MINHA FAMÍLIA ESTÁ UM CAOS DEPOIS QUE ME CONVERTI
—– Original Message —– From: MINHA FAMÍLIA ESTÁ UM CAOS DEPOIS QUE ME CONVERTI To: [email protected] Sent: Wednesday, February 18, 2004 8:38 AM Subject: O QUE DEVO FAZER? Mensagem: Rev. Caio, Saúdo-te com a paz do Senhor Jesus. Peço a sua contribuição com orações, e se possível ajudar-me dando-me conselhos… ajude! Sou convertida há 2 anos, e minha família ainda não aceitou o fato de eu ser uma nova criatura. Não acreditam e não aceitam que tenho uma nova vida. Incessantemente oro por eles, para que Jesus os libertem e sigam livres. Mas o diabo os oprimem. Eles se engalfinham o tempo todo… meus irmãos brigam com minha mãe, algumas vezes ela diz “eu sei que sou o próprio demônio” pra vocês. Diz que vai se matar, que vai fugir, não gosta do meu namorado porque acham que ele me estragou – pensam que ele está me colocando contra eles – hoje mesmo, pela manhã, minha mãe e eu tivemos uma horrível discussão. E em um momento da conversa ela disse que não era mais pra eu falar com ela, que era para eu fingir que ela morreu… falava descontroladamente. Parecia até que eu via as correntes em suas mãos… o coração encarcerado, lacrado pelo inimigo. Ergui minhas mãos e o repreendi. A situação ficou mais calma, mas o esgotamento ficou. Pois se não há briga entre eles, sobra sempre algo pra mim. Me acusam, me magoam, Deus tem usado a vida do meu namorado e de amigos pra me curar. Com palavras poderosas. Sinto-me mais forte mais as vezes como disse, me sinto esgotada. Por favor me ajude. Como proceder diante dessas situações? Como agir? Por favor, ore por mim. _________________________________________________________________ Resposta: Querida Tatiana: Graça e Paz! Em cada casa deste mundo há loucos. Aliás, cada um de nós conhece a loucura, em graus leves, controláveis, socialmente aceitáveis. Em quase toda família há uma pessoa pelo menos que é o para-raio das sombras de todos. Uma conversão, como a sua, pode desestabilizar esse “caos organizado” que é a “cultura familiar” de cada grupo humano. Sempre há invejas, implicâncias crônicas, antipatias, relações de amor e ódio, competição, ciúmes, e muita transferência de responsabilidade, ou projeção de sombras coletivas sobre alguém, que passa a ser o bode expiatório, o ser que não trás perdão, mas carrega o pecado de todos. Sua casa não é diferente. E sua conversão também não é algo nos transtornos que causou. Acontece o tempo todo. Meus conselhos a você são simples: 1. Não tente “evangelizar” a sua família. Não fique falando em Jesus, nem de Jesus; muito menos em “igreja” ou de “igreja”. E não cometa o erro de julgá-los, de dizer que estão perdidos, e que sua casa não tem paz porque eles são “ímpios”. Fazer isto será afastá-los da Graça da Palavra, que nesse caso tem que ser passada sem palavras e sem linguagens que não seja o amor e paciência. 2. Também avalie o quanto que sua conversão desestabilizou a sua família. E seu namorado, por melhor que seja, chegou junto com todo esse “pacote de conversão”. E deve ter sido acompanhado de muita doutrinação. Em outras palavras: pode ter enchido o saco. Desse modo, seja humilde e veja que religião é boa para quem está encantada, mas para quem não está, é uma chatice. 3. Portanto, alivie as coisas. Mude de assunto. Seja crente, mas não seja catequética e chata, jamais. E não traga o seu namorado para dentro disso. Aliás, com sinceridade, veja se ele, mesmo que inconscientemente, não afetou as dinâmicas de sua família mais do que você consegue admitir. Namorado é namorado, e deve permanecer como tal. 4. O mais, minha querida, terá que ser vivido, não falado. É no silêncio de palavras religiosas, e nas afirmações de vida em Cristo, e vivida com toda Graça, que você vai ganhá-los. Receba meu carinho! Nele, que também teve problemas com Seus irmãos, e os ganhou em silêncio, Caio