempre a nossa própria vontade, a qual é insaciável em seus anseios de infinitude autônoma. Ora, é essa obsessão por ser “como Deus”, a força antagônica que nos faz rejeitar a vontade de Deus, a qual está gravada em nossos corações (apesar de que a sistemática violação à vontade divina pode cauterizar de todo nossa percepção do mandamento inscrito no ser de todo homem). É por essa razão que a Lei que é boa, faz tão mal. E por quê? Ora, é que sendo ela divina, provoca em nosso ser o antagonismo essencial, que é o pecado, pois, em seres caídos pela presunção de “ser como Deus”, fazer a vontade de Deus é algo sentido como auto-violação. Então, aquilo que Paulo chamou de “a carne”, pulsa contra a vontade de Deus, visto que nela a vontade de Deus é uma agressão. Afinal, o ser caído olha para Deus com medo e ou com raiva. Daí nascem os impulsos que chamamos de “pulsões”, e que se tornam mais fortes tanto mais quanto o homem deseje se salvar pela Lei ou pela sua própria justiça. Assim, a fim de não matar o homem, Deus em Sua misericórdia matou a Lei em Cristo. A Lei é boa. Eu, porém, sou mal. E é por esta razão que a Lei me faz tão mal. Pois, se a Lei é boa e me faz mal, só o faz porque eu sou mal, posto que não há na Lei nada que não seja santo e bom para a vida. Ora, nossa rejeição da vontade de Deus é tão grande, e a força de nossa vontade auto-glorificada é tão forte, que reagimos à Lei como impulso inconsciente e consciente de repulsa a ela. No linguajar de Paulo: reagimos em “delitos (consciência) e pecados (constituição pervertida do ser: inconsciência). Assim, para nos salvar da Lei que nos matava porque somos suicidas em nossas pulsões anti-Deus e anti-vida, Deus matou a Lei em Cristo Jesus. Desse modo, grande é o amor de Deus, pois, morreu por nós quando fez a Lei que é boa ser abolida em Cristo; e, Nele, Deus a fez morrer. Assim, mata-se o Bom (Jesus) e aquilo que é bom (a Lei), a fim de salvar os maus; pois a misericórdia triunfa sobre o juízo! Afinal, nada provoca tanto o mau quanto a absoluta bondade. E a Lei é amor, pois, contra o amor não há Lei. Logo, aquele que ama de modo absoluto, esse cumpre toda a Lei. E foi por esta razão que Jesus jamais transgrediu a Lei, embora muito tenha violado a sua letra, pois, como amava de modo absoluto, cumpria a Lei de modo perfeito. Jesus nunca teve nenhum conflito com nenhum “i” ou “til” da Lei. Ele veio para a cumprir. Ele foi o Único que a cumpriu em todas as suas implicações. Veja quão grande é o amor de Deus. Ele suspendeu a Lei por pura misericórdia, visto que se mantivesse a Lei em vigência para a salvação, nenhum homem entraria na vida. Afinal, estar morto em delitos e pecados é estar sob o poder das forças da rebelião interior contra o Deus da vida. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, nos salvou pela obediência de um único homem: Jesus. E, assim, Nele, cumpriu e consumou toda Lei. Então, desmontou nosso conflito e disputa com Deus, simplesmente nos chamando para uma relação sem competição e sem tentativa de auto-glorificação, visto que Ele mesmo liquidou a Lei, que provocava em nós o pior de nós, apenas porque somos maus e a Lei é boa. Assim, para provar a Graça como bem pessoal, como bem para o ser, todo homem tem que desistir de duas Leis: a de Moisés; e a sua própria lei, que é a sua justiça-própria, a qual nada mais é que o fruto “moral” da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Por esta razão, a fim de experimentar o bem do Evangelho em Cristo, todos temos que deixar de nos assustar com a Lei (pois está consumado); e também temos que abandonar toda a nossa justiça-própria (pois o justo viverá pela fé). Somente abandonando ambas as leis e entregando-nos em fé à Graça de Deus, é que a guerra acaba; pois, então, aceitamos a reconciliação com Deus, a qual aconteceu unilateralmente em Jesus, em razão daquilo que Ele conquistou e estabeleceu na Cruz. Ora, a salvação aconteceu unilateralmente porque o salvador cumpriu a Lei unilateralmente em relação à humanidade. Por essa razão pode-se dizer que o Evangelho acaba com a conversa entre Deus e o homem acerca do Jardim do Éden, posto que o que passa a prevalecer é o que Jesus fez na vida e na morte, e não o que a humanidade faz no seu existir em morte, o qual nasceu no Éden. A seqüência de Romanos 5 a 8 nos mostra o que aqui digo resumidamente. Isto porque ali se diz que Um representou a todos para a vida, embora, no nosso existir, ainda sintamos as lutas de nossa rebelião essencial; sendo que, agora, em razão de Jesus e da Cruz, podemos ter a paz de saber que ainda sentimos a dor, mas que a morte já não está presente. No entanto, isso só acontece quando cremos que em Cristo já não há mais nenhuma condenação. E, para aqueles que conscientemente estão “em Cristo”, há o privilégio de provar tal pacificação decorrente da certeza de que Jesus, o Cordeiro, tirou, tira e tirará sempre o pecado do mundo. Minha alegria é que você está começando a provar em você mesmo essa Boa Nova para a vida! Prossiga, pois não há limites e nem contenções de boas experiências nesse caminho na Graça de Deus. Receba meu beijão e todo meu carinho! Nele, em Quem tudo está feito para o nosso bem, Caio