IMPLICARAM COM MINHA BARBICHA E COM MINHA SOBRIEDADE
—–Original Message—–
From: Gálatas
Sent: domingo, 9 de novembro de 2003 23:56
To: [email protected]
Subject: IMPLICARAM COM MINHA BARBICHA E COM MINHA SOBRIEDADE
Mensagem:
A paz do Senhor Jesus Cristo, Rev. Caio Fabio.
Rev. Caio Fabio meu irmão fala-me do senhor com um grande respeito e admiração, e está sempre no Café com Graça.
Já li livros publicados pelo senhor, etc.
Tudo que escrevi acima é pretexto para lhe expor uma situação que venho vivendo na denominação a que pertenço. Peço-lhe perdão, mas não vou dizer o nome para evitar constrangimentos.
Tudo começou quando eu ainda era diácono (pedi para ser desligado do ministério). Havia uma cobrança da liderança que todos nós participássemos das reuniões na matriz.
Essas reuniões não serviam para nada. A única coisa que se decidia era inclusão e exclusão de membros.
Como eu me negava a ir perder meu precioso tempo, era tachado de desobediente. Diziam que se eu era do ministério eu tinha que fazer número e outras coisas mais. Resumindo: nessas reuniões eu via tantas coisas que no meu entender não condiziam em nada com o evangelho puro e simples de Cristo, que pedi desligamento do ministério, e voltei a figurar apenas como membro e professor da Escola Dominical.
Um dia apareci na Igreja de cavanhaque e bigode. O pastor da congregação não veio a mim para falar absolutamente nada, mas disse ao superintendente que me desse um recado: se eu não tirasse o cavanhaque não me seria permitido continuar lecionando na EBD.
A forma como eu fui abordado para receber a notícia e a maneira como me foi dada, abalou-me profundamente. Imediatamente pedi ao meu substituto que assumisse a classe.
Passado algum tempo o pastor chamou-me em seu gabinete como se nada tivesse acontecido.
Queria saber o que estava acontecendo comigo e por que eu não estava ministrando aulas.
Irmão, diante de tal comportamento, não me contive; tivemos uma seria discussão. E nunca mais fui o mesmo, embora tenhamos trocado pedidos de perdão.
As coisas que sucederam; atitudes tomadas, como por exemplo: diga isso, bata palmas, faça isso, faça aquilo…E mais adoção de práticas que até bem pouco tempo minha denominação não adotava e, agora adota e querem me obrigar a praticar—se tornaram insuportáveis.
Se eu não faço é porque quero ser o “santarrão” da igreja.
A gota dágua, Reverendo, aconteceu no domingo passado. Um cidadão veio pregar na igreja e começou a mandar a igreja pular, dizer o que ele queria e outras praticas características de animadores de auditórios.
Lógico que eu, assim como outros irmãos, não fizemos aquela palhaçada. Então vieram do púlpito as “agressões verbais” do tipo: “É, pastor, aqui só tem dois ou três santarrões que não querem bater palmas e pular na presença do Senhor. Aqui ó, santarrão, enquanto tu fica ai preso ao teu tradicionalismo, eu sigo fazendo a obra. Só no ano passado eu ganhei 365 centros de macumba”.
Então vieram as “profecias” e coisas mais.
Reverendo, o evangelho de Cristo não me mostra que eu devo fazer teatro para expressar minha adoração.
Quem quiser pular que pule, que bata palmas, que fique repetindo o que o pregador mandar; eu não quero fazer isso.
Depois de tantas mensagens endereçadas diretamente do púlpito tomei a triste decisão de não mais ir a congregação da qual sou membro há 24 anos, e amo de todo o meu coração.
Não tenho mais tido a alegria de ali chegar e adorar como dantes, e sei que a minha Bíblia diz que o publicano saiu justificado na adoração, enquanto que o artista do fariseu perdeu seu tempo.
O evangelho de Cristo não é espetáculo de barulhada, mas é simplicidade, é gozo, é espontaneidade, é expressão de gratidão.
Reverendo, estou me sentindo muito perturbado (não no sentido demoníaco) com tudo isso, e sem um direção.
Gostaria de uma orientação de sua parte.
Com amor fraternal.
Gálatas (perdoe-me por não escrever meu nome. Sei que este site é visitado por quase todos)
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Resposta:
Amado Gálatas: Aquele que entre vós realizou milagres não o fez pelas pulações da lei, mas pela pregação da fé!
Mude para Efésios se lá ainda houver o primeiro amor.
Mas evite ir para Corinto.
Há lugares bons onde se estuda a Palavra, como Bereia.
Também não vá para Jerusalém, pois, lá, os irmãos ainda não se livraram do legalismo em muitos aspectos.
Evite também Laudicéia. Lá a Teologia é a da Prosperidade, e Cristo está de fora, batendo à porta.
E tome cuidado com os que se dizem cristãos mas são “sinagoga de satanás”.
Um bom lugar para estar é Filadelfia: é pequeno, mas os irmãos são sóbrios.
Evite o Bispo Balaão, pois ele é muito ganancioso e licencioso.
E não seja idiota de freqüentar a igreja cujo dono é o Bispo Diótrefes.
É melhor ser pastoreado pelo tímido Temóteo que pelos impetuosos Himineu e Fileto, cuja linguagem corrói como o câncer.
Ah! Hoje em dia Elímas o mágico anda pastoreando e dando uma de apóstolo. Tome cuidado.
E não freqüente as reuniões dos filhos de Ceva, pois eles ganham dinheiro como ambulantes de exorcismos.
Espero que tenha me entendido.
Um beijão,
Caio
Obs: Apareça com seu irmão lá no Café. Lá os Diótrefes não aparecem. Eu os barro na porta. E Himineu e Fileto não têm coragem de abrir a boca por lá. São frouxos. Veja se algum deles ousa fazer esses showzinhos na minha frente e me mandar pular. Eles sabem que correm o risco de “dançar”.