O CAMINHAR COM DEUS MEDIANTE A FÉ

 

 

 

Uma vez justificados com Deus em razão do que Jesus realizou ao morrer e ressuscitar para advogar a nossa causa — fomos reconciliados com Deus; e, assim, Dele recebemos paz indizível; visto que a Graça da justiça que se estabelece por meio da fé pura e simples (e que é absolutamente centrada em Jesus), quando acontece como fé que se entrega ao amor de Deus e confia no que Já Está Feito, faz crescer para o bem do homem o fruto mais essencial para quem vive pela fé na Graça — que é essa paz com Deus que nunca acaba porque é uma decisão de Deus em nosso favor em razão de Jesus, o Príncipe da Paz.

 

Ora, esta é a Graça na qual estamos firmes, e dela não seremos jamais afastados; nem por anjos ou demônios; nem por dimensões ou mundos paralelos; nem por abismos psicológicos ou por conquistas visíveis aos olhos; nem pelas culpas do passado (obras já mortas) ou mesmo pelas coisas no passado vividas por nós como virtude; nem tampouco pelos problemas; ou pelas angustias, conflitos ou carências; nem pelos enfrentamentos hostis que no presente sempre aparecem de todos os lados; e nem ainda por qualquer que seja a perspectiva futura que tenhamos; algo como que nos pondo no centro dos cenários mais impensáveis do Apocalipse; ou até mesmo no caso de que fossemos visitados por criaturas alienígenas — Sim! Nada disso nos afetaria ou afetará; pois esta Graça na qual estamos firmes tem sua segurança exclusiva na certeza de que a Cruz de Jesus significa a paixão e o amor de Deus pela nossa vida; e por todas as vidas. Daí jamais podermos ser afastados da Graça uma vez que a tenhamos conhecido como experiência com Deus e de Deus; e não como uma filosofia teológica aceita como corpo de doutrinas supostamente capazes de salvar-curar alguém; e isto apenas porque o cérebro da pessoa tem capacidade de retenção, especialmente para reter algo tão sistematicamente ridículo como as leis espirituais de salvação desenvolvidas por inúmeros fazedores de pontes para “Deus” entre os do “Cristianismo”.

 

Além disso, é essencial que enquanto gozamos a paz de Deus e a abolição da culpa como instrumento do diabo para matar a alma pela força da acusação mais perversa e implacável, jamais nos esqueçamos de nos alegrarmos com exultação gloriosa acerca da Graça como Glória de Deus; e para a qual fomos vocacionados em Jesus.

 

Assim, a vida com Deus já começa na paz, e continua para gestar em nós uma existencialidade louca de alegria na Glória que já nos está proposta, reservada e garantida; tudo por causa de Jesus.         

 

A paz de Deus nos remete para a exultação na Glória de ser, e que em Cristo nos foi assegurada. Portanto, não há verdadeira paz de Deus em nós que possa deixar de ser exultante na esperança-certeza da Glória.

 

Ora, essa é a Glória acerca da qual Jesus disse (orando ao Pai) que desejava que nós provássemos e conhecêssemos como experiência do amor com o qual o Pai amou o Filho antes de haver Existência.

 

Portanto, a promessa da Graça é que a Glória do Pai com o Filho antes de existir qualquer coisa (até porque a criação é a explosão do amor do Pai pelo Filho e do Filho pelo Pai) é a Glória de Deus com a qual todos nós seremos vestidos uma vez que por ela tenhamos sido absorvidos.

 

Todavia, num mundo caído como o nosso, a fim de sermos vestidos de Glória e por ela absorvidos, temos que aprender antes de tudo a nos gloriarmos nas nossas próprias tribulações; pois, a tribulação é a poda da Graça que nos embeleza de Glória em Glória até a Glória eterna.

 

Sim! As tribulações têm sua própria Glória, que é a Glória do crescer em amor mesmo em meio à dor.

 

Afinal, qual seria a Glória eterna a ser provada sem a experiência da dor?

 

Portanto, a caminho da Glória eterna, gloriemo-nos nas tribulações de hoje; pois a tribulação forja o ser pela experiência, visto que sem experiência não há nada de Deus e da vida que possa servir ao homem.

 

Além disso, a experiência cria um caráter perseverante; e simples em suas resoluções de fidelidade a Deus e a si mesmo. Por isso, todo perseverante que anda contra o que é adverso ao conforto natural, adquire força; e, tal força é qualitativamente esperança potencial.

 

Entretanto, a esperança que nasce como resultado de tudo quanto até aqui se disse, não é um mero esperar otimista; mas, antes disso, é uma esperança ungida de consolação e de alegria no Espírito Santo, o qual cresce em Sua manifestação em nós tanto mais quanto sejamos pessoas que andam sólidas no simples fundamento da Graça em Jesus, conforme o Evangelho.

 

 

Sem que se conheça este ciclo (com toda a multiforme manifestação na existência de cada um), não se chega a conhecer nada; pois, se começa na justificação mediante a fé, e que nos põe firmes na Graça, abrindo em nós o canal da certeza da paz em razão do perdão dado unilateralmente por Deus em Cristo, o que nos leva à alegria da Glória, em razão da qual somos ensinados a anteciparmos tudo que ainda será, mas que ainda não é; assim fazendo pela via de nos gloriarmos nas nossas próprias tribulações; pois é pela via das muitas dificuldades que crescemos de Graça em Graça até que seja Graça na Glória e Glória na Graça.

 

Ora, é nesse ponto que somos banhados pelo Espírito Santo, o qual nos unge com esperança imorredoura.

 

Assim é o caminhar na Graça!

 

 

Você vem?

 

 

 

Caio

 

 

11/08/07

Manaus

AM