—– Original Message —–
From: LI E CHOREI!…
Sent: Friday, September 26, 2008 7:45 AM
Subject: Li e chorei – acabei de ler a carta – MEU FILHO PODE SER PRESO!
Acabei de ler a carta – MEU FILHO PODE SER PRESO!
Li e chorei.
Chorei pela dor da mãe.
Chorei pela situação do filho.
Chorei pelo estado do pai.
Chorei pelas angustias que essa família (filhos, filhos do filho, mulher, ex-mulher, etc.) está passando.
Chorei pelo modo simples, transparente e direto de sua resposta.
Chorei pelo Amor do Pai expresso através de sua resposta.
Chorei, pois, eu, nos meus pequenos 27 anos, já sou pai, e me Vi em todas as situações.
Chorei ao ver como sofremos por não saber agir, pensar, sentir e mesmo chorar.
Chorei, pois, em TUDO, nessa pequena carta. Vi, senti o AMOR daquele que AMA por não saber agir de outro modo. Afinal, AMAR é o natural pra ELE.
Fique na PAZ amado.
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Resposta:
Meu filho: Graça e Paz!
Sim! É natural Nele, pois, Ele é amor; porém, é Graça Dele para nós, visto que podemos amar, mas não sabemos naturalmente nem mesmo o que amor seja.
Na natureza existe instinto, mas raramente vemos amor.
O instinto cuida durante o tempo de seu relógio. Mas logo aparece a hora em que o filho pode ser o assassino do pai, como em um grupo de leões.
O amor, no entanto, nos é possível, mas não nos é instintual em todas as suas formas e modos.
Uma menina pode saber ser mãe nos cuidados de um bebê pelo instinto. Mas não saberá educa-lo meramente pelo instinto. Amor terá que existir em uma forma mais refinada: cheio de paciência e de sabedoria.
Do mesmo modo, pelo instinto, um menino pode se apaixonar. Mas não saberá amar sem que o tempo e a sabedoria forjem o amor como consciência sem eu coração.
Enquanto o que Paulo disse sobre amor for entendido como um privilégio divino inalcançável por nós, ninguém se exercitará no poder do amor.
Leia outra vez:
Ainda que eu falasse as línguas de todos os homens e me comunicasse com os anjos em suas próprias línguas, mas se não tivesse amor em meu ser, ainda assim eu jamais me faria ser ouvido diante de Deus, a não ser como uma lata sendo batida ou como um sino repicando doloridamente nos ouvidos divinos.
Mesmo que eu tivesse poder de profetizar sempre, e fosse capaz de conhecer todos os mistérios da existência, e cumulasse em mim toda ciência e saber… e ainda acrescentasse a tais dons a força de uma fé que exercesse autoridade de transportar montes, mas se eu não tivesse amor, nada seria verdadeiro para mim, e menos ainda para Deus.
Se possuído de toda disposição social eu distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres da terra, e mesmo que decidisse entregar o meu corpo para ser queimado em holocausto ou martírio pela defesa do que é bom, e, ainda assim, não fosse por amor, nada disso me aproveitaria aos olhos de Deus.
O amor é capaz de suportar toda dor e não deixar de ser benigno.
O amor não conhece a inveja.
O amor não se vangloria de si mesmo e não se ensoberbece com nada.
O amor é sempre próprio, por isto jamais se porta inconvenientemente.
O amor nunca busca primeiro os seus próprios interesses.
O amor não se irrita injustamente.
O amor nunca espera o pior dos outros homens.
O amor não se regozija com a injustiça, mas se alegra com a vitória da verdade.
O amor é forte, por isso, tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.
O amor jamais acaba…
Profecias, todavia, perderão um dia a sua utilidade.
As línguas cessarão, pois, a comunicação do amor prescinde línguas.
E toda a ciência desaparecerá, porque chamamos de ciência à nossa própria ignorância—em parte conhecemos, e em parte profetizamos!—mas, quando as limitações do tempo e do espaço derem lugar ao que é perfeito, então, todas essas coisas que tem sua utilidade no tempo e na história humana, serão aniquiladas, pois, não se farão mais necessárias.
Nós somos crianças no discernimento de que no amor reside todo o bem.
Sim, ainda somos como crianças.
Quando eu era menino, pensava como menino, sentia com imaturidade e tinha valores infantis.
Foi apenas quando eu me tornei um homem que deixei de lado aquilo que me era tão importante quando eu ainda somente um menino.
Assim também é conosco enquanto estamos aqui, nas limitações deste corpo de morte—nossa infância do ser!
Porque agora vemos apenas sombras e projeções opacas, e enxergamos apenas
Naquele dia veremos tudo face a face!
Agora conheço apenas
Haverá
Mesmo ainda vivendo em relatividade, devemos saber que a busca das melhores virtudes não está adiada para a eternidade.
Começa aqui.
Assim, saiba que agora permanecem a fé, a esperança, o amor!
Sim, estes três estão em plena vigência.
O maior destes, todavia, é e sempre será o amor!
Ora, enquanto isto for poesia e não desejo de vida e vida mesmo, ainda que vida em parte, ninguém cresce em nada, pois, sem amor, o que cresce verdadeiramente nesta vida ou em qualquer lugar?
Afinal, se Deus é amor, como posso eu desejar crescer em Deus se não me exercito na pratica do amor todos os dias entre os homens, a começar de minha própria casa?
O amor, todavia, é apenas um: o amor de Deus.
Criou-se a mentira de pensar que existem muitos modos de amar sem amor.
Ora, qualquer modo de amar que não ame a partir da referencia real do amor de Deus, jamais será amor em sua real APLICABILIDADE.
Será amor?
Sim! Pode até ser… Mas sempre muito mais em parte do que em parte necessita ser.
A APLICABILIDADE do amor somente é aprendida no modo de Deus amar. E, o modo de Deus amar nos é revelado em Jesus, no modo como amou.
Ora, Jesus amou protegendo, mas também amou deixando, saindo; avisando, porém, permitindo; e, também, amou tendo a coragem de seguir em frente, como Ele fez com o Jovem Rico.
Jesus ama e se dá, mas também, ama e se retira.
Nunca ninguém o viu correndo, sempre andando. E ninguém nunca o viu se atrasar, pois, sempre chegou na hora do amor.
Somente quando se começar a andar nesta trilha é que a vida começa. Antes disso jamais.
Recebe meu carinho e minha certeza de que o Senhor o ajudará a vencer a tudo quanto teme.
Afinal, no verdadeiro amor não existe medo.
Um beijo muito carinhoso.
Nele, que ama,
Caio
26 de setembro de 2008
Lago Norte
Brasília
DF