MEU IRMÃO, NÃO FIQUE TRISTE COM A MINHA LIBERTAÇÃO!

 

 

 

 

 

MEU IRMÃO, NÃO FIQUE TRISTE COM A MINHA LIBERTAÇÃO!

 

 

Meu mano amado,

 

 

Você me disse que me ama muito, mas que me sente amargurado com a Igreja, ao mesmo tempo em que me disse sentir saudades do Caio evangelista de Cruzadas, do Caio do Pare e Pense, do Caio escritor achado nas livrarias Evangélicas, do Caio da mídia, do Caio dos Congressos da Vinde, da AEVB, e dos Evangélicos; e, sobretudo, do Caio que liderava os Evangélicos éticos.

 

De fato não estou em nenhuma TV aberta em Rede Nacional, embora esteja em algumas TVs locais; nem tampouco estou nas livrarias evangélicas [pergunte a elas a razão, não a mim], e nem estou nas demais coisas às quais você aludiu.

 

Em contrapartida, quem quiser me ver e ou ouvir pode fazê-lo como desejar: pela Vem e Vê TV [direto, ao vivo, ou pelo sistema de on demand da TV], pela rádio do site, bem como pode me ler livremente no site www.caiofabio.com – tudo sem ter que sair de casa, ou mesmo tempo em que pode ser em qualquer lugar.

 

E mais: dentro de pouco tempo estaremos transmitindo a Vem e Vê TV e a rádio através dos celulares das pessoas.

 

Não aceito a quase nenhum dos convites que recebo todos os dias; não viajo mais, exceto em raras ocasiões; não faço Cruzadas; não realizo “Congressos Vinde”; não circulo nesse meio; e ainda: também não sou nada, exceto para quem tem uma relação de confiança na palavra do Evangelho que prego.

 

Entretanto, as pessoas continuam a conhecer a Jesus, e, creia: com muito mais profundidade.

 

Além disso, toda a minha comunhão é com todos os que são de Jesus.

 

Não tenho comunhão com instituições. Só consigo ter relação com gente. Você consegue ter relações com instituições? Da instituição somente consigo beijar friamente o brasão.

 

Quanto a ter saudade do que escrevi antes, saiba: no meu site você tem muita coisa do passado, tudo de graça. E mais: também no site você pode ler conteúdos que escrevi de 2003 para cá, e que somam muitas vezes mais conteúdos do que os que pude produzir nas três décadas anteriores.

 

Se eu estivesse de paletó e gravata, aceitando as centenas de convites que me chegam; e, assim, aparecendo entre esses que você pensa que são igreja apenas porque dizem que eles definem o que é e o que não é “igreja” — certamente você não diria que estou amargurado, ainda que eu estivesse bebendo absinto na companhia deles; e, nem ainda diria que está com saudades de mim; pois, leria o meu site e diria: “Agora sim é que está bom!”

 

Você não disse nada sobre o conteúdo do que prego, assumindo que concorda, mas, assim mesmo, sente saudade da forma e da fôrma.

 

Isso é ter ícones e totens!

 

Sim! Ícone é cara. Totem é objeto.

 

Desse modo, melhor seria dizer: Sinto saudade do Caio que eu via e que me era como um Ícone e um Totem.

 

Ora, você é como os que hoje vivem me dizendo que não sou Guru deles [Deus me livre!], mas que, ao mesmo tempo em que negam que sofram desse infantilismo, ficam magoados comigo quando não posso ir a encontros, eventos, celebrações ou quando digo que não posso aceitar os convites que me fazem.

 

Assim, a fim de não contribuir com o mal que os acomete, tomei uma decisão:

 

Somente irei a poucos Encontros e Eventos. Portanto, aonde tiver que ir, mas não puder, enviarei um aparato de Internet que me projete ao vivo em um telão no lugar, aos sentidos de todos, apenas para que daqui eu pregue a eles lá.

 

Rsrsrs!

 

Sim! É verdade! Afinal, como não sou e jamais seria guru, como não sou totem e nem ícone, sendo apenas eu mesmo, preso aos meus limites físicos e circunstanciais, decidi que quem quer que leve a sério isso, terá que demonstrar tal sinceridade, aceitando que eu fique em casa e fale ao vivo, mas na virtualidade.

 

Além disso, se minha vida tiver que ter um significado maior do que o tempo de minha existência física, então, é assim que terá de ser.

 

Exigir o oposto é fazer a explicita declaração de que a pessoa me quer de modo objético, palpável, autografante, posante para fotos, e emprestador de significado para poses de Orkut.

 

Assim, enquanto assim for, evitarei qualquer estimulo a tais criancices, e, irei apenas aonde sentir e entender que, podendo, deva ir.

 

Desculpe a curva no que lhe dizia.

    

O que creio é que se você de fato não tivesse me frisado em algum lugar no passado, e, ao invés disso, honestamente, lesse o meu site, ouvisse as mensagens na rádio [tudo aberto para todos], você jamais diria que tem saudade de qualquer outro tempo de minha vida, e, nem tampouco, diria que estou amargurado, pois, nunca estive mais doce e pacificado em toda a minha existência.

 

Falta-lhe proximidade e liberdade de consciência para ler, ouvir, sentir e discernir por você mesmo.

 

Além disso, quando eu estava em todos os lugares, não tinha tempo nem para dar uma resposta a você.

 

No que minha alma pode lhe testemunhar, digo:

 

No passado, que lhe é saudoso, nós não estaríamos falando de modo tão intimo.

 

Sim! Você só está conversando aqui comigo porque aquele Caio morreu; do contrário, era tanta gente, tanta secretária, tantos compromissos, tanto tudo, que você me veria como uma miragem; e admiraria uma miragem fria na tela, ou um ponto falante no estádio. Hoje, estou aqui, dando esta resposta a você e a milhares.

 

Pode ser mais pessoal?

 

O que você prefere?

 

Só estou aqui porque tenho me mantido fiel ao chamado, e, sob hipótese alguma, me entregue às “seduções da ‘igreja'”, lugar onde a pessoa é uma miragem, e não gente.

 

Ironicamente o problema evangélico é a imagem. Imagem como representação e imagem como objeto palpável.

 

Ora, quando digo que vou mandar imagem e som, mas que não irei mais, digo que estou provocando este paradigma totêmico presente entre os “evangélicos”, que odeiam as imagens de escultura, mas não aceitam que a Palavra chegue sem a presença física do mensageiro.

 

Quanto à Igreja, saiba:

 

Sou Igreja com todos os que são Igreja, em Cristo.

 

Pense em Jesus Cristo. Sim! Pense em Jesus a fim de pensar em Igreja como Corpo, pois, o Corpo é do Cabeça; e não o Cabeça do Corpo, quando se trata de Cristo.

 

Pois bem, saiba: Sou membro Dele. Sou ramo Nele. Sou Nele.

 

Pedi a você que pensa em Jesus a fim de poder pensar na Igreja, pois, na “igreja” só se pensa em Jesus como Alguém da “Igreja”.

 

Por isto a expressão “Corpo de Cristo” está tão distante da realidade de Cristo.

 

Quando eu estiver aí em sua cidade, apareça numa das reuniões do Caminho da Graça.

 

Mas meu apelo é para que você leia o site e ouça a rádio; as mensagens.

 

Depois, discirna e conclua.

 

Receba todo meu carinho em Jesus, a Videira na qual somos apenas ramos enxertados pela Graça do Pai, o Agricultor.

 

 

Um beijo.

 

 

Nele,

 

 

Caio

 

29 de outubro de 2008

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