MEU PASTOR ME GOVERNA…



Olá Caio! Apesar de não conhecê-lo profundamente, aprendi a admirá-lo pela simples e inteligente forma de vivenciar Jesus; e isto tem me feito refletir vários aspectos de minha vida cristã. Tenho 35 anos, sou casada e tenho dois filhos maravilhosos. Sempre fui muito de bem com a vida, gosto de viver, fazer amigos, rir à toa, viver das coisas simples! Vim pro Brasil Central há 6 anos, onde me converti (o meu esposo estava fora da Igreja, mas se converteu quando era jovem, mas logo se decepcionou com os líderes e saiu). Eu sempre freqüentei a igreja …. de minha cidade anterior; me sentia bem; mas não conseguia aceitar algumas colocações; e por isso fiquei uma expectadora durante muitos anos, até vir para cá. Estávamos passando uma situação de desequilíbrio porque meu esposo perdeu a comissão no trabalho, devido a vaidade de seu chefe que não queria dividir espaço. Ficamos desestruturados, tendo que vir para esta cidade distante… Tivemos uma queda no nosso padrão de vida, o que não me causou tristeza, pois graças a Deus sou muito adaptável; falo assim, mas não sei se é bom… Até hoje pelas situações que tenho vivido essa característica tem me ajudado muito; enfim, tivemos que recomeçar. Conhecemos uma Igreja. Lá aceitei Jesus, fiz muitos “amigos” e estaria muito feliz se a história terminasse aqui… mas ela continua… Como sempre fui muito ativa, quando me vi, estava fazendo parte da liderança, trabalhando com eventos; e meu esposo envolvido com a igreja. Nos doávamos por completo à igreja e achávamos que estávamos muito bem. Logo depois assumi um trabalho interno; e fui administrando esses grupos de forma muito responsável. Logo depois o Pastor da Igreja me convidou para trabalhar como secretária dele, já que estava desempregada e estudando… Era perto, eu gostava, acabei aceitando, fiquei lá… Fui realmente escravizada em todos os sentidos. Estava passando por uma crise no meu casamento, e encontrei um pastor compreensivo, que me elogiava a todo tempo… Enfim… você já sabe o que aconteceu: me envolvi com ele. Era um desejo incontrolável! Fiquei mal… tudo desmoronou em minha cabeça. Imagine só: o meu líder, que eu admirava e respeitava, era um homem ! Eu era os dois braços dele; cuidava de tudo; trabalhava feito louca. Ele tem uma forma de eventos e eu cuidava de tudo desde a comercialização de stands, patrocínios, finanças, shows, etc… Ele me ligava sábado às 7:00 hs da manhã porque tinha trabalho. Ele é hiper-ativo; e eu estava com a vida voltada as atividades dele; e o meu casamento estava detonado, é claro. Um dia estávamos na secretaria, era dia de atendimento, e chegamos antes…, e quando ficávamos só… era pura loucura… Só que alguém viu… Uma menina super problemática…. Ela entrou no gabinete com ele e eu fiquei na minha sala… Escutei ele chorando… ela orando por ele… Fiquei imóvel, não tive coragem de sair, depois que ela saiu, ele me falou que ela tinha descoberto, que tinha visto pelo vidro…; e que ele estava arrependido. Bem, a todo momento eu me sentia arrependida, mas não conseguia me libertar. Hoje sei que ele tem problemas sérios nesta área, e que ele já se envolveu com várias mulheres da Igreja. Falo assim…, mas não me eximindo da culpa, mas apenas porque o meu caso foi de carência…; e o dele é constante… Ele é psicanalista, conhece bem do comportamento humano, domina as pessoas, tem inteligência emocional — como não se cansa de dizer —, conhece as fragilidades das mulheres, e sabe como atacar… Pois bem… saí do trabalho na igreja e resolvi também deixar tudo o mais…, porque não me achava digna de ficar. Aliás, a todo momento… desde que aconteceu entre nós! Eu sempre quis deixar o meu trabalho na Igreja e foi assim. Fiquei alguns meses afastada. Ele ficou magoado porque deixei ele meio que na mão, mas eu queria me libertar…Tentei refazer meu casamento que já estava mais estruturado e fui levando. Viajei para o Sul, e quando retornei, ele continuou investindo, e eu me esquivando. Fui voltando pra Igreja para fazer algumas coisas pra ele… E aconteceu de novo… Só que desta vez não durou, porque eu estava firme…; e aí veio novamente um evento. Eu não queria participar, porque há uma resistência até dentro da própria Igreja, mas ele me implorou e chamou uma moça que é casada para trabalhar na área comercial junto comigo. Ela é muito bonita e provocante; percebi o desejo; as atitudes; me enojei; fui abrindo meus olhos para ver as falcatruas, mentiras, como ele mente pra conseguir se dar bem; e aí vieram as negociatas com um político cristão… Tive uma discussão fortíssima com ele pela acepção de pessoas, gritamos um com o outro na frente de várias pessoas, foi horrível… Mas não conseguia aceitar, porque apesar de tudo tive uma formação diferente. Meu pai sempre zelou pela integridade, e ele estava colocando o nome de Deus pra ser exposto; e não era isso que ele pregava no púlpito domingo à noite. Foi muito desgastante. Falei pra ele que não iria mais participar. Ele ligou para o meu esposo, pediu pelo amor de Deus que ele o ajudasse a contornar a situação; e foi assim… Eu retornei ao trabalho; magoada. Meu esposo também estava envolvido demais, mas concluímos o trabalho. Foi um sucesso. Pois é. O que ele quer é sucesso, fama, brilho, holofotes; e ele também achou que nós queríamos isso; mas eu e o meu esposo sempre trabalhamos com a visão de ganhar pessoas; e quando ele nos chamou à frente como os coordenadores da festa, não fomos, e pedimos ao locutor que agradecesse a toda a equipe que trabalhou (pessoas que se doaram, sem ganhar um centavo, pelo amor a obra, assim como nós fizemos por muito tempo). Então ele viu que não iria conseguir nos manipular mais, porque não estávamos com esta visão que ele tinha. Ao final, depois de um mês, estive conversando com ele e falando de tudo isso. Ele ficou com raiva… eu percebi…. Esqueci de contar que antes a Igreja era congregação e vivia com 10% dos dízimos, e logo na época dos eventos a Igreja se emancipou. E ele é muito ambicioso, e o meu esposo trabalhava como ainda lá na igreja, com trabalho voluntário; e aí o meu esposo sugeriu que formasse um conselho para administrar o dinheiro juntamente com ele… Mas o nosso querido pastor diz que a Igreja é Teocracia, mas na verdade é pastorcracia. Ele decide tudo sozinho; e já dilapidou o seu próprio patrimônio várias vezes. Resumindo: discutiram e o meu esposo entregou o que ele queria; pois, nas outras semanas, já estava comprando, fazendo… E tem pessoas que estão se sacrificando para doar mensalmente… Isto é doloroso. Bem, ele conseguiu o que queria, nos isolou, disse numa reunião que Deus tinha usado um profeta para dizer que Deus estava limpando e que só iriam ficar na Igreja as pessoas certas, saíram outras pessoas com personalidade marcante; e só ficaram as vaquinhas de presépio; e que são felizes com o Status de ser líder; o que pra mim e para meu esposo não nos faz diferença. Mas de uma coisa tenho certeza: que ele não conhece o meu Deus, que é misericordioso e bondoso. Eu fiquei muito mal na época, ainda estou me recuperando. Penso nos meus filhos que estão bem na Igreja, mas não tenho conseguido ver tanta hipocrisia… Ah! E agora a Igreja vive de profecias, toda semana, durante todo o mês, as pessoas estão indo e lotando o templo, porque os melhores profetas estão participando do “avivamento”; ou seja: todo mundo está indo atrás das bênçãos! E com isso vêm os apelos para construir o templo, e até carro foi doado… A Igreja tem 700 membros, mas ele pensa como pastor de uma Igreja de 5000. Não posso mais fazer nada. Não sou rebelde como ele diz e fez com que os outros pensassem. Sou realista, conheço a Palavra e não sou manipulável, não vivo em pastorcracia…. Até porque se Deus realmente fosse limpar, não ficaria ninguém, pois todos nós somos sujeitos a erros, e é pela infinita misericórdia divina que estamos em pé! Isso ainda me machuca Caio, queria ouvir a tua opinião, peço a você que se possível for, você me responda…. Um grande abraço. __________________________________________ Resposta: Minha querida irmã: Graça e Paz! Para mim fica impossível entender como você e seu marido ainda estão nessa. Pelo amor de Deus! Vocês tinham que ficar longe disso desde de que houve o que houve: o envolvimento sexual entre você e o pastoriatolá. Também não dá pra entender como uma pessoa fica numa “igreja” na qual o pastor é um manipulador declarado, vaidoso, “matador” de mulheres de sua própria “igreja”, senhor de escravos voluntários de Jesus, usando a “teocracia” como “pastorcracia”, que só busca gloria e grana, que não separa seus negócios da vida da “igreja”, e que tem esquemas de grana com os políticos da cidade… etc. Há “pais de santo” mais confiáveis. Infelizmente! E mais: como é possível se continuar numa “igreja” na qual já se fez todo tipo de sexo com o pastor, e ainda insistir em atender os pedidos do cara? E como o “maridão” pôde ficar alienado na parada por tanto tempo e até hoje? Me desculpe a franqueza. O pastor é um manipulador sem escrúpulos e é cheio de doenças de alma. A “psicanálise” dele é apenas malandragem de camelô e vendedor de enciclopédia. Só mulheres incautas ou com muita disposição de carência, pode insistir em estar perto disso. Portanto, não consigo entender você, a não ser como uma pessoa igualmente adoecida, pois, somente gente doente fica nessa tanto tempo, e tudo sem amor. Se quer sair, saia. Basta chamar seu marido e filhos e dizer que não dá mais; e não precisa contar seu caso com o pastorcráta; bastando apenas falar das demais coisas… Ora, se depois de saberem disso, seu marido e filhos ainda quiserem ficar lá, então, a doença já se tornou familiar. Aconselho você a conhecer a Jesus mesmo, e não o “Jesus” dessa invenção da “igreja”. Até hoje você ainda não provou o sentido do Evangelho, pois, caso o tivesse experimentado, não ficaria sob a tutela desse lobinho pastoral. Também gostaria que você lesse o site, pois, se você andasse por aqui, lendo as coisas, nem mesmo esta carta você me teria escrito, visto que de cara você pularia fora desse laço. O perfil de seu pastor é típico dos pastorcrátas evangélicos, de orientação neo-pentecostal, e que desejam crescer e prosperar a qualquer preço, tendo todo o poder que o Príncipe deste mundo tem pra oferecer. Há muitos líderes “evangélicos” que venderam a alma ao diabo! É triste, mas é verdade! Se você está falando sério acerca de ficar livre dessas cadeias, chame seu marido e converse com ele. E, então, vá para um lugar onde você saiba que as coisas não são assim. E eu sei que você sabe onde encontrar o que está buscando em Deus. Caia Fora! Nele, Caio