LEMBRANÇAS DO SEXO MAIS QUENTE… QUE JÁ TIVE
—– Original Message —– From: LEMBRANÇAS DO SEXO MAIS QUENTE… QUE JÁ TIVE To: [email protected] Sent: Monday, December 26, 2005 3:43 PM Subject: Crise de lembranças Olá Caio! Desejo há muito ouço sua voz através de suas palavras escritas. Tenho 30 anos, na minha juventude tive muitas namoradas, mas, na verdade, não tive compromisso com quase todas elas. Em determinado período da minha vida, quando ainda não tinha chegado aos 20 anos, me envolvi com duas mulheres casadas ao mesmo tempo; todavia, teve uma delas que o relacionamento se tornou mais profundo, era a mais nova, e que tinha apenas 23 anos. No entanto, era uma jovem bem madura. Tínhamos relações sexuais constantemente, e era tudo muito bom. Ela era uma moça muito formosa e carente, apesar de ter um filho com o seu marido, que não lhe dava nenhum tipo de amparo; pois, o mesmo, gostava na verdade era de homossexuais. Foi uma verdadeira aventura, pois, por todo esse tempo de relacionamento, ela esteve com o marido. O problema, Caio, é que muitos anos já passaram, esse relacionamento durou apenas uns seis meses, pois temi ser punido pelo Senhor meu Deus, bem como, que o esposo dela viesse a saber e acontecer uma tragédia com ela e seu filhinho…, mas… Agora Caio, sou casado já faz uns oito anos. Tenho uma ótima e bela esposa, duas filhas maravilhosas. Nosso relacionamento tanto sexual como familiar é muito bom. Todavia, vez por outra, quando estamos em nossas intimidades, tenho meu pensamento assaltado por lembranças dos relacionamentos que tive com essa moça, e sinto-me muito mau e mal, não sabendo o que fazer. Caio, preciso de sua ajuda, pois não tenho coragem de conversar com ninguém a respeito do assunto em virtude de não confiar em nenhuma pessoa das que de mim estão próximas, nem mesmo a minha esposa. Espero que me responda. Aguardo. Um grande abraço! Naquele que por nós sacrificou sua própria vida. ______________________________________________________ Resposta: Meu caro amigo: Graça e Paz! O coração é enganoso. Ele é narcisista quase sempre. E, além disso, sofre de uma ansiedade que eu chamo de “fobia da morte”, a qual o põe no caminho da sugação de tudo, pois teme que logo tudo acabe; isto como se a única existência fosse esta, e, fora desta, nada existisse. Assim, essa tal fobia se manifesta em razão de que o coração cultua o imediato mais do que a tudo, e, também, adora saborear o que está longe, sempre remetendo a pessoa para um desejo além, proibido, impossível…; ou, então, fazendo “projeções” da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal em todas “as mulheres do jardim”. Este é o paradoxo: apenas uma árvore não podia ser comida, todas as demais sim. Hoje, somente uma árvore pode ser comida, pois as demais se tornaram proibidas. Assim, a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, que era uma coisa só, sendo provada, inverteu as coisas, visto que ela reduziu o espaço do consentido e expandiu o espaço do proibido. Vindo às coisas práticas, eu diria que é covardia você fazer a realidade do cotidiano concorrer com um caso nas sombras, sem nada além da ânsia do sexo e do prazer; escondido, arriscado, proibido, sem muito papo; tendo apenas o doce dever de atender a carência da menina-mulher-casada, a qual, sem tempo, fugida, tudo o que queria era ter prazer e dar prazer; ela mesma sofrendo de uma danada necessidade de ser amada, querida, desejada, e devidamente degustada, já que o marido dela gostava de homens; e, ela, nesse estado de rejeição e com a auto-imagem mais baixa do que porão de minhoca, tinha em você um alívio, uma fuga, uma vingança doce, um direito à transgressão, um tesão do tipo da “árvore proibida”. Você chamou isto de “aventura”. Ora, tais aventuras deixam marcas de “adrenalina psicológica” na pessoa. Ou seja: pode viciar; e, assim, de tempos em tempos, especialmente nos dias de frustração, tais lembranças de Indiana Jones sexual podem voltar como perversa saudade. Se a sua mulher, que está aí ao seu lado, nem sempre tratada como deveria dada a acomodação do “casamento”, de repente descobrisse que você gostava mesmo era de homem, e, magoada, encontrasse um cara saudável, livre, solteiro, potro na cama, ávido pelo desejo que a mulher do próximo pode causar, correndo o risco de ser apanhado, e, encontrando-a “já tirando a roupa” e pedindo “entrada”…; saiba: você mesmo não acreditaria no que ela pode ser capaz de significar para esse outro hipotético carinha: o amante dela. Ou seja: provavelmente até hoje você não saiba quem é a sua mulher na cama, como acontece com a maioria dos maridões! Como diz o ditado confirmado quase que de modo total nesta existência, “a grama do vizinho é sempre mais verde” — especialmente para os inseguros. Portanto, não fique pensando que foi a menina-casada-seu-caso-juvenil quem fez algo especial em você, mas sim as circunstancias, e, sobretudo, o modo proibido, o qual, tem um imenso poder de fixação de fantasias e fetiches em nós. O que fazer? 1o Não lute contra isto; pois, quanto mais lutar, mas fixado ficará no pensamento que você deseja repudiar. A lei psicológica é essa: quando mais se luta contra, mais se alimenta a pulsão proibida na alma, potencializando-a em muito. 2o Não se veja como um ser “mau e mal” em razão disso. Ou seja: não torne esse um problema de perversão moral, como em geral acontece com os crentes. Ao contrário, trate isso apenas como uma memória oportunista, a qual, se apodera de seu desejo de “coisa nova” e remete você para essa “coisa eternamente nova”, apenas porque foi “acabada sem terminar…” Portanto, isto é apenas a memória de um homem que pensa: “Será que eu tirei da vida tudo o que poderia?” Então, a menina-mulher volta como “simbolização” desse prazer de solteiro que, a seu ver, quem sabe, continua “inconcluso”. 3o Saiba, no entanto, que o aparecimento de algo que não é amor, mas apenas desejo — e um tipo de desejo que só acontece no “proibido” —, significa que seu coração está demandando “renovação da conjugalidade”… Portanto, de namoro, de saída ao motel, de transa apressada na praia, na escada, nos fundos da casa, na casa da sogra em dia de domingo, no banheiro, etc… Ou seja: sua alma quer namorar… Sim, namorar sua mulher. E, provavelmente, a alma dela esteja sentindo a mesma falta. Desse modo, meu conselho a você é simples: divirta-se com sua mulher; leve-a a um bom motel; trate-a com o gosto desesperado como qual você tratava a mulher que não era sua. E se as “imagens” voltarem, não se aflija. Apenas prossiga. Olhe para a sua mulher, nos olhos dela, no corpo dela, no sexo dela, beije-a toda, toque nela de olhos abertos; e possua-a sem pena; como você fazia com a mulher que não podia. Quanto mais a sua mulher se tornar a sua amante, menos lembranças da outra você terá. Todavia, é necessário que sua mulher goste e tope tudo, sem pudores neuróticos, e sem proibições… Aí está o paradoxo: no caso da “amante”, ela é o “proibido”, sendo que ela mesma não proíbe nada. Já a esposa não é proibida, porém, muitas vezes, “proíbe tudo”! Tente começando não se grilando com as lembranças e fazendo o que lhe disse. Vamos ver como sua mente se manifesta nisto tudo. Mas faça como lhe sugeri. Receba meu carinho! Nele, em Quem as sombras não abraçam a nossa alma, Caio