KER, KER, KER: sexo demais…

 
 
—– Original Message —–
From: KER, KER, KER: sexo demais…
Sent: Tuesday, August 07, 2007 6:00 AM
Subject: sexo demais….
 
 
Fala Caio!


Resolvi escrever, pois hoje por definitivo me sinto meio deprê; depois de abrir o meu e-mail e ver uma correspondência ke relata um cara ke não tem ereção…
 
Daí… resolvi teclar…

Eu pelo contrário tenho ereção a todo o momento, mas infelizmente minha patroa não sabe aproveitar.
 
Mulher é um bicho complicado mesmo.
 
Fala ke tem de estar no clima e tal…
 
Fala ke o melhor é kualidade e não kuantidade…
 
Fala pra eu esperar um pouco…. 

Kualidade?

Clima?
 
Ker um clima melhor do que os dois nus numa cama?
 
Ker clima melhor do ke estar junto?
 
Ker clima melhor do ke o simples beijo ou apertar de mãos?
 
Ker clima melhor do ke kualker clima?

Dá uns tokes aí pra mulherada se tocar e ajeitarem as coisas em casa pra kem tem tido essa mesma desaventura.


Sei ke pode ser bem melhor.


Valeu,


Thy Reverential.
 
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Resposta:
 
 
Meu amigo “Ker”: Graça e Paz!
 
Gostei do “desaventura”; pois, tal desventura é uma dês-aventura mesmo!
 
Sei que o drama é sério, mas que sua carta me fez dar umas boas risadas [ah!], isso não posso negar!
 
Senti que você é isso aí mesmo: um cara franco, cheio das maneiras, bem dotado no teclado, mutante de Q pra K, e que sofre estímulos eróticos muitas vezes ao dia, ou, mesmo sem os sofrer, carrega aquele incomodo peso no ventre que só se alivia quando o jardineiro rega as plantas na reclusão do jardim da mulher.
 
Ora, se existe relação entre seus muitos estados de ereção durante o dia e a noite, e estímulos externos; tipo: você vendo sites eróticos ou batendo papos dúbios em salas de Chat; então, saiba: sua mulher se for normal, não gostará de sentir que suas ereções já vêm “prontas”; pois, de fato, para a maioria das mulheres sadias nesta área, o melhor clima é ela; e a melhor razão para ela se dar sempre é sentir que ela provoca o homem até quando espreme espinha; e que recebe do seu homem todas as freqüentes indicações de que ela o “perturba” o tempo todo…
 
Por outro lado, se ela é “ela”; e você diz isso com palavras, gestos, modos e muita boa molecagem, e, mesmo assim, ela diz que é demais, que não dá agora, que, que, que, que… — então, saiba: é para se preocupar mesmo; posto que com raras exceções, o sonho-desejo de toda mulher normal, que ama o marido e o admira, é o sonho de receber dele a total vontade ávida de tê-la sempre; e de se sentir para ele o objeto de todos os carinhos; culminando com muito sexo feito com amor; tempo; leveza e crueza; gentileza e animalidade; paciência torturante…; e ou, às vezes, a pressa da volúpia; porém, sempre com aquela manifestação de amor que faz toda mulher sentir que não está sendo usada apenas para “alívio” do macho. Pois, quando é assim, mesmo que a ereção seja ininterrupta, nenhuma mulher sadia de alma verá tal “tensão muscular do macho” como tesão psicológico vertido e dedicado a ela.
 
Então, mano, não tem clima que faça chover no jardim!
 
No início tudo é clima, até mesmo as brigas.
 
Mas depois de um tempo só haverá clima se o homem e a mulher aprenderem a arte de fazer chover a fim de provocar o acender da lareira que existe na alma.
 
Nada é mais erótico para a mulher que ama um homem do que o excitamento que nasce na alma provocado pelo amor do homem que a deseja.
 
A arte do clima é sadia como regra, porém, quando tudo depende de clima, muitas vezes é porque o quem pede o clima está fugindo do encontro fortuito em razão de estar fugindo do sexo; embora o “fortuito” carregue em si mesmo um excelente “clima”, o qual, não sendo a regra, é cheio de graça de gostosa molecagem sexual.
 
A arte do clima é feita de carinho, de bondade, de gentileza e de bons modos higiênicos e de comportamento, embora também deva ser feito de malandragem voluptuosa, de subitezas, de avanços inesperados, de coisas iniciadas em lugar impróprio apenas para serem devidamente interrompidas para a maravilhosa agonia de ambos… Até a hora de fazer chover no jardim… a fim de tê-lo sempre bem regado e com boas sementes de amor.
 
Creio que seu desconforto merece uma boa conversa com sua mulher.
 
Se vocês se amam e ela não é doente, então, algo está errado.
 
Se o erro for relacionado a você, certamente não é pela falta de ereção, mas pelo excesso designificado de ereção, fazendo sua mulher sentir-se como deposito de sementes de um semeador sem amor pelo solo onde planta.
 
Se o erro for relacionado a ela, posto que você seja um semeador fiel e carinhoso no arar o chão do jardim, mas ela ainda assim ache que você rega demais o que planta — então, saiba: é bom que ela diga o que sente por você, pois, se amar você, certamente ela precisará urgente de ajuda médica e ou terapêutica; pois, algo não está normal, seja física, seja psicologicamente.  
 
Ultimamente têm crescido (paradoxalmente) os casos de mulheres que não transam ou que dizem que não gostam de transar [com o marido].
 
Ora, em 90% dos casos elas de fato não gostam do marido. Entretanto há aquelas que confessam amor, mas que dizem honestamente não gostarem do cheiro dele, do modo como ele não cuida da boca, do corpo, das unhas (sempre sujas), do hálito, da higiene do pênis, ou dos odores das axilas, etc.
 
Bobagem? Não! Ponha-se no lugar, mesmo amando a pessoa, e, depois de um dia exaustivo, ache clima para transar com ela no caso dela chegar nessas condições dia após dia, noite após noite, ano após anos; e veja se sobe alguma coisa em você.
 
Assim, olhe para você mesmo antes de olhar para ela; e veja o que há em você que, havendo nela (dentro ou fora; nos modos ou na atitude interior) faria você brochar por completo, mesmo que ela dançasse a dança do ventre para você o dia todo, e mesmo que se mostrasse a você dos modos mais sensuais durante do dia, e mesmo que fizesse você de pirulito de vez em quando —; pois, pergunto: fora os rompantes do sexo “rapidinho”, que se faz com a respiração contida, o que mais você agüentaria em relação a ela? Sim! Você veria a chance de querer tê-la toda hora que ela quisesse você?
 
Entretanto, se você é um semeador carinhoso e amante do chão e das boas sementes, e que devota a vida ao seu jardim recluso, mas mesmo assim a dona do jardim se recusa a ter a constância e a alegria de seu semear e regar, algo deve estar muito errado com ela; e, portanto, uma conversa entre vocês [na verdade] é indispensável. 
 
De qualquer modo sempre vejo que os problemas de uns são o sonho de consumo de muitos outros. E assim a vida vai cheia de desencontros…
 
É a mulher que acusa o marido de ter o pênis muito grande enquanto ele a acusa de ser apertada demais…
 
E assim vai…
 
Mas na realidade não é nada disso, pois, se ela [essa mulher hipotética] se apaixonar pelo homem dono do pênis vencedor do livro de recordes, ela não verá nada anômalo nele; e se ele [esse homem hipotético] se apaixonar por uma “japonesinha” de um metro e meio (sugerindo ser pequena em tudo) jamais achará que ela é apertada. Afinal, onde há amor cabe tudo; e com muito prazer; posto que o amor sempre encontra as melhores posições.
 
Concluindo, concordo com você que tudo pode ser muito melhor. Afinal, a sabedoria da Bíblia nos diz que uma das “pagas” do homem debaixo do sol é gozar amores com a mulher que ama.
 
Além disso, desde quando novela é melhor que sexo feito com desejo e com quem se ama?
 
Ou que cansaço é tão grande que uma “relaxada” e uma devida “prazerada” (para não ofender Suplycianamente a ninguém) não o transformem em puro estado de relaxamento em estase?
 
Na realidade, havendo o amor que também deseja nada é na terra mais gostoso e sadio do que fazer amor amando; e livre para amar sem pudores adoecidos; antes, sendo capaz de amar de modo sereno, por vezes; e moleque e animal, outras vezes.
 
A maioria faz sexo pelo tesão de pensar que está e precisa fazer sexo, mas vejo pouca gente que de fato entendeu o que é e o que pode ser, e, sobretudo, como se pode alcançar os píncaros das elevações de prazer mais impensáveis; posto que atingir tais clímax não é obra de musculação e nem de gingado, mas de amor, confiança, entrega e pertencimento mútuo.
 
Aqui deixo com você esses toques. O mais é com você. Examine tudo na verdade que olha não apenas para ela, mas para você também.
 
 
Nele, diante de Quem vivem seres que têm olhos para fora e para dentro,
 
 
Caio
 
09/08/07
Manaus
AM