MARIDO DE MINHA AMIGA, PASTOR, ABUSOU DA FILHA DELA
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From: MARIDO DE MINHA AMIGA, PASTOR, ABUSOU DA FILHA DELA
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Sent: Tuesday, October 05, 2004 1:56 AM
Subject: O QUE EU DIGO A ELA?
Mensagem:
Graça e Paz!!!!!
Bem estou escrevendo porque preciso de uma ajuda. Uma amiga casada há dois anos me contou semana passada que seu marido, que é pastor (mas não está pastoreando no momento), “abusou” da filha dela de 8 anos; e disse a menina que não falasse nada, pois se falasse acabaria o casamento dele.
Bem, ela me contou me confidencialmente. Estão os três—ela, a filha e o “marido”—num psicóloga.
Isso aconteceu em fevereiro, e só em julho a menina contou para os avós e veio tudo à tona.
Ela está cada vez mais fraca e eu não sei mais o que fazer. Como ajudar?
Ela quer continuar o casamento, mas não pode, devido a família. Quando o pai da menina souber vai ficar uma fera, e com razão…
O que eu digo a ela? Tô vendo ela cair cada vez mais, e nem querer continuar numa igreja ela está querendo…
Peço ajuda, pois na família dela ninguém é evangélico… Conto com sua orientação.
Graça e Paz!!!
___________________________________________________________ Resposta:
Minha amada amiga: Graça e Paz!
Infelizmente o pastor pisou feio na jaca. Horrível. O problema não é “perdão”. Perdão sua amiga deve conceder a ele, mesmo que ele fosse o homicida da filha dela. No entanto, trata-se daquele perdão que perdoa, mas não leva para casa; e mais: que não deixa nunca mais o indivíduo nem chegar perto da casa ou da filha. Sim, perdoado, mas distante; e para sempre.
Não dá para invocar “virtudes cristãs” para justificar ficar casada com um pastor que violentou sexualmente a filha dela. A responsabilidade mandaria ela chamar as autoridades, e deixar que ele respondesse ao Juiz de Menores. E longe dela e da filha dela para sempre.
Num caso desses, sinceramente, uma mãe responsável, leva a filha ao psicólogo e manda o tarado para a delegacia.
Ao lado de Jesus morria um malfeitor que foi perdoado por Deus. No entanto, pagou a sua dívida para com os homens.
Graça é o que se encontra diante de Deus. Mas justiça é que precisa existir entre os homens. Assim, o indivíduo pode ser perdoado diante de Deus, e responder como homem aos homens.
Essa tentativa dela de salvar o casamento poderá fazer um mal inconcebível a filha dela.
Como essa menina terá paz para viver com uma mãe que dorme com o seu molestador? E como ela se sentirá em relação à mãe, que mesmo sabendo de tudo, fez opção por manter um casamento desses?
Se essa menina se tornar inafetiva, desconfiada, e amarga para o resto da vida, essa mãe não terá outra coisa a fazer se não dizer: Eu fiz isto!
Esse tipo de coisa me tira completamente do sério. Pode ser que chegue o dia em que eu esteja tão pacificado que já não sinta o que hoje sinto. Pois, saiba, um cara desse, se me contam essa história e ele está presente, dou-lhe um surra!
Antes de tudo eu dar-lhe-ia uma boa surra. Safado!
Taras e distúrbios do comportamento são normais, e eu lido com eles o tempo todo. Mas não consigo não me irar até às vias de fato com um safado que entra no quarto de uma criança e abusa dela.
Também fico irado com uma mãe que tenta minimizar as implicações malignas e criminosas de um ato como esse, praticado contra a filha.
Sua amiga deveria, no mínimo, mandar esse cara embora Ontem, e cuidar da filha dela. Se eu sou o pai da criança violentada esse “taradastro” iria virar picadinho de padastro. Há certas coisas nesta vida que a gente perdoa, mas nunca mais deixa o perdoado nem passar na esquina da periferia da cidade onde a gente mora.
Desculpe a franqueza, mas é só que tenho a dizer!
Nele, em Quem é melhor amarrar uma pedra de moinho ao pescoço e se jogar ao mar do que molestar um pequenino,
Caio