ESTÃO QUERENDO ME ROUBAR 2007
Cuidado com um e-mail que pode fazer muito mal.
Faz três dias que escrevi reclamando dessas listas sem fim; pesadas; atas eternas de conversas cotidianas; e em cujos cabeçalhos se pode ver que o “e-mail grupal” de hoje ainda carrega o tema de duas semanas antes, embora o assunto interno já tenha mudado 10 vezes desde então; mas o “e-mail possesso” de informações não cessa de ir e vir; cada vez mais lotado de notas e opiniões; às vezes de agressões, piadas, ou qualquer amenidade que bata na veneta de qualquer dos membros do grupo; indo e vindo, de dia e de noite, à semelhança de um “e-mail gadareno”; e acerca do qual se tem que dizer que é o mesmo e-mail, embora sejam muitos os que ali habitem, de tal modo que de si mesmo tal e-mail diria: “Legião é o meu nome, porque somos muitos!”
Ora, isso tem a ver com pesar o computador; depois com o deletar de tais e-mails; depois com o que se soma como perda de tempo; e, por último, com a desagradável invasão de privacidade que acontece quando alguém acha que vai agradar você (ou apenas adicionar “prestígio” à lista) se incluir seu e-mail (sem permissão) numa orgia de opiniões sem afinidade; e, mais que isso, num ambiente “grupal” que, do ponto de vista do que seria uma relação simples, faz o tal grupo lembrar uma sala de swing.
Um monte de estranhos e que nunca se viram, subitamente trocando e-mails uns com os outros, e, na maioria das vezes acerca de coisas com as quais você não tem qualquer interesse, seja pelo desinteresse em si, seja pela falta de tempo.
Uma coisa é se mandar uma informação ou uma mensagem para pessoas que só as recebem porque escrevem ou escreveram para você, e tiveram seus e-mails automaticamente registrados. Outra é criar um grupo de desconhecidos e tentar fazer deles uma assembléia de espíritos falando como fantasmas uns com os outros.
Iniciei dizendo: “Cuidado com um e-mail que pode fazer muito mal.”
É que aquele mesmo e-mail acerca do qual reclamei (aproveitando e falando bem mais coisas, como agora), acaba de me roubar todos os e-mails que me foram escritos em 2007 até o dia de hoje.
O vi lá e pensei: “Meu Deus! Entrou um daqueles…!” Porque ele engatava tudo; e os demais e-mails só puderam entrar em minha caixa depois que aquele e-mail da “Paula” foi retirado e bloqueado no servidor.
Mas lá estava um deles…
“Paula: testando…” — só isso.
Pensei: Já que está dentro, já que passou, vou apagar.
Quando o deletei com ele foi tudo quanto eu havia recebido em 2007.
Foi um toque…
E tudo foi com a “Paula: testando…”.
Sim! “Paula” estava testando. Hoje sabemos qual é o endereço do e-mail dela.
A carta-bomba que ela mandou (talvez até sem intenção alguma), vinha contaminada. E com todas as defesas que tenho (fire walls), ela (ou o que em seu e-mail estava) assim mesmo me levou todas as cartas que me escreveram este ano.
Este ano de 2007 o nosso site chegou a números impressionantes. São centenas de milhares de IPS todos os meses; além de muitas outras centenas de milhares de textos enviados pelas pessoas que visitam o site e que os remetem a seus amigos; e milhões (literalmente) de textos impressos todos os meses.
Todavia, muitos têm sido os ataques. Sim! Gente tentando sabotar, entrar, bloquear, etc. Hoje foi um roubo sem valor mensurável.
Na realidade eu passei o dia todo longe do computador (fazendo exames médicos); e, ao ler as cartas de ontem e hoje (enquanto limpava tudo, a fim de ficar só com as cartas), dizia à Adriana que havia cartas lindas; cartas que eu queria muito tentar responder de qualquer jeito; pois eram novas em suas abordagens e propostas.
Então, a “Paula: testando…” — entrou em meu caminho.
Estou muito triste com isto!
Ta doendo mesmo!
Assim, peço o favor encarecido a todos os que me escreveram este ano e que julguem que vale a pena re-enviar suas cartas que, por favor, o façam. Todos, por favor!
Com tristeza; porém Nele, que escreve Suas cartas nos corações,
Caio
12/07/07
Lago Norte
Brasília