INVEJA, EU? – Habib

 

 

 

 

—– Original Message —–

From: INVEJA, EU? – Habib

To: [email protected]

Sent: Thursday, November 22, 2007 1:09 PM

Subject: Inveja, eu?

 

Caio

Bem-vindo, irmão. Que bom que tudo correu bem.


Estive lendo as primeiras impressões dos que foram Israel e outras terras.

Alegrei-me; consolei-me; espantei-me… depois…(“psiu” [baixinho, para que ninguém ouça]: – S e n t i….i n v e j a !).

 

Fazer o quê? É a verdade!

Mas, aí, pensei: há “má” inveja e “boa” inveja.

Aquela é a verdadeira e maldita inveja (“desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem” [Dic. Aurélio]; no popular, vontade de ter o que não se tem, de ser o que não se é, por motivos banais e idiotizados os mais diversos).

A outra, já a outra, não: é só “VONTADE DE TAMBÉM” (compartilhar a experiência do outro).

A inveja ruim é desejo de ter a Taça para si; a boa inveja é a vontade de repartir e provar o vinho e o pão.

 

É… ando invejoso (mas feliz). Quer saber?

 

-Ei, vocês todos, os que foram à Israel, ouçam-me: – TENHO INVEJA DE VCS…risos (aliás, eu “nneeemmm” queria ir mesmo… [-Calor por calor o de Brasília tem estado maior…]) !!

 

Agora, sério: – Quem foi, saiba-se “privilegiadíssimo” a mais não poder…

 

Abração, mano querido, Bsb/DF, 22-12-2007. Habib.

 

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Resposta:

 

 

Você esteve comigo e com todos a viagem toda. Era “habib” pra cá e “habib” pra lá o tempo todo. Quando a moçada ficou sabendo que habib significa “querido”, todo mundo virou “habib”, de modo que você viajou em minha mente a cada redundância que me remetia a você, como lembrança sua e como constatação da dupla redundância que você é: querido Habib e habib Habib, sendo o Habib mais habib que eu conheço.

 

Uma vez perguntei ao meu filho Lukas, assim que voltamos de um período de dois anos na Califórnia, quando ele ainda tinha oito anos, do que ele mais sentia falta de lá? Ele parou, pensou, e depois riu e disse: “Sinto saudades de mim lá!”

 

Você não teve inveja. Você apenas sentiu falta de você lá. Mais saiba: eu pensei diversas vezes que você deve fazer uma viagem dessas, comigo [se Ele permitir], pois, teria muita alegria em ver como você aproveitaria tudo.

 

Minha mãe estava contando a mim e a Adriana, antes de ontem, que ela tem um diário da viagem na qual pude levar os dois comigo. Naquele tempo eles dois estavam aí pelos 63-64 anos. Mamãe disse que papai foi a todas. Desceu em todos os buracos. Passou o dia todo de chapéu no sol e dormiu apenas quando tudo acabou à noite, mas que ela tem o registro escrito de cada lugar visitado, e, ao fim, sempre a mesma coisa: “O Caio não perdeu nada. Mas caiu na cama e apagou!…”

 

Eu sei que você se programará e irá. Acho que para quem viaja no espírito, na mente, na imaginação, na fé e na história, uma viagem às terras da bíblia pode ser de um ganho existencial extraordinário, pois, fica-se imerso nas proximidades das dimensões nas quais os grandes eventos e adventos desta vida aconteceram.

 

Hoje eu sei que estava com muito mais saudade do que admitia. Sinto grande intimidade com tudo aquilo.

 

Sei que sou seu habib; e, assim, com toda certeza de que para mim você é um grande habib também, receba meu beijo, amado Habib!

 

 

Nele, que nos fez filhos queridos de Deus,

 

 

 

Caio

 

22/11/07

Lago Norte

Brasília

DF